Faltou combinar
Apontados pelo governo Dilma
Rousseff como os responsáveis pela compra da refinaria de Pasadena (EUA)
pela Petrobras em 2006, o ex-presidente da empresa Sérgio Gabrielli e o
ex-diretor internacional Nestor Cerveró desabafaram a aliados que não
estão dispostos a ser os bodes expiatórios do negócio. Cerveró disse a
interlocutores que a diretoria tinha conhecimento de todas as cláusulas
do negócio, bem como o conselho de administração da empresa, que era
presidido por Dilma.
Versões
Se forem chamados a depor na comissão
externa criada na Câmara para investigar a Petrobras, tanto Gabrielli
quanto Cerveró repetirão a explicação que vem sendo dada pela cúpula da
Petrobras: que o negócio era vantajoso para a empresa.
Contraste
Petistas no Congresso, instruídos pelo
Planalto, tratavam ontem de difundir a tese segundo a qual a atual
gestão, de Graça Foster, é mais “técnica” e “profissional” que a do
antigo presidente da Petrobras.
O cara
O maior ruído com a linha de defesa adotada
por Dilma para ter aprovado a compra da refinaria em 2006 é que ela
“expõe o governo do ex-presidente Lula”, diz um petista insatisfeito com
a explicação do Planalto.
Aleluia
Aliados de Aécio Neves (MG) tinham criticado
o presidenciável tucano, na semana passada, por não gerar fatos
políticos. Seu discurso de ontem sobre o caso Petrobras foi comemorado
como uma mudança de atitude.
Guarda-chuva
Deputados de oposição pedirão que o
caso Pasadena seja apurado na primeira reunião da comissão externa.
Dizem que há entendimento do STF que permite ampliar a abrangência de
uma investigação para tratar de “casos conexos”.
Olheiro
Carlos Sampaio (PSDB-SP) solicitou que o
Ministério Público Federal indique dois procuradores para acompanhar a
comissão na Holanda, onde devem apurar denúncia de pagamento de propina
na Petrobras.