A I Conferência Internacional sobre Rastreabilidade de Alimentos, que aconteceu entre os dias 21 e 23 de setembro, contou com mais de 350 visitantes, entre produtores rurais, técnicos, empresários de agroindústria, fornecedores de toda a cadeia produtiva, certificadoras, empresários da área de logística e varejo, exportadores; traders do exterior; Universidades e Centros de Pesquisas e dirigentes de Estatais e de Mercado na área de alimentos.
As 50 palestras, que abordaram temas como marcos regulatórios, experiências internacionais e plataformas tecnológicas, forma ministradas por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, órgãos reguladores, entidades e universidades do Brasil e do exterior.
A importância do setor de agronegócios para a economia nacional e situações como as da a soja brasileira embargada pela China criou a necessidade de discutir, analisar e trocar experiências sobre a rastreabilidade, sistema que já é exigido por alguns dos principais países compradores de produtos nacionais.
De acordo com Juaquim Naka, coordenador do Sistema Agrícola de Produção Integrada (SAPI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, idealizador e organizador do evento, a Conferência cumpriu sua missão: a de indicar as melhores práticas e caminhos para assegurar a permanência do Brasil na lista de grandes exportadores mundiais e crescermos ainda mais no segmento. A rastreabilidade, segundo Naka, é a ferramenta de defesa mais adequada junto aos Fóruns Internacionais de Qualidade.
A Conferência, segundo os freqüentadores, foi de excelente qualidade e mudou a mentalidade dos que chegaram à conferência com uma posição contrária à rastreabilidade. “A informação é a grande ferramenta da modernidade. Só ela pode acabar com as polêmicas e preconceitos e viabilizar a rastreabilidade no Brasil”, comentou Iracema Foz, da Agência Agrobiz, empresa organizadora do evento.
José Amauri Dimarzio, Secretário Executivo do Ministério, presidiu um dos painéis e agradeceu a presença dos representantes europeus que participaram da Conferência. De acordo com Dimarzio, esse intercâmbio de conhecimento é importantíssimo para a evolução do agronegócio no mundo. Comentou também a vocação do Brasil para se tornar o maior exportador mundial de alimentos, já que a Europa, por mais que possa crescer em produtividade, não tem mais espaço físico para produzir ainda mais. “O agronegócio é, indiscutivelmente, a vocação do Brasil”, finalizou.
A rastreabilidade não é uma exigência que vem para criar problemas e encarecer processos, é uma solução. Foi com essa visão que a maioria das pessoas saiu da conferência. Investindo e direcionando esforços para desenvolver o processo de rastreabilidade nos produtos brasileiros, o país dará um enorme salto em qualidade, valor e força no mercado mundial. E não apenas em desenvolvimento de produto ou econômico, mas também no que se refere a manejo ambiental e soluções sociais, já que o Brasil possui muitos pequenos e médios produtores.
Dimarzio também disse que nosso Excelentíssimo Sr. Presidente da República, Luíz Inácio Lula da Silva comentou em uma conversa que é necessário fazer um trabalho de qualidade e com total prioridade para o mercado nacional brasileiro no que diz respeito à rastreabilidade. O Secretário também alertou as associações participantes da Conferência sobre a obrigação de cada uma delas em divulgar o conteúdo discutido e assumir seu papel de fundamental importância para o agronegócio brasileiro.
Realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o evento trouxe ainda o Seminário Franco-Brasileiro de Segurança Sanitária Animal, iniciativa da Embaixada Francesa no Brasil, que aconteceu no dia 21. O ciclo de palestras e debates teve o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia – Fundo Social do Agronegócio, FINEP, FEALQ e Manes de l’Agricultor, de l’Alimentation, de la Peche et des Affaires Rurales – Embaixada da França no Brasil. Contou com a presença de pesquisadores do Ministério da Agricultura da França, FDA, USDA (EUA), representantes da Food Trace Conference (Inglaterra), ENAC, Sincert, Eurepgap, Aenor, Ministério da Agricultura Brasileiro, pesquisadores da EMBRAPA, representantes do INMETRO e demais profissionais ligados à área.
Confira!!!
As imagens e o conteúdo apresentado no evento estão disponíveis no site:
www.agricultura.gov.br
Planejamento e Operação:
Consórcio Agrobiz
Tel: (11) 3045-6045
Site: www.agrobiz.com.br/conferencia
Oficina de Notícias
Andréia Viana ou Natália Garcia.
Tel: (11) 3266-6391 ou 3262-2691
E-Mail: pauta.oficina@uol.com.br
Jornalista responsável: Maria Laura Oliveira Soriano (MTB 28.892)
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sexta-feira, setembro 24, 2004
Para ministra do Meio Ambiente a pesquisa sobre soja convencional não pode ser desprezada
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, manifestou-se ontem, em Curitiba, contra o plantio da soja transgênica de forma irregular e sem a definição do Congresso Nacional sobre a Lei de Biossegurança. Durante encontro com o governador Roberto Requião, a ministra afirmou que a pesquisa brasileira sobre a soja convencional não pode ser desprezada diante de uma suposta vantagem econômica.
"O plantio da soja contrabandeada da Argentina cria uma situação que não é a melhor para o País. O acúmulo de pesquisa que o País tem em relação à soja convencional não pode ser preterido em função de qualquer investimento ou oportunidade", ressaltou.
Marina considerou o esforço do governo para manter o Paraná como área livre de transgênicos merecedor da inclusão na Lei de Biossegurança. "Considero legítimo o posicionamento do governador Requião, porque está baseado em oportunidades de mercado e na tendência dos consumidores que, cada vez mais, querem produtos com benefícios garantidos tanto no aspecto relacionado à saúde quanto ao meio ambiente. Este pleito tem que ser acolhido no marco legal que está se estabelecendo", acrescentou.
Além do fator econômico, a ministra lembrou o princípio da precaução que o País se comprometeu a respeitar em tratados internacionais.
Marina Silva explicou que existem duas tendências para a aprovação da Lei de Biossegurança: uma representada pela aprovação, na Câmara dos Deputados, do substitutivo que está de acordo com a proposta do Ministério do Meio Ambiente, e outra representada pelas comissões técnicas do Senado, que ainda não apresentaram parecer.
Agência Brasil
"O plantio da soja contrabandeada da Argentina cria uma situação que não é a melhor para o País. O acúmulo de pesquisa que o País tem em relação à soja convencional não pode ser preterido em função de qualquer investimento ou oportunidade", ressaltou.
Marina considerou o esforço do governo para manter o Paraná como área livre de transgênicos merecedor da inclusão na Lei de Biossegurança. "Considero legítimo o posicionamento do governador Requião, porque está baseado em oportunidades de mercado e na tendência dos consumidores que, cada vez mais, querem produtos com benefícios garantidos tanto no aspecto relacionado à saúde quanto ao meio ambiente. Este pleito tem que ser acolhido no marco legal que está se estabelecendo", acrescentou.
Além do fator econômico, a ministra lembrou o princípio da precaução que o País se comprometeu a respeitar em tratados internacionais.
Marina Silva explicou que existem duas tendências para a aprovação da Lei de Biossegurança: uma representada pela aprovação, na Câmara dos Deputados, do substitutivo que está de acordo com a proposta do Ministério do Meio Ambiente, e outra representada pelas comissões técnicas do Senado, que ainda não apresentaram parecer.
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