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segunda-feira, dezembro 06, 2004

Governo vai garantir renda do produtor

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse sexta-feira em Curitiba (PR) que o governo federal está tomando algumas atitudes a fim de garantir a renda do produtor rural para o próximo ano. Segundo ele, a principal delas é ter recursos no orçamento geral da União "que permitam ao governo interferir no mercado para sinalizar que o governo não vai deixar a renda cair". "Vamos ter recursos para leilão de opções, vamos ter recursos para compra de produtos agrícolas e para a agricultura familiar, a fim de impedir que a renda despenque", afirmou.
De acordo com Rodrigues, que participou de um evento das cooperativas paranaenses, de modo geral o conjunto do agronegócio brasileiro deverá estar bem posicionado no próximo ano. "Há algumas dificuldades novas por causa do custo de produção muito alto e algumas commodities caindo, mas o conjunto do agronegócio deverá ir bem", acredita. A expectativa é que, caso as condições climáticas sejam boas, a safra alcance entre 130 e 134 milhões de toneladas.
O ministro estima que em algumas áreas, como açúcar, álcool, café, suco de laranja e carnes não haverá prejuízo. "Mas nas áreas em que haverá problemas, na de grãos particularmente, por causa da grande oferta mundial, que implica em redução de preços e aumento de custo de produção, o governo adotará uma série de medidas para minimizar as eventuais perdas que possam ocorrer", garantiu. Além dos recursos alocados no orçamento da União, Rodrigues citou também a melhoria logística e de infra-estrutura.
"Talvez o maior problema da agricultura esteja localizado nessa área e o governo tem tido dificuldades até este ano para investimentos. Mas agora já estamos liberando recursos para investimentos em portos", assegurou. Segundo ele, serão R$ 72 milhões em atividades emergenciais como transbordo, acesso e calado. "Com essa atuação esperamos aumentar a margem de exportação para mais US$ 1 bilhão a partir do ano que vem", disse.
Sobre a questão do dólar, Rodrigues afirmou que é preciso deixar "o tempo correr um pouco" para se ter a idéia de como estará no período da comercialização. "As taxas, como estão agora, sinalizam prejuízo para todos os setores exportadores brasileiros", lamentou. "No caso da agricultura há um complicador, porque os insumos foram comprados com dólar mais alto, e, se continuar com esse valor mais baixo, o horizonte é de perda mesmo", acrescentou.
"Por isso o governo tem que interferir fortemente com instrumentos de capacitação na questão da renda". Ele também sugeriu que os exportadores de forma geral procurem diversificar seus mercados fazendo negócios em outras moedas, como o euro e o iene.

Fonte: Agência Estado

Efeitos dos transgênicos sobre os animais

Recentes testes e experiências verificaram "efeitos colaterais" do uso de transgênicos. Eles afetam o meio ambiente e dizem respeito ao reino animal.
Criadores de gado nos EUA que apostaram em uma nova ração manipulada tiveram suas surpresas. A produção de leite aumentou, como era a intenção, mas a fecundidade foi afetada e algumas vacas pariram bezerros que apresentavam deformações. Além do mais, aumentaram enfermidades ligadas ao metabolismo e inflamações dos úberes.
Os consumidores que prestam atenção na sua figura devem evitar o leite de vacas alimentadas com rações à base de soja manipulada. O leite que elas produzem tem um conteúdo muito maior de gordura do que o de vacas que receberam rações de soja natural. Esse foi o resultado de uma pesquisa realizada pelo produtor da ração – o que a torna muito confiável. A diferença de teor de gordura foi de 7% a mais!

Anticoncepcional para joaninhas e traças dopadas
Não apenas as pragas têm motivo para temer os transgênicos. Joaninhas do sexo feminino que comeram pulgões de batatas transgênicas puseram menos ovos do que a média de suas companheiras. Isso foi o que verificou uma equipe de pesquisadores escoceses do Crop Research Institute em Dundee. Além disso, sua expectativa de vida ficou reduzida à metade. Com a manipulação genética da batata, porém, os pesquisadores não atingiram totalmente sua meta. Eles só conseguiram diminuir em 50% que as folhas fossem devoradas pelos pulgões.
O que mata as joaninhas pode funcionar como doping para as traças. Nesse meio tempo, algumas espécies de traças não apenas tornaram-se resistentes a muitas toxinas que as plantas transgênicas produzem para matar as pragas. Ao que tudo indica, elas podem digerir a toxina e transformá-las em alimento, informa a publicação Ecology Letters.

Abelhas famintas, salmões gigantes
Mesmo estando famintas, as abelhas sobrevoam as flores de colza transgênica, sem tocá-las. É que seu olfato não consegue cheirar o alvo. O veneno usado para imunizar a colza contra pragas reprime também o odor captado pelas abelhas.
Já os salmões aos quais se acrescentou um gene de peixes do Ártico, para protegê-los do frio, cresceram mais do que se esperava, por razões ainda desconhecidas.

Fonte: Deutsche Welle
Redator(a): Peter Wozny (ns)
http://www.dw-world.de

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