Potencial de crescimento deste setor é tema da conferência mundial Global Initiative on Commodities realizada de 7 a 11 de maio em Brasília
O Common Fund for Commodities (Fundo Comum de Produtos de Base), organismo internacional estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), que visa aumentar o crescimento sócio-econômico de produtores de commodities, bem como o da sociedade em geral, discutirá durante a conferência Global Initiative on Commodities o potencial de crescimento dos países em desenvolvimento para a produção de biocombustíveis. O evento, que será realizado de 7 a 11 de maio, no hotel Blue Tree Park, em Brasília, Distrito Federal, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento brasileiro e será direcionado às comitivas oficiais de 70 países, aos integrantes de movimentos sociais, organizações públicas governamentais ou não, associações, universidades e ao setor privado.
Estudos do Common Fund for Commodities mostram que os crescentes preços do petróleo recentemente tornaram o etanol agrícola uma fonte de energia economicamente viável e criaram uma série de oportunidades, dúvidas e desafios. Entre elas estão preocupações quanto à dependência de combustíveis fósseis, a questão dos estoques de petróleo satisfazerem a demanda energética global e as conseqüências ao meio ambiente dos vários tipos de uso da energia, inclusive seus impactos sobre a mudança climática.
Os agricultores podem beneficiar-se da demanda por culturas como beterraba, cana-de-açúcar e milho que se tornaram vendáveis no mercado não somente como alimento, mas também como produtos energéticos. O fato de estas plantações serem cultivadas em países em desenvolvimento aumenta o potencial de receitas para os agricultores, reduzindo a pobreza e expandindo o desenvolvimento econômico.
Mas os pequenos agricultores — que representam a maioria dos produtores agrícolas nos países em desenvolvimento —, precisam de auxílio técnico e assessoria mercadológica para se beneficiarem da demanda por biocombustíveis. Além disso, os governos enfrentam decisões estratégicas a respeito dos trade-offs envolvidos no uso da agricultura para fins energéticos. Os preços dos alimentos podem se tornar um problema, por exemplo, se boa parte da terra cultivável for destinada à produção de energia — mesmo se os biocombustíveis tiverem um impacto positivo para que os países em desenvolvimento reduzam os crescentes custos de importação do petróleo, a procura pelos produtos por parte da população aumentará e consequentemente, seu valor também.
“Os benefícios ambientais dos biocombustíveis podem ficar limitados se grandes áreas de florestas forem substituídas por plantações de palmeiras, soja ou cana-de-açúcar. Os governos terão de formular políticas cautelosas, além de planejar estrategicamente para que a produção seja economicamente sustentável e ambientalmente correta”, afirma Ali S. Mchumo, embaixador e diretor-geral do CFC, que estará no evento sediado no Brasil.
As opções para as fontes de biocombustíveis também levantam questões intrigantes. A JatrophaNT, por exemplo, pequena árvore de áreas tropicais e subtropicais, é uma cultura de fonte de energia que não compete com culturas alimentícias e possui impactos ambientais potencialmente positivos. Não-comestível — o óleo extraído é tóxico como alimento e ração animal — a JatrophaNT cresce em áreas degradadas e semi-áridas e pode, dessa forma, aumentar a cobertura verde e capturar mais dióxido de carbono da atmosfera, combatendo o aquecimento global. As nozes desta árvore são usadas para produzir óleos vegetais que podem ser transformados em biodiesel.
Confira a programação prévia do evento: http://www.s2.com.br/s2arquivos/380/multimidia/165Multi.pdf
Global Initiative on Commodities
Data: 7 a 11 de maio de 2007
Horário: das 9h às 18h
Onde: Hotel Blue Tree Park Brasília (SHTN, Trecho 01 Lote 1B – Bloco C)
Mais informações: www.common-fund.org
Sobre o Common Fund for Commodities
O objetivo do Common Fund for Commodities (Fundo Comum de Produtos de Base), um organismo internacional estabelecido no contexto da ONU, visa aumentar o desenvolvimento sócio-econômico de produtores de commodities, bem como o da sociedade em geral. Alinhado com as exigências do mercado mundial, o fundo financia o desenvolvimento de projetos de commodities a partir de seus próprios recursos, contribuições voluntárias, subscrições em valor de países membros interessados nos benefícios. Por meio de cooperação com outras Instituições de desenvolvimento, o setor privado e a sociedade civil, o CFC se esforça para alcançar impactos positivos e comensuráveis para a redução da pobreza global por meio de projetos de desenvolvimento das commodities.
Mais de 70% da população mundial depende de uma forma ou de outra do cultivo de commodities para sobrevivência. A mensagem central é que políticas de crescimento econômico estão inevitavelmente entrelaçadas com o problema das commodities.
O fundo opera sob abordagem inovadora no foco da commodity, ao contrário do formato tradicional centrado em determinados países. Isto envolve dedicação aos problemas mundiais relacionados a commodities especificas nos países em desenvolvimento, especialmente nos menos desenvolvidos. 50% dos projetos estão localizados na África, sendo os restantes 25% na Ásia e 25% na América Latina e Caribe. O CFC conta com 106 países membros e tem sua sede em Amsterdã, Holanda.
Para mais informações, acesse: www.s2.com.br ou www.common-fund.org
Jornalistas Responsáveis:
S2 Comunicação Integrada
PABX: (11) 3457-0200 / Fax: (11) 3457-0222
Veronica Cassavia - veronicac@s2.com.br
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Carolina Souza – csouza@s2.com.br
Telefone: (11) 3457-0231
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