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quinta-feira, setembro 30, 2004

Embrapa engorda ovinos com resíduo de uva processada para vinho

O resíduo da uva processada na produção do vinho poderá se tornar em um bom ingrediente para a engorda de ovinos. O seu uso na alimentação animal combinado com forrageiras tradicionais, a exemplo de raspa de mandioca, farelo de milho e farelo de palma, promoveu ganhos de peso nos animais de 71, 117 e 132 g/dia, respectivamente. É um grande resultado, revela o pesquisador Gherman Garcia Leal de Araújo, da Embrapa Semi-Árido, e responsável pelos experimentos que avaliaram o potencial forrageiro do resíduo.
A pesquisa realizada no Laboratório de Nutrição Animal da Embrapa Semi-Árido é parte de uma tese de mestrado de Daerson Dantas Barroso no Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), orientada pelo pesquisador da Embrapa. Em seus objetivos, ela atende a uma demanda do programa “Apoio à Cadeia Produtiva da Ovinocaprinocultura Brasileira” do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT): aproveitar as opções de alimentos forrageiros disponíveis regionalmente.
O subproduto da agroindústria do vinho se enquadra nessa demanda. No Vale do São Francisco, em especial no Pólo de Irrigação de Juazeiro/Petrolina, o resíduo é um material já abundante nas vinícolas. Parte dele é usado como adubo nos parreirais e o restante é queimado. O uso desse resíduo é uma maneira de reciclar seus nutrientes e pode ser um importante fator de redução de custos de produção, afirma o pesquisador. Até agora não tinha qualquer avaliação como uso forrageiro na região.
Aproveitamento – Na região do Submédio São Francisco está se consolidando um Pólo Vitivinícola que já está com 500 hectares plantados com variedades de uva para vinho, processa cerca de 7 milhões de litros, detém 15% do mercado nacional de vinho e gera uma grande quantidade de resíduos. O seu aproveitamento como forrageira é uma opção interessante na suplementação alimentar de ruminantes, explica Gherman Araújo.
Segundo Daerson Barroso, os ganhos de peso obtidos pelos animais sem raça definida e oriundos de sistemas de produção da caatinga, associando forrageiras tradicionais e o resíduo das vinícolas, são muitos bons. Aliás, ele se diz surpreso com o resultado dos testes. Quando começamos a avaliar as dietas, a expectativa era de apenas conseguir que os ovinos mantivessem o peso durante os noventa dias de duração da avaliação. Mas, o que conseguiram foi além disso: os animais engordaram em quantidades satisfatórias, explica o estudante de mestrado.
Outro aspecto relevante dos experimentos destacado por Daerson está no rendimento da carcaça dos animais abatidos em relação ao seu peso vivo. No momento logo após o abate, retirada as vísceras e a pele, a relação anotada variou de 45 a 53%. Num instante posterior, com a carcaça “fria”, os percentuais ficaram entre 43 e 52%. São resultados bons que se assemelham aos registrados em animais de condição corporal melhor, como os da raça Santa Inês, ressalta ele.
Fonte protéica - Esta alternativa de alimento animal pode estar disponível para os rebanhos do Sertão do Vale do São Francisco. A quantidade de animais nessa região é uma das maiores de todo o país. O desempenho produtivo, no entanto, é baixo, em conseqüência dos parcos recursos tecnológicos a forte dependência que os sistemas de criação pecuária tem da vegetação da caatinga como fonte quase que exclusiva de forragem para os animais.
O crescimento da agroindústria do vinho aumentará o volume de resíduo. O acúmulo desse subproduto pode vir a tornar-se um sério problema ambiental, argumenta o pesquisador da Embrapa. Pare ele, a busca de alternativas para o uso do resíduo na forma desidratada (feno) e fermentada (silagem) garante um bom aporte de nutrientes para os animais, especialmente nos períodos de maior escassez de forragem na região. O resíduo é uma excelente fonte protéica a ser convertida em leite, carne e pele, assegura Gherman.
Na opinião do pesquisador da Embrapa a integração das vinícolas e os milhares de pequenos caprino-ovinocultores descapitalizados em torno do resíduo formam um arranjo produtivo interessante e original no semi-árido. A disponibilidade de resíduo a um baixo custo beneficia os sistemas agrícolas familiares com o aumento da produtividade. Por outro lado, permite às vinícolas se livrarem, pela doação ou mesmo venda, de um material poluente. Ganham sustentabilidade os negócios agrícolas do semi-árido, enfatiza Gherman Araújo.

Contatos:

Gherman Garcia Leal de Araújo – Pesquisador, Embrapa Semi-Árido.
Marcelino Ribeiro – Jornalista, Embrapa Semi-Árido

Os Caminhos da Assistência Técnica à Agricultura

A Associação dos Assistentes Agropecuários do Estado de São Paulo estará promovendo o Congresso Brasileiro de Assistência Técnica à Agricultura, programado para 9 a 11de novembro de 2004, em Campinas (SP).
A Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz responsabiliza-se pela coordenação administrativa do conclave, que conta com o apoio científico da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” –USP, Faculdade de Engenharia Agrícola – UNICAMP, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP e Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – UNESP.
O evento terá como objetivo a apresentação e discussão de trabalhos originais nas áreas de extensão rural, assistência técnica especializada, assistência técnica regulamentada e fomento do uso de tecnologia moderna. Roberto Rodrigues (Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), José Amauri Dimarzio (Secretário Executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Duarte Nogueira (Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo), Ernesto Paterniani (Professor Titular de Genética da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”) e Antonio Jorge Camardelli (Diretor Executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes Industrializadas) proferirão conferências abrangendo temas como transferência da tecnologia dos produtos transgênicos aos agricultores, relevância do rastreamento para certificação de produtos agroindustriais, defesa sanitária e conquista de mercados exigentes. Além das conferências serão apresentados trabalhos originais de 148 autores, de 19 instituições, de 7 Estados, Distrito Federal, Argentina, Espanha e Estados Unidos da América.
O congresso destina-se a profissionais de nível superior vinculados às diversas áreas de assistência técnica à agricultura, pesquisadores, professores e estudantes.
A taxa de inscrição é de R$ 70,00.


Mais informações podem ser obtidas na Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz pelo telefone (19) 3417-6604, pelo e-mail: cdt@fealq.org.br ou no site www.fealq.org.br

Nelore IRCA inova na seleção e utiliza ultrassonografia para melhoramento genético

Uma seleção que teve início em 1916, na Usina Serra Grande, em São José da Lage, AL, com 40 cabeças, pelas mãos do Cel. Carlos B. P. de Lyra, atravessou o século XX e chegou ao XXI, tendo como foco a eficiência do animal a pasto, como atesta o responsável pelo Nelore IRCA, José da Rocha Cavalcanti, bisneto do Cel. Lyra, proprietário da Fazenda Providência do Vale Verde, em São Miguel do Araguaia, GO.
Para Cavalcanti, “o IRCA é uma linhagem com um programa de seleção dentro do padrão racial supervisionado pela ABCZ, selecionando uma genética na qual os animais são eficientes tendo o pasto como dieta”. Em sua opinião, é uma opção interessante devido às características saudáveis que proporciona, por ter seu genótipo selecionado em um ambiente natural, ou seja, é bom tanto em genética, quanto em economia.
“O mais importante é termos genética de produção de carne de qualidade e eficiente em ambiente de capim. O objetivo é obter a maximização da renda líquida”, justifica, afirmando que a seleção IRCA apresenta como diferenciais o abate de animais jovens – entre 22 e 28 meses –, que apresentam média de peso entre 16 e 18 arrobas, com bom acabamento de gordura, e fêmeas férteis e de boa capacidade de desmame.
Para obter animais com esse potencial, segundo Cavalcanti, quatro características são extremamente importantes: fertilidade, acabamento de carcaça com precocidade, boa habilidade materna e seleção a pasto. “A seleção do Nelore IRCA tem essa filosofia mantida em uma tradição de 88 anos”, destaca.
Nesse processo de seleção, sempre atento aos princípios da produção de carne a pasto, a utilização de novas tecnologias é bem-vinda. Recentemente, foi a ultrassonografia que conquistou Cavalcanti, para quem a avaliação do rendimento da carcaça tem como pré-requisito decompor o peso vivo que o animal apresenta na balança em quilos de carne de boa qualidade por unidade de carcaça.
Segundo ele, o peso em si não reflete quanto de carne há na carcaça: “Pode-se ter um animal de elevado peso e baixo rendimento de carcaça. O mais importante é selecionar os melhores animais com essa característica, tanto visualmente, quanto com o auxílio da ultrassonografia, que transforma em dados numéricos as imagens da área de olho de lombo e da espessura de gordura”, explica.
O objetivo do uso da ultrassonografia, de acordo com Cavalcanti, é somar essas informações àquelas obtidas na avaliação visual. “Acreditamos que a ultrassonografia auxiliará a ter uma informação consistente, que a balança não mostra. Balança só mostra peso. Podemos ter um animal de 500 kg ‘magro’ e um de 480 kg ‘gordo’ e com bom rendimento”, acrescenta.
O que o levou a adotar essa tecnologia foi o desejo de oferecer aos clientes da genética IRCA informações mais precisas, montar um banco de dados que possa auxiliar nas decisões. “O produtor de genética precisa estar consciente de suas responsabilidades, pois o resultado de seus clientes dependerá de suas decisões. Quando trabalhamos com espécies de intervalos de geração mais longos, como os bovinos, a vida se torna curta para absorver nossos erros”, reforça.

Mais informações podem ser obtidas através do telefone (62)-9965-5144 ou através do email neloreirca@uol.com.br


Serviço:
Nelore IRCA
Fazenda Providência do Vale Verde
José da Rocha Cavalcanti
Fone: (62)9965-5144

Jornalista responsável:
Mirna Tonus (MTb 22610)

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE RASTREABILIDADE DE ALIMENTOS DITA NOVAS DIRETRIZES PARA A PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO DE ALIMENTOS BRASILEIROS

A I Conferência Internacional sobre Rastreabilidade de Alimentos, que aconteceu entre os dias 21 e 23 de setembro, contou com mais de 350 visitantes, entre produtores rurais, técnicos, empresários de agroindústria, fornecedores de toda a cadeia produtiva, certificadoras, empresários da área de logística e varejo, exportadores; traders do exterior; Universidades e Centros de Pesquisas e dirigentes de Estatais e de Mercado na área de alimentos.
As 50 palestras, que abordaram temas como marcos regulatórios, experiências internacionais e plataformas tecnológicas, forma ministradas por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, órgãos reguladores, entidades e universidades do Brasil e do exterior.
A importância do setor de agronegócios para a economia nacional e situações como as da a soja brasileira embargada pela China criou a necessidade de discutir, analisar e trocar experiências sobre a rastreabilidade, sistema que já é exigido por alguns dos principais países compradores de produtos nacionais.
De acordo com Juaquim Naka, coordenador do Sistema Agrícola de Produção Integrada (SAPI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, idealizador e organizador do evento, a Conferência cumpriu sua missão: a de indicar as melhores práticas e caminhos para assegurar a permanência do Brasil na lista de grandes exportadores mundiais e crescermos ainda mais no segmento. A rastreabilidade, segundo Naka, é a ferramenta de defesa mais adequada junto aos Fóruns Internacionais de Qualidade.
A Conferência, segundo os freqüentadores, foi de excelente qualidade e mudou a mentalidade dos que chegaram à conferência com uma posição contrária à rastreabilidade. “A informação é a grande ferramenta da modernidade. Só ela pode acabar com as polêmicas e preconceitos e viabilizar a rastreabilidade no Brasil”, comentou Iracema Foz, da Agência Agrobiz, empresa organizadora do evento.
José Amauri Dimarzio, Secretário Executivo do Ministério, presidiu um dos painéis e agradeceu a presença dos representantes europeus que participaram da Conferência. De acordo com Dimarzio, esse intercâmbio de conhecimento é importantíssimo para a evolução do agronegócio no mundo. Comentou também a vocação do Brasil para se tornar o maior exportador mundial de alimentos, já que a Europa, por mais que possa crescer em produtividade, não tem mais espaço físico para produzir ainda mais. “O agronegócio é, indiscutivelmente, a vocação do Brasil”, finalizou.
A rastreabilidade não é uma exigência que vem para criar problemas e encarecer processos, é uma solução. Foi com essa visão que a maioria das pessoas saiu da conferência. Investindo e direcionando esforços para desenvolver o processo de rastreabilidade nos produtos brasileiros, o país dará um enorme salto em qualidade, valor e força no mercado mundial. E não apenas em desenvolvimento de produto ou econômico, mas também no que se refere a manejo ambiental e soluções sociais, já que o Brasil possui muitos pequenos e médios produtores.
Dimarzio também disse que nosso Excelentíssimo Sr. Presidente da República, Luíz Inácio Lula da Silva comentou em uma conversa que é necessário fazer um trabalho de qualidade e com total prioridade para o mercado nacional brasileiro no que diz respeito à rastreabilidade. O Secretário também alertou as associações participantes da Conferência sobre a obrigação de cada uma delas em divulgar o conteúdo discutido e assumir seu papel de fundamental importância para o agronegócio brasileiro.
Realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o evento trouxe ainda o Seminário Franco-Brasileiro de Segurança Sanitária Animal, iniciativa da Embaixada Francesa no Brasil, que aconteceu no dia 21. O ciclo de palestras e debates teve o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia – Fundo Social do Agronegócio, FINEP, FEALQ e Manes de l’Agricultor, de l’Alimentation, de la Peche et des Affaires Rurales – Embaixada da França no Brasil. Contou com a presença de pesquisadores do Ministério da Agricultura da França, FDA, USDA (EUA), representantes da Food Trace Conference (Inglaterra), ENAC, Sincert, Eurepgap, Aenor, Ministério da Agricultura Brasileiro, pesquisadores da EMBRAPA, representantes do INMETRO e demais profissionais ligados à área.

Planejamento e Operação:
Consórcio Agrobiz
Tel: (11) 3045-6045
Site: www.agrobiz.com.br/conferencia

Andréia Viana ou Natália Garcia.
Tel: (11) 3266-6391 ou 3262-2691
Jornalista responsável: Maria Laura Oliveira Soriano (MTB 28.892)

Fort Dodge lança vacina contra Pneumovirose Aviária

Produzido no Brasil, o novo produto que imuniza galinhas contra a Síndrome da Cabeça Inchada e perus contra a incidência de Rinotraqueíte Infecciosa, será exportado para outros países.
A Fort Dodge Saúde Animal (www.fortdodge.com.br) acaba de lançar a Poulvac® TRT, a mais nova arma à disposição do criador para o combate a Pneumovirose Aviária, uma das enfermidades mais prevalentes nas granjas de todo o País nos últimos anos, e que com frequência compromete os indicadores de produtividade.
A nova vacina é apresentada na forma liofilizada e produzida a partir de amostras selecionadas do vírus vivo, modificado, cultivado em células de linhagem. A cepa utilizada para confecção da vacina é o Pneumovírus K, pertencente ao subtipo A, o mesmo subtipo de todas as amostras de vírus de campo isolados em território brasileiro até hoje. Poulvac® TRT é recomendada como medida auxiliar na prevenção da incidência da Rinotraqueíte Infecciosa em perus e da Síndrome da Cabeça Inchada (SCI) em frangos de corte, poedeiras comerciais e reprodutoras pesadas.
Produzida pela Fort Dodge Saúde Animal Ltda, na fábrica de Campinas, SP, Poulvac® TRT é mais um produto nacional que já começa a conquistar os mais exigentes mercados do exterior. Assim como Bursine-2, Poulvac Bursa F, Poulvac Mix-6 e outras marcas consagradas, o laboratório vai exportar a vacina para muitos países onde atua.
Poulvac® TRT deve ser administrada por spray ou através da via óculo-nasal a perus ou pintos a partir de 1 dia de idade ou em programas de vacinação alternativos, mediante prescrição de Médico Veterinário. A vacina está disponível em caixas contendo 10 frascos de 1.000 doses cada.


CONTATOCOM
Jornalista responsável: Miro Negrini (MTb 19890/SP)
Cel: 55 [11] 9911-2666
Pabx: 55 [15] 3224-1000 / www.contatocom.com.br

CONSÓRCIO COORDENADO PELO MAPA COMBATERÁ FERRUGEM DA SOJA NO BRASIL

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento coordenará um projeto de manejo integrado da ferrugem asiática da soja denominado Consórcio Anti-Ferrugem. A iniciativa contará com a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), fundações de apoio à pesquisa, empresas estaduais de pesquisa e de transferência de tecnologias, cooperativas, universidades e da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef).
“Vamos lançar uma campanha nacional de conscientização voltada para técnicos, produtores e empresários do setor que compõem a cadeia produtiva da soja. O objetivo é divulgar questões que envolvam a prevenção e o controle da ferrugem. Para isso, os participantes do consórcio vão apoiar a produção de vários materiais audiovisuais e impressos, além de promover outras ações de transferência de tecnologias”, diz o coordenador de Proteção Vegetal do ministério, José Geraldo Baldini.
Ao mesmo tempo, está sendo formada uma rede de profissionais de transferência de tecnologias. O Consórcio Anti-ferrugem pretende capacitar 40 agentes de transferência que possam treinar dois mil multiplicadores capazes de repassar informações sobre as ações preventivas de sanidade vegetal, identificação da doença, manejo e controle da ferrugem da soja a um público de 100 mil produtores em todo o Brasil. O consórcio prevê ainda o estabelecimento de 400 unidades-sentinela em todas as regiões produtoras de soja para monitorar a dispersão do fungo causador da doença. “As informações geradas pelas unidades-sentinela, que vão monitorar o aparecimento da doença e as condições climáticas favoráveis ao seu surgimento, serão utilizadas para alimentar diariamente o Sistema de Alerta da Embrapa”, afirma o chefe de Pesquisa da Embrapa Soja, João Flávio Veloso. O sistema está disponível em www.cnpso.embrapa.br/alerta.
O consórcio prevê ações para as próximas três safras de soja. “É uma operação de cunho técnico para capacitar o agricultor na busca de solução de um problema com o qual ele ainda não está familiarizado”, explica o gerente técnico da Andef, Marcos Caleiro. Segundo ele, o consórcio pretende dar amplo suporte às recomendações técnicas que os multiplicadores levarão aos produtores para orientá-los sobre a escolha do melhor produto de controle da doença, a maneira adequada de aplicação e o momento mais correto para o uso, antes que a doença cause danos à produtividade. “Nesta safra, haverá fungicidas suficientes para atender à demanda nacional. Só as empresas produtoras de insumos vinculadas à Andef têm quantidades para atender a duas aplicações de produtos em 20 milhões de hectares, o que é praticamente a totalidade da área plantada com soja no Brasil”, diz Caleiro.


Fonte: MAPA

Rio Grande do Sul inicia plantio de transgênicos

Os produtores de soja do Rio Grande do Sul começaram hoje o plantio de transgênicos. Eles informaram que não irão esperar por uma medida provisória do governo federal autorizando o plantio da soja geneticamente modificada (GM), já que não têm outra semente para plantar.
De acordo com o jornal Zero Hora, alguns produtores das cidades de Cruz Alta e Tupanciretã já fizeram o plantio das sementes. Pelo menos 280 mil hectares na região foram destinados ao transgênicos.
Ontem, oito entidades ligadas a produtores rurais divulgaram, em Porto Alegre, carta destacando a importância da soja no agronegócio do País. O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Carlos Sperotto, ressaltou que a medida provisória é a única solução para liberar a soja porque não há tempo hábil para tramitação da Lei de Biossegurança.
Durante a realização do seminário Seguro Agrícola e Comercialização de Grãos e Insumos, que ocorre na sede da Farsul, o presidente da entidade disse não acreditar que "as lágrimas de Marina (ministra do Meio Ambiente) valham mais do que a ansiedade e as lágrimas dos produtores, que são responsáveis por US$ 25 bilhões do superávit na balança comercial".

Transgênicos causam atrito entre RS e governo federal
Uma nota do governo do Rio Grande do Sul irritou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto escrito pelo vice-governador em exercício, Antônio Hohlfeldt, critica duramente a suposta intenção do Palácio do Planalto de não reeditar a medida provisória sobre a soja transgênica.
Lula pediu na tarde de ontem que o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, rebatesse as acusações de Hohlfeldt. O ministro da Educação, Tarso Genro, também condenou a nota do governo gaúcho.
Os dois ministros gaúchos classificaram a nota como "desrespeitosa". O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, ainda não se manifestou sobre o assunto.

Fonte: Terra

ARTIGO : Mais proteína de boa qualidade para o pequeno produtor

Um dos sérios problemas enfrentados pelos países não desenvolvidos é a subnutrição. Este problema é agravado por alguns fatores tais como: alta taxa de crescimento populacional, má distribuição de renda, escassez de áreas e água disponíveis para agricultura, erosão, secas e outros desastres naturais, conflitos, baixa escolaridade, doenças, precários sistemas de transporte e distribuição de alimentos, etc. O desenvolvimento de alimentos mais nutritivos, que sejam também baratos e fáceis de serem produzidos, processados e consumidos se constitui em uma das contribuições que a pesquisa agropecuária tem a oferecer para a diminuição desse problema. Preocupada com a qualidade de vida da sociedade roraimense a Embrapa está desenvolvendo variedades de milho que visam suprir a desnutrição. O milho é um alimento tradicional, altamente energético, produzido e consumido em todas as regiões brasileiras. Em 2003 a produção de milho no Brasil foi de 47,41 milhões de toneladas, com uma produção de proteína, considerando um teor de proteína no grão de 8%, em torno de 3,79 milhões de toneladas. Entretanto, essas proteínas são de baixo valor biológico, por apresentarem baixos teores de dois aminoácidos essenciais: a lisina e o triptofano. Por tudo isso e, também devido à sua amplitude e facilidade de produção e consumo, o milho se apresenta como uma das culturas a serem consideradas para o desenvolvimento de cultivares com maior valor nutricional. Descoberto em 1963, o mutante opaco 2, embora apresentasse teores de lisina 50% mais elevados, em relação ao milho normal, não teve boa aceitação pelos agricultores. Alguns fatores que contribuíram para a não aceitação desse mutante foram o fato de apresentarem menor produtividade, grãos opacos com textura farinácea, menor densidade e secagem mais lenta e maior susceptibilidade às pragas dos grãos, doenças e danos mecânicos. Combinando o genótipo o2o2 (opaco 2), para conferir alta qualidade protéica, e modificadores genéticos, para melhorar as qualidades físicas e a aparência do grão, foram desenvolvidos os materiais denominados QPM, em programas de melhoramento conduzidos pelo CIMMYT, México, e Universidade de Natal, África do Sul. Comparados à caseína (proteína do leite), os milhos QPM apresentam valor biológico relativo de aproximadamente 85%, enquanto este valor é de 65% para o milho normal. A Embrapa Milho e Sorgo já disponibilizou no mercado de sementes de milho diversas cultivares QPM tais como o BR 451, o BR 473 e o BR 2121. Entretanto, a performance desses materiais no estado de Roraima poderia ser melhor com a execução de um trabalho de melhoramento de materiais QPM realizado in loco. Em vista disso, a Embrapa Roraima está elaborando um projeto para melhoramento de populações de milho QPM com vistas a fornecer cultivares desse material adaptadas às condições do estado e que venham contribuir para uma melhor nutrição dos nossos agricultores.

Aloisio Alcantara Vilarinho
Pesquisador II – Embrapa Roraima
Melhoramento de culturas anuais
Dr. em Genética e Melhoramento

Embrapa Roraima participa de projeto do Ministério do Meio Ambiente

Roraima participa do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da diversidade Biológica Brasileira, PROBIO, financiados pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA através da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O Projeto visa a conservação de espécies silvestres da fauna, flora e microorganismos no Brasil, já que a utilização sustentável das mesmas são necessárias para garantir a sobrevivência humana a médio e a longo prazo, sendo o país o maior detentor da Biodiversidade no Planeta, segundo informações do MMA.
A Embrapa Roraima participa dentro do PROBIO das ações de Prospecção e caracterização de populações das espécies do gênero Gossypium nativas ou naturalizadas no Brasil, sob a coordenação do Centro Nacional de Pesquisa do Algodão, que inicia em novembro. E na identificação, coleta, mapeamento e conservação de variedades tradicionais espécies silvestres de arroz no Brasil, coordenado pela Embrapa Arroz e Feijão, com início previsto para 2005.
Para a coleta e prospecções de populações do arroz e do algodão, explica a pesquisadora da Embrapa Roraima, Magnólia Silva, serão realizadas expedições por todo o Estado onde junto com os técnicos da Secretaria Estadual de Agricultura será feito um levantamento das propriedades, comunidades e municípios que possuam essas espécies, com exceção das comunidades indígenas.
A pesquisadora pede a quem localizar plantas de algodão ou de arroz silvestre em quintais, nas propriedades rurais, várzeas ou em qualquer outro lugar tanto no interior quanto na capital informar a unidade da Embrapa Roraima através do telefone 626-7125, na Área de Comunicação e Negócios.


Daniela Collares (Mtb 114/01-RR)
Jornalista
Embrapa Roraima
(95) 9112-0226 - 6267125
Estagiaria de jornalismo
Twilla Barbosa

PECUÁRIA DE CORTE : Brasil Certificação abre novos escritórios em MT, MS, GO e RS

Empresa também aumenta em 20% o número de técnicos certificadores a campo.

A Brasil Certificação, uma das principais empresas de certificação e rastreabilidade bovina do País, está inaugurando quatro novos escritórios regionais em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Rio Grande do Sul. Com estas unidades em Três Lagoas (MS), Rio Verde (GO), Uruguaiana (RS) e Colíder (MT), a empresa passa a ter 18 escritórios regionais espalhados pelas principais regiões de pecuária do Brasil e também cresce em presença a campo: o número de técnicos certificadores aumenta em 20%, chegando a 180 profissionais.
Segundo Alexandre Martins, diretor executivo da Brasil Certificação, a empresa acelera seu planejamento para oferecer estruturas em todas as principais regiões pecuárias do Brasil, aumentando a rapidez e a eficiência do serviço junto aos produtores, que precisam estar atentos à importância da rastreabilidade para a moderna pecuária. O escritório de Três Lagoas é o terceiro da empresa no MS; o de Rio Verde também é o terceiro em GO; o de Colíder é o quarto em MT; o de Uruguaiana é o primeiro no RS.
"A rastreabilidade é fundamental para garantir a procedência, a qualidade e até a sanidade dos produtos de origem animal, uma das principais preocupações dos consumidores em todo o mundo, permitindo o controle de riscos em qualquer etapa do processo produtivo”, avalia Martins. "O pecuarista brasileiro conscientiza-se de que a rastreabilidade é fundamental para o País manter-se em primeiro lugar nas exportações de carne bovina”.

Sobre a Brasil Certificação
A Brasil Certificação está entre as maiores empresas de rastreabilidade e certificação animal do País e foi a primeira certificadora credenciada pelo Sisbov – a rastrear o primeiro bovino no País. Considerando os números atuais, um em cada quatro bovinos enquadrados no Sisbov foi certificado pela Brasil Certificação. A empresa tem mais de 17 mil pecuaristas clientes e já cadastrou mais de 6 milhões de bovinos no Sistema de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov). A Brasil Certificação foi fundada em maio de 2001, antecipando-se às mudanças na pecuária. A empresa estruturou uma equipe de profissionais experientes e tem como filosofia a utilização das mais modernas tecnologias disponíveis na pecuária mundial.

Mais informações pelo site www.brasilcertificacao.com.br ou pelo telefone (11) 3061-1366


Texto Assessoria de Comunicações: (11) 3675-1818
Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (Mtb 17.291)

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