Os jornais divulgam imagens do "barba" instruindo seu poste como
proceder com os partidos de sua base ajoelhada que estão rebelados,
aparentemente descontentes com o tratamento que vêm recebendo do
desgoverno petista.
Informam as matérias que Lula está orientando Dilma para negociar. Já
sabemos muito bem o que isso quer dizer, ou seja, a velha política que
vem sendo usada como estratégia para fazer o Congresso de gato e sapato,
forçando deputados e senadores a votarem de acordo com as vontades da
presidência da República, e, por outro lado, aproveitando a situação
para desmoralizar esses partidos, o que vem facilitando a hegemonia do
PT que avança em seu projeto de poder absoluto.
O descaramento é tão grande que não há lei que seja respeitada. Vejam o que informa o blog do Coturno:
O Palácio do Planalto publicou, às 17h30min, uma alteração da agenda da
Presidente. O último compromisso havia sido duas horas antes. Não
assumiram que Dilma já estava, no momento da publicação, em reunião
política com Lula, discutindo, em pleno dia útil, eleições, acordos e
reforma ministerial.
É o uso escancarado da máquina pública nas agendas paralelas da presidência de um país em crise. É hora de mudar.
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Mercadante, indicado pela seta, é escondido pelo fotógrafo, para que a reunião não possa ser caracterizada como agenda oficial.
Não há o mínimo decoro. Não há ética. Não há vergonha na cara.
Ontem, dia de expediente, a Presidente da República usa instalações
públicas para receber o staff da sua campanha para a reeleição. Depois
de dois compromissos oficiais, não cita a reunião política na agenda
oficial. Em vez do Palácio do Planalto, usa a residência, o Palácio da
Alvorada.
O registro do encontro é feito de forma extra-oficial, pelo fotógrafo do
Instituto Lula. A foto do encontro mostra o ex-presidente da República
de braços dados com a atual presidente. Todos os cuidados são tomados para que não sejam deixadas provas do crime.
Aloísio Mercadante, ministro da Casa Civil, é escondido no flagrante
do encontro, para que, se a sua presença tiver que ser negada a algum
juiz mais rígido, não haja prova material. Ele trocou de lugar com Lula,
para ficar escondido na cena. Basta ver o seu casaco na cadeira onde está o ex-presidente. Dilma, por sua vez, saiu da ponta da mesa para compor o quadro.
Detalhes! Há um batalhão de gestores públicos, pagos com dinheiro
público, cuidando destes detalhes! A equipe de campanha, composta por um
ex-presidente da República, um ex-ministro das Comunicações, o
presidente do PT, o escolhido pelo PT para a coordenação financeira, o
marqueteiro, o chefe de gabinete e o ministro escondido está toda ali,
registrada para a posteridade.
O crime, ao que tudo indica, pelos cuidados tomados, se repetirá na
campanha petista à exaustão. Um crime cada vez mais perfeito, dada a
vasta experiência adquirida deste os tempos de José Dirceu, hoje preso
na Papuda.