Em
Bruxelas, além de dizer que ela e Lula não tem nenhum tipo de conflito -
o que indica exatamente o contrário - instigada por repórteres, a
presidente brasileira resolveu também falar algumas coisas sobre a crise
atravessada pela Venezuela.
Pra começar, logo de cara uma mentira deslavada. Ela disse. “Não
cabe ao Brasil discutir a História da Venezuela nem o que ela deve
fazer, pois iria contra o que defendemos em termos de politica externa.
Não nos manifestamos sobre a situação interna dos países”.
Pode-se
até defender da "boca pra fora" essa não intromissão, mas de fato não é
isso que acontece quando um líder do bloco esquerdista é ameaçado. Só
quem tem uma memória curtíssima não se lembrará da intromissão absurda
do Brasil nas questões de Honduras e Paraguai. Aliás, no segundo caso, o
governo brasileiro se intrometeu tanto que conseguiu, numa trama
irresponsável, junto com o governo da Venezuela, suspender o Paraguai do
Mercosul e enfiar a República Bolivariana no bloco.
A presidente disse ainda: “Para
o Brasil, é muito importante que se olhe sempre a Venezuela do ponto de
vista dos efetivos ganhos que eles tiveram nesse processo em termos de
educação e saúde para o seu povo”.
Como assim? Isso parece conversa pra boi dormir. Não se olha ninguém
somente por suas virtudes, então os caras de lá acabam com o Senado,
arrasam com a economia e armam milícias pra calar a boca dos
insatisfeitos, e o Brasil fecha os olhos pra tudo de ruim que acontece,
enxergando apenas as escolas e clínicas que Maduro abriu?
Infelizmente
é assim mesmo, sem querer ela revelou algo do caráter da esquerda sul
americana. Basta estar alinhado com o bloco de Castro, Lula e Dilma para
que aos seus olhos todos os seus erros e defeitos desapareçam como por
encanto.