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quarta-feira, março 26, 2014

PASADENA: A Operação PassaDilma

Sensacional artigo do Alex Medeiros em seu Blog


Em 2002, com Lula eleito presidente do Brasil, a ex-terrorista Dilma Rousseff passou a integrar o grupo que elaborou o plano de governo, com assento na área energética. Logo, foi empossada como ministra das Minas e Energia, cargo exercido até 2005.

Naquele mesmo 2005, o empresário belga Albert Frére comprou uma refinaria de petróleo localizada na cidade americana de Pasadena. Ele pagou US$ 42,5 milhões e no ano seguinte vendeu metade para a estatal brasileira Petrobras, recebendo US$ 360 mi.

O negócio com a empresa do Brasil teve o aval da então ministra Dilma que também presidia o Conselho de Administração da Petrobras, e que por não saber (ela diz hoje) da cláusula “put option”, teve que comprar a outra metade por US$ 820,5 milhões.

O bilionário belga controla um conglomerado de empresas através da matriz Transcor Astra Group, que por sua vez administra a Astra Oil, a tal que comprou a refinaria do Texas e repassou à Petrobras com a benevolência da gerente energética Dilma Rousseff.

Quatro anos depois da espetacular venda em Pasadena, com Dilma lançada candidata à Presidência da República do Brasil, uma empresa do setor do petróleo, a Tractebel, com sede em Florianópolis, fez uma generosa doação de R$ 1,55 milhão para a campanha.

Bom, nesse ponto, vamos interromper a ordem normal do artigo e rememorar um dos maiores escândalos políticos dos EUA, o Watergate, quando em 1972 o comitê de campanha dos Democratas foi assaltado por presumíveis agentes dos Republicanos.

Os jornalistas do Washington Post, Bob Woodward e Carl Bernstein (que se consagrariam como uma versão Lennon & McCartney do jornalismo investigativo), contaram com uma fonte invisível para desvendar o crime com aval da Casa Branca.

A voz via telefone de um tal “Garganta Profunda”, que não pediu prêmio pela delação, lançou a senha para os dois repórteres: “follow the money” (siga o dinheiro). E foi no rastro da grana envolvida na campanha que o caso levou Richard Nixon à renúncia.

Voltemos ao caso “PasaDilma” e ao dinheiro doado em 2010 pela Tractebel, uma empresa que é pertencente à grande indústria francesa da área de energia, GDF Suez, que lidera o consórcio da obra do PAC da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia.

Pois bem. E daí?, deve estar pensando você, leitor curioso. Daí que, lembram do bilionário belga, o Albert Frére, lá do segundo parágrafo? Pois o cara é acionista também da gigante francesa. Ou seja, botou um pé no Texas e outro em Rondônia.

Quer saber mais? A doação não se resumiu apenas à campanha de Dilma, mas também foi feita para os comitês eleitorais do PT em Santa Catarina e Rondônia, e uma parcela enviada para o diretório nacional. Em 2006, houve R$ 300 mil para a luta de Lula.

Há claros indícios de que o esquema não quis dar bandeira, tanto que a Tractebel tratou de enviar ajudas para outros partidos, como o PSDB, que adicionou R$ 500 mil na campanha de José Serra e mais R$ 300 mil para a direção estadual em Brasília.

Outros partidos, como PMDB, DEM, PDT, PPS e PR também morderam um troco da teia armada nas empresas de Albert Frére. Os valores doados para a campanha do PT são mixaria, comparados ao rombo bilionário na Petrobras. Sigam o dinheiro!

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