O petróleo é nosso, mas a Petrobras só produz
problemas para a presidente Dilma Rousseff, ex-ministra da Casa Civil e
de Minas e Energia e ex-presidente do Conselho de Administração da mais
importante empresa brasileira.
Só não dá para entender por que Dilma, em mais um ato impetuoso, depois
de anos de silêncio, resolveu fazer uma nota para os repórteres Andreza
Matais e Fábio Fabrini, reconhecendo que votou no Conselho de
Administração a favor de um negócio todo enrolado por que se guiou em
informações "incompletas" e num parecer "técnica e juridicamente falho".
Com isso, Dilma tenta livrar a própria cara, mas se enrola mais ainda na
história mirabolante da compra de uma refinaria em Pasadena, nos EUA, e
joga na fogueira a antiga gestão da Petrobras –o presidente José Sérgio
Gabrielli e seu diretor internacional, Nestor Cerveró.
A Petrobras simplesmente pagou US$ 360 milhões por 50% dessa refinaria,
que fora comprada um ano antes por US$ 42,5 milhões. A conta já não
fechava, mas ficou pior quando, por obrigação contratual, a brasileira
teve de adquirir 100% do empreendimento, num total de US$ 1,18 bilhão.
Maior orgulho nacional, a Petrobras está sob investigação não só por
causa dessa esquisita –e cara– compra da refinaria em Pasadena, mas
também por suspeitas de recebimento de propina por parte de uma empresa
holandesa.
Não bastasse, a companhia apresenta resultados assustadores para os
brasileiros e constrangedores para a presidente. Segundo o mestre Elio
Gaspari, a perda de valor de mercado da Petrobras e da Eletrobras,
juntas, já bate em US$ 100 bilhões desde a posse de Dilma, em 2011.
Somando o resultado financeiro e o impacto na credibilidade, temos que
há algo de muito errado no reino da minha, tua e nossa Petrobras, como,
aliás, em toda a área de energia, justamente a que alavancou a carreira e
a imagem da "gerentona" Dilma.