Do Blog do Coronel
O pré-candidato do PSDB à
Presidência da República, senador Aécio Neves, afirmou nesta segunda-feira que,
caso seja eleito, quer cortar pela metade o número de ministérios do governo,
hoje em 39. Ao discursar em almoço do Lide, Grupo de Lideranças Empresariais, em
São Paulo, para um grupo recorde de 518 empresários, o senador tucano falou
ainda em melhorar a concessão dos empréstimos do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), reduzir a carga tributária e
investir em Parcerias Público Privadas (PPP).
- Num futuro governo do PSDB,
acabaremos com metade dos atuais ministérios e criaremos uma secretaria que, em
seis meses, apresente uma proposta num primeiro momento de simplificação do
sistema tributário e, no médio prazo, consiga a redução da carga tributária_
disse o senador.
Mais tarde, ao responder a
perguntas da plateia, Aécio falou também que iria acabar “com boa parte desses
cargos em comissão". O senador defendeu regras mais
claras para o acesso a empréstimos do BNDES. - Eu gosto muito dos juros do
BNDES, mas eu quero que haja juro do BNDES para todos e não apenas para meia
dúzia de escolhidos - disse, sendo aplaudido com entusiasmo pelos empresários.
Aécio aproveitou o apoio da
plateia para lançar um desafio e dizer que não se preocupa se o PT decidir
trocar a candidatura da presidente Dilma Rousseff pela do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva na eleição de outubro. - Pra mim, não me importa se é o
ex-presidente Lula ou a presidente Dilma que será o candidato. Ao falar da crise da Petrobras,
disse que, se eleito, passará o "país a limpo".
Assim como fez o seu provável
adversário do PSB, Eduardo Campos, na semana passada, Aécio também manifestou
preocupação de que seja feito "terrorismo" com a possibilidade de fim
do Bolsa Família se o vencedor da eleição não for um petista. Apesar de ter
prometido manter o programa, o tucano afirmou que fará ajustes, como a
concessão de bônus para alunos que consigam notas superiores à média e a pais
que entrarem em um programa de requalificação profissional. - A grande diferença é que para
nós o Bolsa Família é um ponto de partida. Para o PT, é um ponto de chegada.
Durante o evento, foi realiza uma
pesquisa entre os empresários presentes, sobre a preferência do Brasil que
produz nas próximas eleições presidenciais. Aécio saiu vencedor com 56%,
seguindo por Dilma, com 28% e Eduardo Campos, com 13%. 3% dos empresários não
responderam.