Elisa Quadros a famosa SININHO e seu companheiro o GAME-OVER
Direto do Reinaldo Azevedo
Segundo advogado, militante lhe disse que rapaz que acendeu o morteiro que atingiu cinegrafista é ligado ao deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL
Elisa Quadros: a “militante” foi oferecer a ajuda e teria dito que falava em nome de Marcelo Freixo
O deputado
estadual Marcelo Freixo, do PSOL do Rio, combateu as milícias e coisa e
tal. Milícias têm mesmo de ser combatidas. Virou até herói de filme. E,
aí, é claro que já acho um pouco demais. Combate às milícias à parte,
não gosto da sua militância. Quem gosta é o Wagner Moura, o Caetano
Veloso e o Chico Buarque. Não gosto também do seu partido. Eu já vi do
que são capazes os militantes de sua seita nas universidades, por
exemplo. Vejam em que estado ficou a Reitoria da USP depois da invasão
promovida pelos patriotas.
O Fantástico levou ao ontem à noite uma reportagem muito,
mas muito eloquente mesmo sobre Fábio Raposo, o rapaz que passou a um
outro o morteiro que feriu gravemente o cinegrafista Santiago Andrade,
da Band. Leiam. Volto em seguida.
*
Neste domingo (9) à tarde, o advogado Jonas Tadeu e o estagiário Marcelo Mattoso prestaram assistência jurídica a Fábio Raposo. O estagiário recebeu um telefonema. O delegado que investiga o caso disse que ouviu a conversa e pediu que o estagiário registrasse, em depoimento, o que foi falado nessa ligação. A polícia fez, então, um registro, chamado “Termo de Declaração”.
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Neste domingo (9) à tarde, o advogado Jonas Tadeu e o estagiário Marcelo Mattoso prestaram assistência jurídica a Fábio Raposo. O estagiário recebeu um telefonema. O delegado que investiga o caso disse que ouviu a conversa e pediu que o estagiário registrasse, em depoimento, o que foi falado nessa ligação. A polícia fez, então, um registro, chamado “Termo de Declaração”.
Nele, o
advogado afirma que uma ativista disse que o homem que acendeu o rojão
era ligado ao deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL. O deputado
negou.
No documento que está registrado na delegacia, o estagiário Marcelo Mattoso, inquirido, disse (em vermelho):
“que na data de hoje trabalhava como estagiário do Dr. Jonas Tadeu, durante a formalização do cumprimento do mandado de prisão de Fábio Raposo. Que logo após Fábio Raposo ter chegado à delegacia, recebeu em seu celular pessoal duas ligações de uma ativista e manifestante que se identificou como Sininho. E que ela perguntou se o advogado estava precisando de ajuda, pois teria advogados criminalistas à disposição. E que estaria indo com um grupo de manifestantes para a porta da delegacia para se “manifestar como ativistas.”
“que na data de hoje trabalhava como estagiário do Dr. Jonas Tadeu, durante a formalização do cumprimento do mandado de prisão de Fábio Raposo. Que logo após Fábio Raposo ter chegado à delegacia, recebeu em seu celular pessoal duas ligações de uma ativista e manifestante que se identificou como Sininho. E que ela perguntou se o advogado estava precisando de ajuda, pois teria advogados criminalistas à disposição. E que estaria indo com um grupo de manifestantes para a porta da delegacia para se “manifestar como ativistas.”
Em
seguida, o estagiário passou o telefone para o advogado Jonas Tadeu.
Segundo a declaração, a ativista informou ao advogado que o rapaz que
acendeu o artefato que atingiu o jornalista era ligado ao deputado
estadual Marcelo Freixo. Em seguida, aparece uma frase truncada: o texto
diz que o deputado “teria à disposição de Fábio Raposo, caso ele
precisasse”. Nós ligamos para o advogado Jonas Tadeu, que esclareceu.
Segundo ele, Marcelo Freixo teria advogados à disposição de Fábio
Raposo.
No fim do
documento, está escrito que Fábio Raposo já estava sendo assistido pelo
doutor Jonas Tadeu e que o auxílio não se fazia necessário. O nome da
ativista Sininho é Elisa Quadros. De fato, ela apareceu neste domingo
(9) na delegacia. E houve um tumulto na chegada dela. Sininho chamou
jornalistas de “carniceiros”. Um dos ativistas foi agredido por um
cinegrafista ao ouvir dele a frase: “Tomara que os próximos sejam
vocês”.
Elisa
Quadros, conhecida como Sininho, deu entrevista na porta da delegacia.
Ela confirmou que ligou para o estagiário Marcelo Mattoso, mas negou que
tenha oferecido ajuda. “Liguei para o Marcelo”, afirma Sininho. A
ativista explicou por que fez a ligação. Disse que tinha falado com os
pais de Fábio Raposo:
Sininho: Liguei porque a gente falou com os pais dele, com a mãe dele e a gente queria saber o que estava acontecendo.
Fantástico: Você fez alguma oferta para ele?
Sininho: Não, gente, não fiz oferta nenhuma. Eu já expliquei aqui.
Fantástico: Não propôs ajudar?
Sininho: Ajudar sempre, de forma jurídica, não, porque não sou advogada. Tem os advogados das manifestações, do movimento, da DHHC, e a gente queria saber quem estava assistindo ele e a gente poderia acionar os advogados que inclusive já sabem do caso e o Marcelo assistente falou que não precisava e pronto e a gente veio aqui para saber o que estava acontecendo.
Fantástico: Você fez alguma oferta para ele?
Sininho: Não, gente, não fiz oferta nenhuma. Eu já expliquei aqui.
Fantástico: Não propôs ajudar?
Sininho: Ajudar sempre, de forma jurídica, não, porque não sou advogada. Tem os advogados das manifestações, do movimento, da DHHC, e a gente queria saber quem estava assistindo ele e a gente poderia acionar os advogados que inclusive já sabem do caso e o Marcelo assistente falou que não precisava e pronto e a gente veio aqui para saber o que estava acontecendo.
Marcelo
Freixo é deputado estadual pelo PSOL. Por telefone, se disse surpreso.
Contou que desconhecia o ocorrido. Depois de ler o termo de declaração
prestado na delegacia pelo estagiário, concordou em gravar entrevista.
Marcelo Freixo afirmou que não conhece nem Fábio Raposo nem o homem que
lançou o rojão que feriu o cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago
Andrade.
“Se
qualquer manifestante ligou para alguém e disse que a pessoa que jogou a
bomba tem algum laço comigo, vai ter que provar isso. Se não provar,
seja quem for, será processada por isso. Agora tem que realmente
confirmar se disse isso. Até agora, há uma versão de um advogado, que
não sei quem é, afirmando que, em um determinado telefonema, alguém
disse isso. Isso tudo é muito suspeito em um momento que isso precisa
ser apurado porque não sei quais interesses poderiam estar por trás
dessa informação”, declara Marcelo Freixo, deputado estadual do PSOL-RJ.
O deputado confirmou que recebeu uma ligação da ativista Sininho, neste domingo (9) pela manhã.
Fantástico: Então a Sininho ligou hoje de manhã e que ela disse o quê neste telefonema?
Freixo: Apenas isso, que havia um risco de que ele fosse torturado nas prisões. Pedindo ajuda caso ele fosse torturado, evidentemente que nem ele nem ninguém podem ser torturados, e isso a gente acompanha. Agora, daí a uma denúncia de que haveria ligação com quem jogou a bomba vai uma distância enorme. Tanto o advogado quanto ela vão ter que prestar depoimento e vão ter que comprovar o que estão dizendo, se é que realmente disseram isso.
Fantástico: Então a Sininho ligou hoje de manhã e que ela disse o quê neste telefonema?
Freixo: Apenas isso, que havia um risco de que ele fosse torturado nas prisões. Pedindo ajuda caso ele fosse torturado, evidentemente que nem ele nem ninguém podem ser torturados, e isso a gente acompanha. Agora, daí a uma denúncia de que haveria ligação com quem jogou a bomba vai uma distância enorme. Tanto o advogado quanto ela vão ter que prestar depoimento e vão ter que comprovar o que estão dizendo, se é que realmente disseram isso.
Em
entrevista à Globo, no começo da noite, o advogado Jonas Tadeu e o
estagiário Marcelo Mattoso confirmaram as informações que constam no
termo de declaração. “Essa moça
que eu não conheço perguntou o meu nome, eu dei o nome e ela disse que
estava ligando a mando do deputado e oferecendo uma equipe de
criminalistas para defender o rapaz, o Fábio. E que o outro menino era
companheiro dela. Foi isso que aconteceu”, afirma Jonas
Tadeu, advogado de Fábio Raposo. “Ela disse que o rapaz que estava junto
com o Fábio era ligado ao deputado. Não estou afirmando que o deputado
declarou isso. Eu acho que foi à revelia dele. Acho que ele não tem
conhecimento dele. Acho que usaram o nome dele”, declara Jonas Tadeu. E
disseram que se for preciso fazem uma acareação com a ativista Sininho.
“É minha palavra contra a dela. É uma questão de acareação. Estou
afirmando para você a verdade”, diz o advogado de Fábio Raposo.
Em
entrevista por telefone, o delegado que investiga o caso, Maurício
Luciano, confirmou as circunstâncias em que o termo de declaração foi
prestado pelo estagiário Marcelo Matoso.
“O que aconteceu é que durante o depoimento do Fábio o estagiário do escritório do advogado que o representava recebeu um telefonema e disse que a interlocutora era a Sininho. E uma suposta manifestante já conhecida. E ele disse que o diálogo era que ela estava dizendo alguma coisa envolvendo o Fábio, e que queria prestar solidariedade ao Fábio, oferecer assistência jurídica, dizendo que estaria ali representando o deputado Marcelo Freixo, e reportou isso para mim”, conta Maurício Luciano de Almeida, delegado.
“O que aconteceu é que durante o depoimento do Fábio o estagiário do escritório do advogado que o representava recebeu um telefonema e disse que a interlocutora era a Sininho. E uma suposta manifestante já conhecida. E ele disse que o diálogo era que ela estava dizendo alguma coisa envolvendo o Fábio, e que queria prestar solidariedade ao Fábio, oferecer assistência jurídica, dizendo que estaria ali representando o deputado Marcelo Freixo, e reportou isso para mim”, conta Maurício Luciano de Almeida, delegado.
O delegado disse que vai convocar a ativista Sininho para depor.
“Nós aproveitamos inclusive que ela estava nas imediações da delegacia, e a intimamos para prestar depoimento na próxima terça-feira (11). Vamos fazer a oitiva da Sininho para ver se ela confirma ou não aquilo que o estagiário afirma que ela teria dito”, diz Maurício. O delegado afirmou também que não descarta ouvir o deputado Marcelo Freixo.
“Nós aproveitamos inclusive que ela estava nas imediações da delegacia, e a intimamos para prestar depoimento na próxima terça-feira (11). Vamos fazer a oitiva da Sininho para ver se ela confirma ou não aquilo que o estagiário afirma que ela teria dito”, diz Maurício. O delegado afirmou também que não descarta ouvir o deputado Marcelo Freixo.
“Nós temos
só a declaração do estagiário, por isso é tudo é muito inicial para a
gente fazer qualquer juízo de valor. Essa declaração dele foi de uma
maneira genérica, de explicar que tipo de ligação seria essa.
Profissional, pessoal… Portanto é muito simples e imaturo fazer qualquer
tipo de afirmação, se há ligação ou se não há. Por isso que os
depoimentos são importantes, e o da Sininho, na terça-feira, será
fundamental para esses esclarecimentos”, conclui o delegado.
Encerro
Evitem acusações. Vamos esperar as apurações. Mas, aos poucos, parece que as coisas começam a ter mais definição, não é mesmo? Se o cara que acendeu o morteiro é ou não ligado a Freixo, isso não dá para saber.
Evitem acusações. Vamos esperar as apurações. Mas, aos poucos, parece que as coisas começam a ter mais definição, não é mesmo? Se o cara que acendeu o morteiro é ou não ligado a Freixo, isso não dá para saber.