A introdução de tecnologias na agricultura familiar poderá ser um instrumento fundamental e decisivo para a contínua e mais eficiente participação deste importante setor do agronegócio no desenvolvimento social e econômico do Brasil. Entretanto, tecnologias devem ser configuradas como parte de uma estratégia de desenvolvimento que requerem uma análise ex-ante em relação a sua natureza e pujança, associadas a um conjunto de intervenções complementares, que permitam maximizar seus efeitos benéficos e mitigar os custos sociais. Apesar de pouco conhecido por algumas camadas da população, o setor da agricultura familiar apresenta uma grande diversidade em relação ao seu meio ambiente, a sua situação e tipos de produtores, à aptidão às terras, à disponibilidade de infra-estrutura, ao acesso ao crédito, às variações econômicas, entre outras. De acordo com o censo agropecuário de 1995/1996 do IBGE, a agricultura familiar representa 85,2% do total de estabelecimentos, ocupando 30,5% da área total. Apesar de receberem apenas 25,3% do financiamento destinado à agricultura, a agricultura familiar tem sido responsável por 37,9% do Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária nacional e a principal fonte geradora de empregos no meio rural.
O acesso à tecnologia tem apresentado uma grande variação, tanto entre os agricultores familiares como entre os grandes produtores. A utilização da tração animal ou mecânica ainda é muito reduzida em uma grande parcela dos agricultores familiares, onde apenas 16,7% utilizam assistência técnica, contra 43,5% entre os grandes produtores. O uso da biotecnologia poderá contribuir para a solução de diferentes problemas e amplificar, de forma ainda mais significativa, os resultados atingidos pela agricultura familiar, com profundos reflexos na qualidade de vida do agricultor familiar e no agronegócio moderno.
O uso da cultura de tecidos de plantas viabilizará a produção de mudas sadias e livres de doenças; as técnicas de reprodução na área animal possibilitarão o aumento da produtividade; os kits de diagnósticos serão utilizados para a identificação de doenças; o desenvolvimento de novas vacinas será um importante componente na sanidade animal; a expansão de produção em áreas que não poderiam ser utilizadas no passado, por meio de culturas tolerantes à seca, ao frio e à salinidade; o aumento do valor nutricional de diferentes alimentos; as sementes e o leite natural que agrega medicamentos terapêuticos como hormônios, anticorpos e outras biomoléculas de interesse farmacêutico e industrial; a redução da exposição a resíduos de defensivos agrícolas; o aumento do tempo de maturação de frutos, facilitando sua comercialização; a redução de perdas de pós-colheita; a redução de impactos ambientais, graças à redução da utilização de defensivos; a indução de variabilidade; a biorremediação de áreas alagadas e poluídas; entre outras.
Para países em desenvolvimento como o Brasil, que querem adotar o desenvolvimento de suas próprias capacidades de inovação ou adaptar tecnologias às condições locais, o incremento nos sistemas de pesquisa e desenvolvimento do setor público, focado na produção tecnológica para a solução de demandas, será um ponto fundamental. Devido à importância e à prioridade estratégica, o desenvolvimento de parcerias para o uso de algumas tecnologias deverá ser considerado, com base nos aspectos de propriedade intelectual e biossegurança. Ao longo dos últimos 25 anos, o Estado tem investido no desenvolvimento da biotecnologia, permitindo o domínio de praticamente todas as tecnologias associadas, que poderão servir de base para a geração de novos produtos e processos. Isto tem sido demonstrado pela Embrapa, por meio da produção de plantas de feijão, de batata e de mamão geneticamente modificados, contendo características como resistência a doenças, que contribuirão para a solução de problemas prioritários da agricultura familiar.
Elibio Rech é engenheiro agrônomo, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e membro do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB)
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segunda-feira, maio 22, 2006
COMEÇA HOJE SEMANA NACIONAL DO MILHO
A Associação Brasileira das Indústrias do Milho (Abimilho) abre nesta segunda-feira, 22, em Brasília, a Semana Nacional do Milho. Em parceria com a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, o evento visa a sensibilizar o governo federal e o Congresso Nacional para a importância econômica, nutricional e cultural do milho. As atividades em Brasília têm, ainda, o intuito de identificar garantias de produção aos nossos agricultores e de ajudar o governo no combate à desnutrição em nosso país.
A indústria do milho processa 10% da produção nacional e movimenta um mercado de cerca de R$ 1,5 bilhão por ano. A Abimilho acredita que, devidamente incentivado, o consumo desse cereal pode reforçar a dieta dos brasileiros e contribuir para resolver um dos problemas sociais mais graves do país, a desnutrição. Problema que, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afeta 3,3 milhões de famílias de todo o País, o que equivale a 13,9 milhões de almas e a uma porcentagem de 7,7% da população.
Não é menor a contribuição sócio-econômica da cadeia produtiva do milho. A produção do grão ocupa mais de 4 milhões de postos de trabalho no campo, além de 3.350 empregos diretos e 30 mil indiretos nas indústrias de processamento. O milho é matéria-prima para uma centena de outros produtos, correntemente utilizado pelas indústrias de papel e têxteis, na produção de cerveja e em artigos farmacêuticos, dentre outros.
Programação da Semana Nacional do Milho
Segunda-feira (22) – Abertura ao público da exposição de produtos industrializados e distribuição de material impresso com esclarecimentos sobre a atuação da Abimilho.
Anexo II da Câmara dos Deputados – Hall da Taquigrafia
Terça-feira (23) – Café da manhã à base de milho, com jornalistas, e anúncio do Prêmio Nacional de Jornalismo Abimilho.
Anexo II da Câmara dos Deputados, Térreo, Ala C, Sala 36 – Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.
15h30min - Abertura oficial da Semana Nacional do Milho - Anexo II da Câmara dos Deputados - Hall da Taquigrafia
Quarta-feira (24) – Café da manhã com o presidente Luís Inácio Lula da Silva (a confirmar).
Quinta-feira (25) – Participação do presidente da Abimilho, César Borges de Sousa, no ato de lançamento do Plano de Safra 2006/2007.
www.abimilho.com.br
abimilhoimprensa@uol.com.br
A indústria do milho processa 10% da produção nacional e movimenta um mercado de cerca de R$ 1,5 bilhão por ano. A Abimilho acredita que, devidamente incentivado, o consumo desse cereal pode reforçar a dieta dos brasileiros e contribuir para resolver um dos problemas sociais mais graves do país, a desnutrição. Problema que, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afeta 3,3 milhões de famílias de todo o País, o que equivale a 13,9 milhões de almas e a uma porcentagem de 7,7% da população.
Não é menor a contribuição sócio-econômica da cadeia produtiva do milho. A produção do grão ocupa mais de 4 milhões de postos de trabalho no campo, além de 3.350 empregos diretos e 30 mil indiretos nas indústrias de processamento. O milho é matéria-prima para uma centena de outros produtos, correntemente utilizado pelas indústrias de papel e têxteis, na produção de cerveja e em artigos farmacêuticos, dentre outros.
Programação da Semana Nacional do Milho
Segunda-feira (22) – Abertura ao público da exposição de produtos industrializados e distribuição de material impresso com esclarecimentos sobre a atuação da Abimilho.
Anexo II da Câmara dos Deputados – Hall da Taquigrafia
Terça-feira (23) – Café da manhã à base de milho, com jornalistas, e anúncio do Prêmio Nacional de Jornalismo Abimilho.
Anexo II da Câmara dos Deputados, Térreo, Ala C, Sala 36 – Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.
15h30min - Abertura oficial da Semana Nacional do Milho - Anexo II da Câmara dos Deputados - Hall da Taquigrafia
Quarta-feira (24) – Café da manhã com o presidente Luís Inácio Lula da Silva (a confirmar).
Quinta-feira (25) – Participação do presidente da Abimilho, César Borges de Sousa, no ato de lançamento do Plano de Safra 2006/2007.
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