Empresa que repassou dinheiro ao PT em 2010 tem relação com Astra Oil
Empresa brasileira que repassou R$ 1,55
milhão ao PT é controlada por companhia que tem laços com empresário
ligado à Astra Oil, envolvida na venda da refinaria texana que causou
prejuízo bilionário ao país
.
João Valadares e Andre ShaldersPublicação: - Correio Braziliense - 25/03/2014
A campanha presidencial de Dilma Rousseff recebeu da empresa nacional
Tractebel, que vende energia no Brasil, R$ 1 milhão durante a corrida
eleitoral de 2010. Outros R$ 550 mil foram repassados ao comitê
financeiro do PT.
Quatro anos antes, Dilma deu aval para a Petrobras
comprar a refinaria de Pasadena, no Texas, até então pertencente à
empresa belga Astra Oil, ocasionando um prejuízo bilionário ao Brasil.
A
Tractebel, uma companhia com sede em Florianópolis, é controlada pela
francesa do setor de energia GDF Suez. O bilionário empresário belga
Albert Frère, que controla a Astra Oil por meio da Transcor Astra Group,
é também um dos acionistas da gigante mundial da França. No site oficial da GDF Suez, empresa líder do consórcio para construção
da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, uma das maiores obras do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Frère aparece como membro
do conselho e diretor independente.
De acordo com dados do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), a Tractebel doou R$ 1 milhão, em duas parcelas
de R$ 500 mil, diretamente ao comitê financeiro nacional da campanha de
Dilma Rousseff. O restante, em três parcelas de R$ 250 mil, R$ 200 mil e
R$ 100 mil, foram repassados ao comitê financeiro único do PT de
Rondônia e de Santa Catarina e, ainda, à direção nacional do partido.
O candidato a presidente da república do PSDB em 2010, José Serra, recebeu metade do valor doado diretamente pela Tractebel à campanha de Dilma Rousseff.
O candidato a presidente da república do PSDB em 2010, José Serra, recebeu metade do valor doado diretamente pela Tractebel à campanha de Dilma Rousseff.
Nas eleições de 2006, a mesma empresa repassou R$ 300
mil para a campanha do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nenhum outro candidato ao Planalto na época recebeu recursos da empresa.