A Internet no século XXI e as maneiras de tornar o site mais rentável para as empresas será tema de uma palestra beneficente no próximo dia 23 de agosto em Campinas
Beleza, grandes investimentos, efeitos especiais não garantem um site que retorne o capital investido nele para as empresas. “O site é uma ferramenta importante de vendas, mas quase ninguém sabe explorá-lo ao máximo”, afirma Conrado Adolpho, diretor da Publiweb – Marketing e Consultoria Digital, de Campinas. “Os sites têm que ser rentáveis para as empresas”, diz. Para o estrategista e publicitário, o primeiro passo é entender que, antes do produto, as empresas vendem benefícios e que o site é a representação virtual da empresa.
As vendas pela Internet não se restringem às lojas virtuais. “Cores, fotografias escolhidas, os canais de contato, enfim, todos os elementos do site vendem a imagem da empresa para quem o acessa. Se o cliente entra no site e não se identifica com ele, pode nunca mais voltar a acessá-lo. Na Internet, não existe a figura do vendedor, então o site tem que ser um bom vendedor de si próprio”.
De acordo com as estatísticas, poucos sites conseguem satisfazer os clientes na hora das compras virtuais. “Cerca de 60% dos carrinhos de compras virtuais são abandonados porque o internauta se perde, acha complicado e desiste”, explica Conrado.
É por isso, de acordo com Conrado, que é preciso fazer um estudo amplo do público-alvo da empresa, algo que nem sempre é realizado. “Muitas vezes procuramos empresas de tecnologias para construir um site; sobra-lhes o domínio das técnicas web, mas eles não têm conhecimentos na área de vendas e marketing. Por outro lado, muitas empresas especializadas em marketing não têm o know-how para construir sites mais complexos tecnologicamente”, diz o diretor da Publiweb, empresa cuja proposta é justamente unir marketing e tecnologia.
Para Conrado, não se pode mais ficar fora da rede virtual. “Quando o site das Lojas Americanas foi lançado, o faturamento total do site cresceu 10 vezes em apenas 3 anos”, diz. “O e-commerce é uma tendência, pois atinge um número sem fim de pessoas, de qualquer localidade”.
Com clientes cada vez mais exigentes, os sites têm que investir na beleza, mas antes dela precisa estar a credibilidade, palavra de lei da Internet. Além disso, precisa-se levar em conta uma série de quesitos, como usabilidade, “encontrabilidade”, valor agregado. “A Internet trouxe consigo a interatividade, mas não se sabe muito o que fazer com ela. Muitos sites ainda fazem do usuário um ser passivo, como ele é frente à televisão e ao rádio”, explica Conrado.
Para ele, os sites têm que passar informações relevantes para seu público-alvo, e não ser um cartão de visitas, com dados institucionais estáticos. “Como as tecnologias mudam muito rápido, os sites precisam constantemente ser atualizados e reformulados, para acompanhar as novidades. Hoje, por exemplo, vemos a internet se aproximando cada vez mais da televisão, usando vídeos de maneira mais interativa”.
Palestra beneficente
A Internet no século XXI e as maneiras de tornar o site mais rentável para as empresas será tema de uma palestra beneficente no próximo dia 23 de agosto, a partir das 19h30, no Fran’s Café do Cambuí, em Campinas. O palestrante será o diretor da Publiweb, Conrado Adolpho. A entrada para a palestra são dois quilos de alimento não perecível, que serão doados à Feac. As inscrições podem ser feitas através do site www.publiweb.com.br ou pelo telefone (19) 3255-6742.
Assessoria de Imprensa
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quinta-feira, agosto 11, 2005
Dragagem é tema polêmico em seminário de Gestão Ambiental Portuária
‘Dragagem e Meio Ambiente’ foi tema de polêmica e certo desconforto entre cerca de 300 participantes do Seminário Gestão Ambiental Portuária, promovido pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, que termina hoje, no Hotel Camboa, em Paranaguá. Um dos representantes do setor no Brasil, diretor da Bandeirantes Dragagem, Ricardo Sudaiha, chamou a atenção do público, especialmente dos estudantes, para os “exageros das normas de controle ambiental, que podem inviabilizar investimentos e, consequentemente, empregos”. Segundo ele, portos com cais mais profundos são uma exigência de mercado para atender aos grandes navios: “Um metro a mais de calado significa mais 30 mil toneladas num navio”.
Acusando o mercado mundial de ser cartelizado – segundo ele só existem quatro empresas de dragagem operando - Ricardo Sudaiha fez um alerta quanto à decisão da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), de permitir aos portos brasileiros o fretamento de dragas estrangeiras. O engenheiro da área de Operações Portuárias do Porto de Paranaguá, Ogarito Linhares, questionou por que as dragas brasileiras têm capacidade para apenas 5.000 m³ enquanto no mercado internacional já recolhem até 15.000 m³. Linhares lembrou que dragas maiores são capazes de levar mais quantidade de material, baixando o custo do serviço, mesmo quando o despejo do lodo se dá a longa distância. E cobrou uma “solução não empírica” para a dragagem do Porto de Paranaguá.
Ricardo Sudaiha alertou que a nova Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que define as normas e posturas para dragagem, muitas vezes não consideram as condições que tornam a operação viável. E deu vários exemplos de estudos que se arrastam há anos, principalmente por causa das polêmicas em torno do destino (local e distância) a ser dado ao lodo dragado. Citou o caso da Cosipa – cuja dragagem não é feita porque o lodo é cancerígeno; a hidrovia Tocantins-Araguaia, que com dragagem poderia escoar pelos portos da região Norte a soja produzida no Centro-Oeste e no Maranhão; e o caso da dragagem emergencial no porto Rio de Janeiro, para receber o navio de passageiros Queen Mary 2, com um metro a mais de calado do que a profundidade do cais.
O diretor da Bandeirantes disse que Paranaguá deve comemorar, pois possui uma bacia estável, pouco suscetível ao assoreamento. Mas lembrou que nos berços de atracação isso não se repete, principalmente quando a maré baixa, e que o canal de acesso também vem sendo assoreado por movimentação de partículas do banco de areia, que existe desde a construção do canal. Sudaiha criticou a decisão do Terminal da Ponta do Félix, que contratou uma empresa estrangeira “muito competente”, mas que depois de um trabalho frustrado revolveu toda a lama do fundo que acabou sendo levada para Paranaguá, “que perdeu 1,5 metro de profundidade em seis meses”. Em sua opinião, o porto de Paranaguá deveria ter uma área de despejo interna.
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SALA DE IMPRENSA: (41) 3423-2121 RAMAL 477
Paula Guatimosim (21) 9609-5417 e Gilberto Menezes Côrtes (21) 9649-8264
Mediação Imprensa e Comunicação
Olécia Plahtyn: (41) (41) 9139-1607
Acusando o mercado mundial de ser cartelizado – segundo ele só existem quatro empresas de dragagem operando - Ricardo Sudaiha fez um alerta quanto à decisão da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), de permitir aos portos brasileiros o fretamento de dragas estrangeiras. O engenheiro da área de Operações Portuárias do Porto de Paranaguá, Ogarito Linhares, questionou por que as dragas brasileiras têm capacidade para apenas 5.000 m³ enquanto no mercado internacional já recolhem até 15.000 m³. Linhares lembrou que dragas maiores são capazes de levar mais quantidade de material, baixando o custo do serviço, mesmo quando o despejo do lodo se dá a longa distância. E cobrou uma “solução não empírica” para a dragagem do Porto de Paranaguá.
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Praga do mexilhão dourado leva Marinha a reforçar controle de águas de lastro de navios
A necessidade de controle do limnoperna fortunei, o mexilhão dourado, uma grande praga de água doce que, vindo na água de lastro dos navios que aportam em Buenos Aires e Montevidéu, se alastrou pelos rios da Prata, Paraguai e Paraná, além do Guaíba, no Rio Grande do Sul, levou a Diretoria de Portos e Costa da Marinha a reforçar, a partir de outubro, as normas de controle das águas de lastro. A proliferação deste tipo de marisco é violenta e ameaça até as turbinas de Itaipu. Por isso, dentro de dois meses, os portos brasileiros vão exigir que os navios troquem as águas de lastro a, no mínimo, 50 milhas da costa, conforme o novo regulamento Norman, da DPC.
A revelação foi feita pelo assessor ambiental da Diretoria de Portos e Costa da Marinha do Brasil, Gilberto Huet de Bacellar Sobrinho, durante o seminário Gestão Ambiental Portuária, que se encerra hoje no Hotel Camboa, em Paranaguá. Huet acrescentou que a salinidade da água do mar e a profundidade do oceano tornam a operação de lastro totalmente segura a 200 milhas da costa, Mas, a 50 milhas já é possível garantir que o mexilhão dourado não sobreviverá em alto mar.
‘Xô mexilhão’
Também presente ao seminário, a consultora ambiental do Terminal da Ponta do Félix, em Antonina, Eliane Beê Boldini, mostrou fotos impressionantes da proliferação do marisco, que se agarra nas hélices e nos cascos de barcos e prolifera rápida e vertiginosamente em ambientes de águas com baixa salinidade e alta incidência de matéria orgânica. Por estar localizado no fundo da baía de Antonina, área de baixa salinidade, além de deflagrar a campanha “Xô Mexilhão”, o Terminal da Ponta do Félix adotou controle mais rigoroso dos navios que atracam no porto, num trabalho de conscientização junto aos comandantes dos navios.
Ela advertiu que até os rios do Pantanal estão contaminados, o que pode trazer riscos de transferência dos mariscos quando do retorno a seus locais de origem dos barcos de pesca e lazer transportados por turistas para o Pantanal. Por enquanto, só os rios da Amazônia estão completamente livres do mexilhão dourado, que é tóxico e impróprio para o consumo humano.
Exemplo europeu
O controle das águas de lastro também é uma grande preocupação dos portos europeus, revelou o Capitão de Portos, Patrick Decrop, de Antuérpia, Bélgica, segundo porto europeu e quarto do mundo, presente ao seminário Gestão Ambiental Portuária. Um complexo industrial-portuário que ocupa área de 14 mil hectares e está ligado por estradas e ferrovias e 14 países europeus, o Porto de Antuérpia recebe tráfego anual de 15 mil a 16 mil navios. Uma das estrelas do evento, o capitão Patrick confessou “ser muito difícil fiscalizar diariamente as águas de lastro dos mais de 50 navios que entram e saem de Antuérpia”, mas disse que as autoridades portuárias européias vão baixar normas mais rigorosas nos próximos meses.
A Organização Marítima Internacional definiu em fevereiro de 2004 normas mais rígidas para a troca de águas de lastro. Em princípio, as normas da OMI devem entrar em vigor um ano depois. Mas, no caso das águas de lastro, o compromisso só se torna obrigatório após a adesão de países que controlem mais de 30% da frota mundial de navios. Assim, a legislação, que será aplicada por etapas, poderá demorar mais de um ano para entrar em vigor. De concreto, a norma será obrigatória a partir de 2014.
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Exemplo europeu
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A Organização Marítima Internacional definiu em fevereiro de 2004 normas mais rígidas para a troca de águas de lastro. Em princípio, as normas da OMI devem entrar em vigor um ano depois. Mas, no caso das águas de lastro, o compromisso só se torna obrigatório após a adesão de países que controlem mais de 30% da frota mundial de navios. Assim, a legislação, que será aplicada por etapas, poderá demorar mais de um ano para entrar em vigor. De concreto, a norma será obrigatória a partir de 2014.
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