Márcio Lopes de Freitas *
Na era da globalização, a defesa de uma sociedade justa e solidária é interpretada quase como uma utopia. As grandes nações que bloqueiam o livre comércio nos fóruns internacionais apenas agem inspiradas por grandes players multinacionais da economia globalizada, dotados de um grande poder de influência sobre os governos. Esses grupos têm interesses financeiros e comerciais, não compartilham, na maioria das vezes, causas políticas e sociais, nem se preocupam com a criação e manutenção de mecanismos de negócios internacionais que aliem o desenvolvimento econômico à boa distribuição de renda.
Baseados nos seus consagrados princípios de igualdade e solidariedade, o cooperativismo se coloca como contraponto à prática cega desta globalização mercantil. O tema desse ano para o Dia Internacional do Cooperativismo, comemorado em 3 de julho, é Cooperativismo por uma globalização mais justa: criando oportunidades para todos. Em todo o mundo, 800 milhões de cooperados provam que é possível uma globalização justa, ao colocar os interesses do homem em primeiro lugar e respeitar a autonomia e as identidades locais.
O Brasil é um grande exemplo de como esse processo deve ser conduzido. Hoje, somos 5,7 milhões de cooperados em mais de 7.000 cooperativas de 13 ramos de atividades econômicas distintas. Elas já representam 6% do Produto Interno Bruto (PIB) e são responsáveis pela criação de quase 200 mil empregos diretos.
Indutoras do agronegócio, as cooperativas agropecuárias são provas incontestes de que é possível construir uma sociedade mais justa inserida na economia globalizada. A atuação do cooperativista Roberto Rodrigues no comando do Ministério da Agricultura tem sido marcada pela luta contra as barreiras comerciais impostas ao Brasil e a defesa dos nossos produtos no mercado internacional.
O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mais de uma vez, defendeu o sistema cooperativista como a melhor alternativa para aliar o desenvolvimento econômico ao social. Mas não é apenas no campo que o cooperativismo se mostra como uma alternativa viável aos efeitos da globalização.
No ambiente urbano a ferramenta cooperativista está sendo cada dia mais utilizada, como forma de desenvolvimento econômico das pessoas comuns, com inclusão social. As cooperativas de Trabalho, legitimamente constituídas, representam uma alternativa de geração de trabalho e renda, gerando mais de 300 mil postos de trabalho no Brasil.
As cooperativas de Consumo, constituídas por mais de 2 milhões de brasileiros, são o equilíbrio dos preços de alimentos e bens de primeira necessidade no varejo. As cooperativas habitacionais lutam e tornam realidade o sonho da casa própria para a população de baixa renda. As cooperativas de Saúde, criam oportunidade de trabalho para cerca de 300 mil profissionais do setor, atendendo mais de 14 milhões de brasileiros com atendimento digno a preço justo. As cooperativas de Infra-estrutura possuem uma rede de 120 mil quilômetros, levando energia e desenvolvimento a mais de 600 mil famílias. As cooperativas do ramo Educacional reúnem mais de 100 mil associados e atendem diretamente mais de 11 mil alunos, oferecendo ensino de boa qualidade e preço justo. Já as cooperativas do ramo Transporte congregam uma frota de mais de 5 mil veículos, entre transporte de carga e de passageiros. Outro setor que merece destaque é o cooperativismo de Crédito, que facilita o acesso ao mercado financeiro aos cooperados com melhores condições que as instituições bancárias tradicionais. Possui três sistemas – Sicredi, Sicoob e Unicred – e dois bancos– Bansicredi e Bancoob. Hoje mais de 1.100 cooperativas e 1,4 milhão de cooperados fazem parte do sistema. Os ramos Especial, Mineral, Produção e de Turismo completam o panorama onde atua o cooperativismo brasileiro.
Não é ilusão falar em justiça social e econômica no mundo globalizado porque continua sendo necessário diminuir a distância entre a população mais pobre e os benefícios gerados pela globalização, principalmente nos países em desenvolvimento. O cooperativismo é o instrumento eficaz para uma justiça social com equilíbrio.
* Presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB
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segunda-feira, julho 05, 2004
Abacaxi ganha espaço no RS
O cultivo de abacaxi está se transformando em capital de giro nas propriedades rurais gaúchas. Uma parceria entre a Emater/RS e a Embrapa Transferência de Tecnologia (escritório de Passo Fundo), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, está identificando as regiões com potencial de cultivo e realizando treinamentos no estado. O mercado promissor da indústria de doces e enlatados do Rio Grande do Sul está despertando o interesse de tradicionais produtores de grãos nas regiões de encosta e topografia acidentada, onde o frio não é tão intenso.
O Brasil é o terceiro produtor mundial de abacaxi, com 1,4 mil toneladas por ano. A fruta, historicamente concentrada no nordeste brasileiro, já ganhou espaço no Brasil Central, onde Minas Gerais desponta como a maior área cultivada no país: 11 mil hectares.
De acordo com o pesquisador José Renato Cabral, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), o abacaxi exige condições de ambiente específicas, como umidade relativa do ar em 70%, pluviosidade entre 1.000 e 1.500mm mensais e temperaturas que variem de 22 a 32ºC. Realidade um pouco distante do clima no RS, que direcionou praticamente toda sua produção de frutas tropicais para o litoral, onde as indicações de cultivo ficam mais aproximadas. Em Terra de Areia, no litoral norte gaúcho, estão 270 do total de 300 hectares de abacaxi cultivados no RS. Grande parte da produção de 2.240 toneladas é comercializada direto aos turistas que veraneiam no litoral, e o restante acaba na indústria de doces quando o tamanho foge do padrão in natura.
Desde 1998, a Embrapa trabalha no desenvolvimento da cultura do abacaxi no RS, quando foram introduzidos três híbridos trazidos da Bahia (PE x SC – 14, PE x SC – 56 e PRI x SC – 08). Durante o projeto, foram implantadas quatro unidades de demonstração: em Terra de Areia, Alecrim, Porto Vera Cruz e Vicente Dutra. “No Rio Grande do Sul, devido às condições climáticas, a partir do plantio, a muda leva cerca de 24 meses para produzir o fruto, enquanto que em estados de clima tropical o fruto está maduro com 14 a 18 meses”, esclarece o gerente da Embrapa Transferência de Tecnologia Escritório de Passo Fundo, Airton Lange. Segundo ele, as temperaturas baixas retardam o crescimento. “Com o apoio de novas tecnologias poderemos obter frutos no RS a partir dos 18 meses”, diz Lange, lembrando que desde o início do projeto, somente agora os produtores gaúchos estão preparados para fazer uma avaliação do investimento. “As mudas foram trazidas do Nordeste a um custo três vezes maior do que seria possível conseguir numa produção local. Ainda não temos uma produção organizada no RS e não existe nenhum viveiro credenciado para comercialização de mudas. O mercado informal acaba levando doenças para a lavoura, o que desacredita o potencial do abacaxi no estado”, argumenta Lange.
As principais variedades de abacaxi cultivadas no Brasil são Pérola, Smooth Cayenne e Jupi. A Peróla representa 90% da produção por atender a maioria das características desejáveis no mercado: boa formação do fruto, polpa firme, elevado teor de açúcar, acidez moderada, bastante suco, crescimento rápido, folhas curtas e sem espinhos, resistência a doenças e ampla adaptabilidade. “A variedade Pérola ainda tem como vantagem a grande produção de mudas e, principalmente, a tolerância à murcha da cochonilha, uma praga facilmente disseminada na lavoura através das formigas”, ressalta José Renato Cabral.
A fusariose, outra doença que tem causado perdas de 20% na produção de mudas e 30% nas plantas de abacaxi, está prestes a ser derrotada. A Embrapa Transferência de Tecnologia prevê o lançamento de duas cultivares (uma em 2005 e outra em 2006) que apresentaram resistência a fusariose em consecutivos experimentos nas unidades demonstrativas do RS. “A doença apareceu em São Paulo na década de 60 e, com o transporte de mudas para outras regiões, foi disseminada no país. Hoje, esta doença de origem brasileira já pareceu na Bolívia e Venezuela”, avalia Cabral.
Abacaxizeiro muda paisagem na barranca do Rio Uruguai
A declividade na barranca do Rio Uruguai, divisa dos estados do RS e SC, não permitia aos agricultores investirem numa produção diversificada, capaz de reunir diferentes fontes de renda na propriedade rural.
No município de Nonoai, o agricultor João Kobiake herdou dos pais a tradição de cultivar grãos, mas as dificuldades para produzir no terreno íngreme que compõe 70% da propriedade levou a busca por alternativas de produção. Há seis anos Kobiake trabalha na produção de banana (8 ha) e abacaxi (1,5 ha). As frutas são comercializadas nas cidades da região nos dois estados. “Além do pomar, mantenho a produção de milho, soja e feijão em outros 22 hectares. Com o dinheiro ganho nas frutas, invisto na produção de grãos e assim nunca preciso tirar financiamentos para tocar a propriedade”, conta Kobiake, calculando o lucro gerado no abacaxi: “Produzo minhas próprias mudas, num custo total que não chega a R$ 6 mil por safra (13 a 15 meses). Com o plantio de 40 mil mudas, cerca de 20 mil florescem. Contabilizando uma quebra de 20 a 30%, num mercado que paga de R$ 0,25 a R$ 1,50 por abacaxi, meu lucro líquido final é de aproximadamente 10 mil reais por hectare”. Na comparação com o milho, o agricultor imagina que uma boa produtividade renda 60 sacas por hectare, num mercado que paga R$ 20,00/saca, o lucro não passaria de R$ 1.200,00/ha, sem contar o investimento em insumos.
Segundo o técnico da Emater/RS em Porto Vera Cruz, Lírio Traesel, a barranca do Rio Uruguai apresenta um grande potencial para o abacaxi devido ao microclima e ao solo pedregoso que facilita a drenagem e a aeração. “O abacaxi evoluiu de planta epífeta (como as bromélias) para planta terrestre, com sistema radicular bem desenvolvido que garante a fixação mesmo em solos instáveis, contribuindo para evitar a erosão resultante da agricultura em áreas de declive”, conclui o pesquisador José Renato Cabral.
Informações sobre a produção de abacaxi no RS com a Embrapa Transferência de Tecnologia Escritório de Passo Fundo, através do telefone (54) 311-3444, e-mail ')"lange@cnpt.embrapa.br.
Joseani M. Antunes (MTb 9693/RS)
Assessoria de Comunicação
Embrapa Trigo
Contato: (54)311.3444, fax (54) 311.3617
E-mail: ')"joseani@cnpt.embrapa.br
O Brasil é o terceiro produtor mundial de abacaxi, com 1,4 mil toneladas por ano. A fruta, historicamente concentrada no nordeste brasileiro, já ganhou espaço no Brasil Central, onde Minas Gerais desponta como a maior área cultivada no país: 11 mil hectares.
De acordo com o pesquisador José Renato Cabral, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), o abacaxi exige condições de ambiente específicas, como umidade relativa do ar em 70%, pluviosidade entre 1.000 e 1.500mm mensais e temperaturas que variem de 22 a 32ºC. Realidade um pouco distante do clima no RS, que direcionou praticamente toda sua produção de frutas tropicais para o litoral, onde as indicações de cultivo ficam mais aproximadas. Em Terra de Areia, no litoral norte gaúcho, estão 270 do total de 300 hectares de abacaxi cultivados no RS. Grande parte da produção de 2.240 toneladas é comercializada direto aos turistas que veraneiam no litoral, e o restante acaba na indústria de doces quando o tamanho foge do padrão in natura.
Desde 1998, a Embrapa trabalha no desenvolvimento da cultura do abacaxi no RS, quando foram introduzidos três híbridos trazidos da Bahia (PE x SC – 14, PE x SC – 56 e PRI x SC – 08). Durante o projeto, foram implantadas quatro unidades de demonstração: em Terra de Areia, Alecrim, Porto Vera Cruz e Vicente Dutra. “No Rio Grande do Sul, devido às condições climáticas, a partir do plantio, a muda leva cerca de 24 meses para produzir o fruto, enquanto que em estados de clima tropical o fruto está maduro com 14 a 18 meses”, esclarece o gerente da Embrapa Transferência de Tecnologia Escritório de Passo Fundo, Airton Lange. Segundo ele, as temperaturas baixas retardam o crescimento. “Com o apoio de novas tecnologias poderemos obter frutos no RS a partir dos 18 meses”, diz Lange, lembrando que desde o início do projeto, somente agora os produtores gaúchos estão preparados para fazer uma avaliação do investimento. “As mudas foram trazidas do Nordeste a um custo três vezes maior do que seria possível conseguir numa produção local. Ainda não temos uma produção organizada no RS e não existe nenhum viveiro credenciado para comercialização de mudas. O mercado informal acaba levando doenças para a lavoura, o que desacredita o potencial do abacaxi no estado”, argumenta Lange.
As principais variedades de abacaxi cultivadas no Brasil são Pérola, Smooth Cayenne e Jupi. A Peróla representa 90% da produção por atender a maioria das características desejáveis no mercado: boa formação do fruto, polpa firme, elevado teor de açúcar, acidez moderada, bastante suco, crescimento rápido, folhas curtas e sem espinhos, resistência a doenças e ampla adaptabilidade. “A variedade Pérola ainda tem como vantagem a grande produção de mudas e, principalmente, a tolerância à murcha da cochonilha, uma praga facilmente disseminada na lavoura através das formigas”, ressalta José Renato Cabral.
A fusariose, outra doença que tem causado perdas de 20% na produção de mudas e 30% nas plantas de abacaxi, está prestes a ser derrotada. A Embrapa Transferência de Tecnologia prevê o lançamento de duas cultivares (uma em 2005 e outra em 2006) que apresentaram resistência a fusariose em consecutivos experimentos nas unidades demonstrativas do RS. “A doença apareceu em São Paulo na década de 60 e, com o transporte de mudas para outras regiões, foi disseminada no país. Hoje, esta doença de origem brasileira já pareceu na Bolívia e Venezuela”, avalia Cabral.
Abacaxizeiro muda paisagem na barranca do Rio Uruguai
A declividade na barranca do Rio Uruguai, divisa dos estados do RS e SC, não permitia aos agricultores investirem numa produção diversificada, capaz de reunir diferentes fontes de renda na propriedade rural.
No município de Nonoai, o agricultor João Kobiake herdou dos pais a tradição de cultivar grãos, mas as dificuldades para produzir no terreno íngreme que compõe 70% da propriedade levou a busca por alternativas de produção. Há seis anos Kobiake trabalha na produção de banana (8 ha) e abacaxi (1,5 ha). As frutas são comercializadas nas cidades da região nos dois estados. “Além do pomar, mantenho a produção de milho, soja e feijão em outros 22 hectares. Com o dinheiro ganho nas frutas, invisto na produção de grãos e assim nunca preciso tirar financiamentos para tocar a propriedade”, conta Kobiake, calculando o lucro gerado no abacaxi: “Produzo minhas próprias mudas, num custo total que não chega a R$ 6 mil por safra (13 a 15 meses). Com o plantio de 40 mil mudas, cerca de 20 mil florescem. Contabilizando uma quebra de 20 a 30%, num mercado que paga de R$ 0,25 a R$ 1,50 por abacaxi, meu lucro líquido final é de aproximadamente 10 mil reais por hectare”. Na comparação com o milho, o agricultor imagina que uma boa produtividade renda 60 sacas por hectare, num mercado que paga R$ 20,00/saca, o lucro não passaria de R$ 1.200,00/ha, sem contar o investimento em insumos.
Segundo o técnico da Emater/RS em Porto Vera Cruz, Lírio Traesel, a barranca do Rio Uruguai apresenta um grande potencial para o abacaxi devido ao microclima e ao solo pedregoso que facilita a drenagem e a aeração. “O abacaxi evoluiu de planta epífeta (como as bromélias) para planta terrestre, com sistema radicular bem desenvolvido que garante a fixação mesmo em solos instáveis, contribuindo para evitar a erosão resultante da agricultura em áreas de declive”, conclui o pesquisador José Renato Cabral.
Informações sobre a produção de abacaxi no RS com a Embrapa Transferência de Tecnologia Escritório de Passo Fundo, através do telefone (54) 311-3444, e-mail ')"lange@cnpt.embrapa.br.
Joseani M. Antunes (MTb 9693/RS)
Assessoria de Comunicação
Embrapa Trigo
Contato: (54)311.3444, fax (54) 311.3617
E-mail: ')"joseani@cnpt.embrapa.br
InfoCana acontece de 10 a 12 de agosto em Ribeirão Preto
Ribeirão Preto sediará, de 10 a 12 de agosto, a 2ª edição do InfoCana – Congresso e Feira Nacional de Gestão Sucroalcooleira –, no Centro de Convenções Ribeirão Preto. O evento vai discutir e mostrar as tendências, conceitos e ferramentas que estão revolucionando a gestão nas usinas. O evento é realizado pela ProCana – Informações e Eventos, empresa líder em comunicação do agronegócio canavieiro; e o único do país voltado para executivos e profissionais das áreas administrativas do setor.
No primeiro dia do evento, os seminários abordarão temas sobre gestão estratégica e tecnologia de informação. No segundo dia do evento, os assuntos compreenderão as áreas de finanças, comercialização e administração. No último dia, o GERHAI, Grupo de Estudos em Recursos Humanos na Agroindústria, promoverá o III Seminário Gerhai, que debaterá assuntos como "O Processo de Profissionalização no Agronegócio", com a presença do presidente da Unica, Eduardo Pereira de Carvalho. Já o sócio-diretor do Monitor Group e autor de alguns livros sobre o agronegócio, César Souza, vai falar sobre "O Papel Estratégico dos Recursos Humanos nas empresas do Século XXI".
Também haverá a palestra "O Sistema de T&D como ferramenta estratégica do negócio", que será ministrada pelo diretor de Recursos Humanos do Grupo Nova América, Mário Luiz Íbide. Robert Henry Srour, da FEA-USP, será o palestrante do seminário "O Papel dos profissionais de Recursos Humanos no desenvolvimento de pessoas".
O presidente da ProCana, Josias Messias, vai abordar o case "SA 8000 – O Pioneirismo da ProCana", primeira empresa do mundo certificada no setor de informações e eventos. Já o tema "Responsabilidade Social como fator competitivo" será abordado por Marcos Fujihara, da PWC. A última explanação será do presidente do Grupo J. Pessoa, José Pessoa de Queiroz Bisneto.
A cerimônia de encerramento do InfoCana será feita pelo Ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini e, logo após, haverá apresentação do grupo de dança da ONG Pró-Cidadania.
Informações e inscrições podem ser feitas pelo telefone (16) 3968-4010 ou pelo site www.infocana.com.br. Os e-mails devem ser enviados para eventos@procana.com.br.
Serviço
Evento: InfoCana 2004 – Congresso e Feira Nacional de Gestão Sucroalcooleira
Data: 10 a 12 de agosto
Horário: 9h às 18 h
Local: Centro de Convenções Ribeirão Preto, rua Bernardino de Campos, 999, Centro, Ribeirão Preto
Site: www.infocana.com.br
Fonte Assessoria de Imprensa
(16) 610 0697 – fonte@fonte.jor.br
No primeiro dia do evento, os seminários abordarão temas sobre gestão estratégica e tecnologia de informação. No segundo dia do evento, os assuntos compreenderão as áreas de finanças, comercialização e administração. No último dia, o GERHAI, Grupo de Estudos em Recursos Humanos na Agroindústria, promoverá o III Seminário Gerhai, que debaterá assuntos como "O Processo de Profissionalização no Agronegócio", com a presença do presidente da Unica, Eduardo Pereira de Carvalho. Já o sócio-diretor do Monitor Group e autor de alguns livros sobre o agronegócio, César Souza, vai falar sobre "O Papel Estratégico dos Recursos Humanos nas empresas do Século XXI".
Também haverá a palestra "O Sistema de T&D como ferramenta estratégica do negócio", que será ministrada pelo diretor de Recursos Humanos do Grupo Nova América, Mário Luiz Íbide. Robert Henry Srour, da FEA-USP, será o palestrante do seminário "O Papel dos profissionais de Recursos Humanos no desenvolvimento de pessoas".
O presidente da ProCana, Josias Messias, vai abordar o case "SA 8000 – O Pioneirismo da ProCana", primeira empresa do mundo certificada no setor de informações e eventos. Já o tema "Responsabilidade Social como fator competitivo" será abordado por Marcos Fujihara, da PWC. A última explanação será do presidente do Grupo J. Pessoa, José Pessoa de Queiroz Bisneto.
A cerimônia de encerramento do InfoCana será feita pelo Ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini e, logo após, haverá apresentação do grupo de dança da ONG Pró-Cidadania.
Informações e inscrições podem ser feitas pelo telefone (16) 3968-4010 ou pelo site www.infocana.com.br. Os e-mails devem ser enviados para eventos@procana.com.br.
Serviço
Evento: InfoCana 2004 – Congresso e Feira Nacional de Gestão Sucroalcooleira
Data: 10 a 12 de agosto
Horário: 9h às 18 h
Local: Centro de Convenções Ribeirão Preto, rua Bernardino de Campos, 999, Centro, Ribeirão Preto
Site: www.infocana.com.br
Fonte Assessoria de Imprensa
(16) 610 0697 – fonte@fonte.jor.br
MegaLeilão’2004 ofertará 1.250 touros Nelore CFM e Montana. É o maior evento comercial de genética bovina provada do País
No total, serão colocados à venda 1.550 animais, sendo 1.050 touros Nelore CFM, 200 touros Montana, 200 fêmeas Nelore CFM e 100 fêmeas cruzadas. MegaLeilão está programado para 17 a 20 de agosto de 2004, no Mirassol Leilões, em São José do Rio Preto (SP).
Em sua sexta edição, o MegaLeilão 2004 de Nelore CFM e dos Franqueados do Programa Montana colocará à venda 1.050 touros Nelore CFM e 200 Montana com genética superior, todos com CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção) e exame andrológico, 200 fêmeas Nelore CFM e 100 vacas cruzadas. São 1.550 produtos oriundos da pecuária de resultados, altamente produtivos e provados a pasto para proporcionar ganhos de peso com alimentação à base de capim e precocidade sexual, produzindo crias de elevados índices zootécnicos.
A CFM selecionou os melhores 1.050 touros Nelore para a abertura da safra de touros nascidos em 2002. Desse montante, os touros com mais de 8,5 pontos de índice CFM irão compor a oferta de 400 reprodutores do MegaLeilão em 19 de agosto. São os melhores touros para aumentar a produtividade do produtor de carne a pasto. Destaque especial aos Top 10, a nata da safra 2002, que serão utilizados no teste de progênie do programa de seleção genética da CFM: qualquer pecuarista poderá ter acesso a essa genética no MegaLeilão 2004. Na sexta-feira, dia 20 de agosto, outros 650 touros Nelore CFM com índice superior a 4 pontos estarão à disposição dos criadores na Megaloja na Fazenda São Francisco, em Magda (SP).
Os Franqueados do Programa Montana colocarão à venda 200 touros Montana, escolhidos com o máximo rigor técnico, agregando alto desempenho e fertilidade aos projetos pecuários voltados à produção de carne bovina. Os machos Montana serão ofertados no dia 18 de agosto, ao lado de 300 fêmeas (200 Nelore CFM e 100 cruzadas) de altíssima qualidade. Ressalte-se que a CFM só comercializa suas fêmeas em leilões.
“Todos esses produtos (touros e fêmeas) estão prontos para ser utilizados nas fazendas para multiplicar os rebanhos e intensificar a produtividade da pecuária nacional. Eles resultam dos mais de 25 anos de seleção exclusivamente a pasto da CFM no Nelore CFM e de 10 anos de seleção do Programa Montana”, ressalta Luis Adriano Teixeira, coordenador de pecuária da CFM.
Condições especiais
O MegaLeilão CFM e dos Franqueados Montana é um evento especial e oferece condições únicas para os compradores. Por exemplo: o frete rodoviário é grátis para cargas fechadas de touros (16 animais) para qualquer ponto do Brasil e, para qualquer quantidade de touros, nos pontos de entrega nas rotas de Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Goiânia (GO) e TO. Além disso, são oferecidos descontos progressivos para grupos de animais nas baterias de opção e as comissões de compra são reduzidas de acordo com o número de cargas fechadas, podendo chegar a 0% de comissão. “O MegaLeilão é fruto da pecuária moderna, que busca resultados e investe em seleção e tecnologia preocupada em aumentar a rentabilidade da produção de carne a pasto”, afirma David Makin, presidente da CFM.
Além da expressiva oferta de touros (1.250 machos Nelore CFM e Montana), a maior de bovinos com avaliação genética do País, e as condições comerciais diferenciadas, o MegaLeilão 2004 oferece animais com alto potencial para aumentar o lucro do produtor de carne sem que o criador tenha de pagar muito mais por isso. “O MegaLeilão democratiza o acesso à genética para produção de carne a pasto ao pequeno e ao grande cliente, que pode escolher com total conforto e aconselhamento técnico qualquer quantidade de touros a preços de mercado”, ressalta Luis Adriano.
Programação do MegaLeilão Nelore CFM e dos Franqueados Montana:
17 de agosto, Terça-Feira
09 horas: Dia de Campo sobre Seleção do Nelore CFM.
Local: Fazenda São Francisco, Magda
18 de agosto, Quarta-Feira
11 horas: Leilão de 200 touros Montana, selecionados na cabeceira dos Franqueados do Programa Montana, e 300 fêmeas, sendo 200 Nelore CFM e 100 cruzadas
Local: Recinto Mirassol Leilões. Transmissão pelo Canal do Boi.
19 de agosto, Quinta-Feira
11 horas: Leilão dos 400 touros Nelore CFM, produtos de altíssima qualidade, com índice acima de 8,5 pontos, representando os melhores touros Nelore CFM da safra 2002. Destaque especial aos Top 10, os dez melhores touros Nelore CFM de 2004.
Local: Recinto Mirassol Leilões. Transmissão pelo Canal do Boi.
20 de agosto, Sexta-Feira
9 horas: Megaloja com 650 touros Nelore (índice CFM acima de 4 pontos) na Fazenda São Francisco (Magda/SP). Eles estarão à mostra separados por grupos homogêneos e preços tabelados.
Local: Fazenda São Francisco, Magda. Transmissão pelo Canal do Boi.
“O MegaLeilão Nelore CFM e dos Franqueados Montana representa a maior venda de touros Nelore CFM e touros Montana já feita em um único evento. E com qualidade excepcional. Oportunidade única aberta pela CFM e pelos Franqueados do Programa Montana aos criadores que desejam investir na qualidade do Nelore CFM ou em produtos compostos perfeitamente adaptados às condições brasileiras”, assinala o coordenador de pecuária da CFM.
Informações adicionais sobre o MegaLeilão 2004 Nelore CFM e dos Franqueados Montana podem ser obtidas pelo telefone 0800 127 111 ou pelo site: www.megaleilao2004.com.br
Texto Assessoria de Comunicações – Tel.: (11) 3675-1818
Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)
Em sua sexta edição, o MegaLeilão 2004 de Nelore CFM e dos Franqueados do Programa Montana colocará à venda 1.050 touros Nelore CFM e 200 Montana com genética superior, todos com CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção) e exame andrológico, 200 fêmeas Nelore CFM e 100 vacas cruzadas. São 1.550 produtos oriundos da pecuária de resultados, altamente produtivos e provados a pasto para proporcionar ganhos de peso com alimentação à base de capim e precocidade sexual, produzindo crias de elevados índices zootécnicos.
A CFM selecionou os melhores 1.050 touros Nelore para a abertura da safra de touros nascidos em 2002. Desse montante, os touros com mais de 8,5 pontos de índice CFM irão compor a oferta de 400 reprodutores do MegaLeilão em 19 de agosto. São os melhores touros para aumentar a produtividade do produtor de carne a pasto. Destaque especial aos Top 10, a nata da safra 2002, que serão utilizados no teste de progênie do programa de seleção genética da CFM: qualquer pecuarista poderá ter acesso a essa genética no MegaLeilão 2004. Na sexta-feira, dia 20 de agosto, outros 650 touros Nelore CFM com índice superior a 4 pontos estarão à disposição dos criadores na Megaloja na Fazenda São Francisco, em Magda (SP).
Os Franqueados do Programa Montana colocarão à venda 200 touros Montana, escolhidos com o máximo rigor técnico, agregando alto desempenho e fertilidade aos projetos pecuários voltados à produção de carne bovina. Os machos Montana serão ofertados no dia 18 de agosto, ao lado de 300 fêmeas (200 Nelore CFM e 100 cruzadas) de altíssima qualidade. Ressalte-se que a CFM só comercializa suas fêmeas em leilões.
“Todos esses produtos (touros e fêmeas) estão prontos para ser utilizados nas fazendas para multiplicar os rebanhos e intensificar a produtividade da pecuária nacional. Eles resultam dos mais de 25 anos de seleção exclusivamente a pasto da CFM no Nelore CFM e de 10 anos de seleção do Programa Montana”, ressalta Luis Adriano Teixeira, coordenador de pecuária da CFM.
Condições especiais
O MegaLeilão CFM e dos Franqueados Montana é um evento especial e oferece condições únicas para os compradores. Por exemplo: o frete rodoviário é grátis para cargas fechadas de touros (16 animais) para qualquer ponto do Brasil e, para qualquer quantidade de touros, nos pontos de entrega nas rotas de Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Goiânia (GO) e TO. Além disso, são oferecidos descontos progressivos para grupos de animais nas baterias de opção e as comissões de compra são reduzidas de acordo com o número de cargas fechadas, podendo chegar a 0% de comissão. “O MegaLeilão é fruto da pecuária moderna, que busca resultados e investe em seleção e tecnologia preocupada em aumentar a rentabilidade da produção de carne a pasto”, afirma David Makin, presidente da CFM.
Além da expressiva oferta de touros (1.250 machos Nelore CFM e Montana), a maior de bovinos com avaliação genética do País, e as condições comerciais diferenciadas, o MegaLeilão 2004 oferece animais com alto potencial para aumentar o lucro do produtor de carne sem que o criador tenha de pagar muito mais por isso. “O MegaLeilão democratiza o acesso à genética para produção de carne a pasto ao pequeno e ao grande cliente, que pode escolher com total conforto e aconselhamento técnico qualquer quantidade de touros a preços de mercado”, ressalta Luis Adriano.
Programação do MegaLeilão Nelore CFM e dos Franqueados Montana:
17 de agosto, Terça-Feira
09 horas: Dia de Campo sobre Seleção do Nelore CFM.
Local: Fazenda São Francisco, Magda
18 de agosto, Quarta-Feira
11 horas: Leilão de 200 touros Montana, selecionados na cabeceira dos Franqueados do Programa Montana, e 300 fêmeas, sendo 200 Nelore CFM e 100 cruzadas
Local: Recinto Mirassol Leilões. Transmissão pelo Canal do Boi.
19 de agosto, Quinta-Feira
11 horas: Leilão dos 400 touros Nelore CFM, produtos de altíssima qualidade, com índice acima de 8,5 pontos, representando os melhores touros Nelore CFM da safra 2002. Destaque especial aos Top 10, os dez melhores touros Nelore CFM de 2004.
Local: Recinto Mirassol Leilões. Transmissão pelo Canal do Boi.
20 de agosto, Sexta-Feira
9 horas: Megaloja com 650 touros Nelore (índice CFM acima de 4 pontos) na Fazenda São Francisco (Magda/SP). Eles estarão à mostra separados por grupos homogêneos e preços tabelados.
Local: Fazenda São Francisco, Magda. Transmissão pelo Canal do Boi.
“O MegaLeilão Nelore CFM e dos Franqueados Montana representa a maior venda de touros Nelore CFM e touros Montana já feita em um único evento. E com qualidade excepcional. Oportunidade única aberta pela CFM e pelos Franqueados do Programa Montana aos criadores que desejam investir na qualidade do Nelore CFM ou em produtos compostos perfeitamente adaptados às condições brasileiras”, assinala o coordenador de pecuária da CFM.
Informações adicionais sobre o MegaLeilão 2004 Nelore CFM e dos Franqueados Montana podem ser obtidas pelo telefone 0800 127 111 ou pelo site: www.megaleilao2004.com.br
Texto Assessoria de Comunicações – Tel.: (11) 3675-1818
Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)
Agristar apresenta nova geração de tomates, com alta durabilidade e garantia de sabor por mais tempo
Tomates que duram mais após a colheita e mantêm o sabor por mais tempo. É esse o resultado do intenso trabalho de melhoramento genético desenvolvido pela Agristar, empresa brasileira líder em sementes para horticultura, que apresenta uma nova geração de tomates. A novidade tem como carros-chefe as variedades Giovanna F1 e Bonelle F1.
“Há duas décadas, o agricultor tinha menos de uma semana para colher e comercializar o tomate sob pena de o produto perder consistência e sabor. Com o intenso trabalho de melhoramento genético, desenvolvemos linhagens que agregam pós-colheita mais longa com a manutenção do sabor: frutos que duram até 15 dias em perfeitas condições e mantêm o sabor desejado pelo consumidor”, explica o engenheiro agrônomo Fernando Aranda, especialista em Solanáceas da Agristar.
De acordo com Aranda, o tomate longa vida reflete diretamente na produtividade do agricultor, pois facilita a comercialização – inclusive para longas distâncias, apresenta frutos mais consistentes e de alta qualidade, agregando valor ao produto final.
O tomate Giovanna F1, por exemplo – cuja tecnologia de melhoramento foi desenvolvida em Israel e adaptada às condições tropicais pela Agristar –, apresenta frutos uniformes, enfolhamento que proporciona boa proteção dos frutos, pencas de floração definidas, frutas de tamanho médio 8cm x 6cm e peso médio de 220 gramas e destaque na coloração. Além disso, possui tolerância às principais doenças que atacam os tomateiros , como a Murcha de Verticillium, Murcha de Fusarium raça 1, 2 e Radici, ToMV e Nematóides.
Já o tomate caqui Bonelle F1 resulta em plantas com hábito de crescimento indeterminado, arquitetura compacta e boa folhagem, ciclo normal, pencas com 6 a 8 frutos e alto padrão de ponteiro. Apresenta ainda frutos extras firmes, de tamanho 9cm x 7cm, peso médio de 230g e tolerância ao ToMV, TSWV (vírus “vira-cabeça”), Murcha de Verticillium, Murcha de Fusarium raça 1 e 2 e Radici.
“Essas sementes híbridas de tomate são tratadas com master film, técnica inovadora de recobrimento de sementes com fina camada de polímeros biodegradáveis, que proporciona o aproveitamento máximo dos defensivos aplicados às sementes, impedindo o contato direto de tais insumos com a pele do manipulador. Nesse processo, as sementes recebem tratamento fitossanitário especial, que protege as plântulas nos estágios iniciais de desenvolvimento”, ressalta Fernando Aranda.
Informações adicionais sobre as novas variedades de tomate no site www.agristar.com.br
Texto Assessoria de Comunicações – Tel.: (11) 3675-1818 Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)
“Há duas décadas, o agricultor tinha menos de uma semana para colher e comercializar o tomate sob pena de o produto perder consistência e sabor. Com o intenso trabalho de melhoramento genético, desenvolvemos linhagens que agregam pós-colheita mais longa com a manutenção do sabor: frutos que duram até 15 dias em perfeitas condições e mantêm o sabor desejado pelo consumidor”, explica o engenheiro agrônomo Fernando Aranda, especialista em Solanáceas da Agristar.
De acordo com Aranda, o tomate longa vida reflete diretamente na produtividade do agricultor, pois facilita a comercialização – inclusive para longas distâncias, apresenta frutos mais consistentes e de alta qualidade, agregando valor ao produto final.
O tomate Giovanna F1, por exemplo – cuja tecnologia de melhoramento foi desenvolvida em Israel e adaptada às condições tropicais pela Agristar –, apresenta frutos uniformes, enfolhamento que proporciona boa proteção dos frutos, pencas de floração definidas, frutas de tamanho médio 8cm x 6cm e peso médio de 220 gramas e destaque na coloração. Além disso, possui tolerância às principais doenças que atacam os tomateiros , como a Murcha de Verticillium, Murcha de Fusarium raça 1, 2 e Radici, ToMV e Nematóides.
Já o tomate caqui Bonelle F1 resulta em plantas com hábito de crescimento indeterminado, arquitetura compacta e boa folhagem, ciclo normal, pencas com 6 a 8 frutos e alto padrão de ponteiro. Apresenta ainda frutos extras firmes, de tamanho 9cm x 7cm, peso médio de 230g e tolerância ao ToMV, TSWV (vírus “vira-cabeça”), Murcha de Verticillium, Murcha de Fusarium raça 1 e 2 e Radici.
“Essas sementes híbridas de tomate são tratadas com master film, técnica inovadora de recobrimento de sementes com fina camada de polímeros biodegradáveis, que proporciona o aproveitamento máximo dos defensivos aplicados às sementes, impedindo o contato direto de tais insumos com a pele do manipulador. Nesse processo, as sementes recebem tratamento fitossanitário especial, que protege as plântulas nos estágios iniciais de desenvolvimento”, ressalta Fernando Aranda.
Informações adicionais sobre as novas variedades de tomate no site www.agristar.com.br
Texto Assessoria de Comunicações – Tel.: (11) 3675-1818 Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)
GOVERNO ARGENTINO SUSPENDE EMBARGO À CARNE BRASILEIRA
As exportações brasileiras de carne para a Argentina estão liberadas. A partir da zero hora de amanhã (03/07), o Brasil já pode retomar o comércio do produto com aquele mercado, anunciou hoje (02/07) o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Maçao Tadano. Segundo ele, o governo argentino aceitou as informações apresentadas pelo Mapa sobre a condição sanitária do rebanho nacional e suspendeu o embargo decretado na semana passada em razão do foco de febre aftosa registrado no município de Monte Alegre, no Pará.
“A partir deste sábado, as importações de carne brasileira para a Argentina voltam à normalidade”, destacou Tadano. A decisão foi comunicada ao Mapa pela Secretaria de Agricultura argentina e pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa). Nesta semana, o ministério enviou uma missão àquele país para prestar esclarecimentos às autoridades de área de sanidade animal. Com isso, acabam as restrições do mercado externo ao produto nacional, já que a Rússia também suspendeu nesta semana o embargo imposto por causa do foco da doença no Pará.
Para o secretário de Defesa Agropecuária, a decisão da Argentina não provocará problemas nas relações comerciais com o Brasil. O governo argentino, avaliou, tomou uma medida preventiva de caráter técnico. De acordo com ele, o caso não deve trazer prejuízos à imagem da qualidade e sanidade do rebanho brasileiro. Ao contrário. A retomada das importações pelos argentinos, ressaltou Tadano, demonstra justamente a confiança daquele mercado no programa desenvolvido pela Brasil para erradicar a febre aftosa.
A decisão da Argentina não teve impacto significativo na pauta de exportações brasileiras, assinalou o secretário. “O prejuízo foi muito pequeno em termos de valores e quantidade”, disse Tadano. Nos primeiros cinco meses do ano, as exportações de carne suína do Brasil para o mercado argentino alcançaram US$ 18,5 milhões (13,5 mil toneladas), com um aumento de 12,27% em valores em relação ao mesmo período de 2003. Já as vendas de frango foram de US$ 996 mil (555 mil toneladas), enquanto que as de carne bovina somaram US$ 130 mil (176 toneladas).
MATO GROSSO
Tadano informou ainda que o ministro Roberto Rodrigues definiu com os governos do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul a criação um grupo de trabalho para preparar as informações adicionais que serão enviadas à Rússia sobre a condição sanitária daquela região. Embora tenha suspendido o embargo ao Brasil, os russos proibiram as importações do Mato Grosso porque o estado faz divisa com o Pará, que também não pode negociar carne com aquele mercado.
Nas próximas semanas, o Mapa e os governos do MT e do MS vão enviar a Moscou uma missão - formada por representantes dos setores público e privado - para apresentar ao governo russo novas informações sobre a situação sanitária do rebanho mato-grossense. O Brasil espera que a Rússia suspenda o embargo à carne do Mato Grosso antes do prazo de 12 meses previsto no acordo sanitário assinado pelos dois países há três anos.
Fonte: MAPA
“A partir deste sábado, as importações de carne brasileira para a Argentina voltam à normalidade”, destacou Tadano. A decisão foi comunicada ao Mapa pela Secretaria de Agricultura argentina e pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa). Nesta semana, o ministério enviou uma missão àquele país para prestar esclarecimentos às autoridades de área de sanidade animal. Com isso, acabam as restrições do mercado externo ao produto nacional, já que a Rússia também suspendeu nesta semana o embargo imposto por causa do foco da doença no Pará.
Para o secretário de Defesa Agropecuária, a decisão da Argentina não provocará problemas nas relações comerciais com o Brasil. O governo argentino, avaliou, tomou uma medida preventiva de caráter técnico. De acordo com ele, o caso não deve trazer prejuízos à imagem da qualidade e sanidade do rebanho brasileiro. Ao contrário. A retomada das importações pelos argentinos, ressaltou Tadano, demonstra justamente a confiança daquele mercado no programa desenvolvido pela Brasil para erradicar a febre aftosa.
A decisão da Argentina não teve impacto significativo na pauta de exportações brasileiras, assinalou o secretário. “O prejuízo foi muito pequeno em termos de valores e quantidade”, disse Tadano. Nos primeiros cinco meses do ano, as exportações de carne suína do Brasil para o mercado argentino alcançaram US$ 18,5 milhões (13,5 mil toneladas), com um aumento de 12,27% em valores em relação ao mesmo período de 2003. Já as vendas de frango foram de US$ 996 mil (555 mil toneladas), enquanto que as de carne bovina somaram US$ 130 mil (176 toneladas).
MATO GROSSO
Tadano informou ainda que o ministro Roberto Rodrigues definiu com os governos do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul a criação um grupo de trabalho para preparar as informações adicionais que serão enviadas à Rússia sobre a condição sanitária daquela região. Embora tenha suspendido o embargo ao Brasil, os russos proibiram as importações do Mato Grosso porque o estado faz divisa com o Pará, que também não pode negociar carne com aquele mercado.
Nas próximas semanas, o Mapa e os governos do MT e do MS vão enviar a Moscou uma missão - formada por representantes dos setores público e privado - para apresentar ao governo russo novas informações sobre a situação sanitária do rebanho mato-grossense. O Brasil espera que a Rússia suspenda o embargo à carne do Mato Grosso antes do prazo de 12 meses previsto no acordo sanitário assinado pelos dois países há três anos.
Fonte: MAPA
VENEZUELA AMPLIA COMÉRCIO COM BRASIL PARA GARANTIR MELHORIA DO REBANHO
O Brasil deve exportar 100 mil reprodutores bovinos, caprinos e ovinos para a Venezuela até o final do ano, além de material genético (sêmen e embriões) para melhorar a qualidade do rebanho do País vizinho. O assunto foi tema de reunião hoje (02/07) em Brasília entre o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, e o ministro da Agricultura e Terras da Venezuela, Arnaldo Márquez. Os dois ministros vão assinar protocolo de intenções que viabilizará o acordo nos próximos dias.
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Maçao Tadano, Brasil e Venezuela também vão firmar acordos de cooperação técnica visando o controle de doenças e desenvolver ações que permitam a melhoria do sistema de importação venezuelano de maquinário e produtos agroindustriais, entre outros itens.
Durante esta tarde, técnicos do Serviço Sanitário da Venezuela se reuniram com técnicos do Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura para avaliar, entre outros temas, o aperfeiçoamento do modelo de certificado zoossanitário utilizado atualmente na exportação de bovinos destinados à reprodução na Venezuela.
Defesa Sanitária
Maçao Tadano adiantou que durante encontro dos presidentes dos países da América do Sul, previsto para acontecer em Brasília entre setembro ou outubro, o Brasil deverá apresentar proposta para a criação de um programa de defesa sanitária do continente. A idéia a ser defendida pelo Brasil é de que o governo de cada país aplique num programa nacional e autônomo US$ 0,30 por cabeça de gado criado em seu território. O objetivo desse programa será aumentar de forma expressiva os recursos destinados ao combate de doenças como a febre aftosa nos países sul-americanos.
Fonte: MAPA
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Maçao Tadano, Brasil e Venezuela também vão firmar acordos de cooperação técnica visando o controle de doenças e desenvolver ações que permitam a melhoria do sistema de importação venezuelano de maquinário e produtos agroindustriais, entre outros itens.
Durante esta tarde, técnicos do Serviço Sanitário da Venezuela se reuniram com técnicos do Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura para avaliar, entre outros temas, o aperfeiçoamento do modelo de certificado zoossanitário utilizado atualmente na exportação de bovinos destinados à reprodução na Venezuela.
Defesa Sanitária
Maçao Tadano adiantou que durante encontro dos presidentes dos países da América do Sul, previsto para acontecer em Brasília entre setembro ou outubro, o Brasil deverá apresentar proposta para a criação de um programa de defesa sanitária do continente. A idéia a ser defendida pelo Brasil é de que o governo de cada país aplique num programa nacional e autônomo US$ 0,30 por cabeça de gado criado em seu território. O objetivo desse programa será aumentar de forma expressiva os recursos destinados ao combate de doenças como a febre aftosa nos países sul-americanos.
Fonte: MAPA
Sem OGMs, Brasil dominaria mercado de soja chinês
Dayuan Xue, consultor do Ministério do Meio Ambiente chinês e co-autor da lei de biossegurança do país, afirma que, apesar das pressões, a China baniu a produção de alimentos transgênicos. Xue exorta o Brasil a fazer o mesmo para ter vantagens sobre os EUA e a Argentina.
No mês passado, dois temas aparentemente sem conexão direta pautaram discussões inflamadas nos meios ligados ao agronegócio, tanto fora como dentro do planalto. O primeiro foi o imbróglio do embargo chinês à soja brasileira, em função da contaminação de parte do carregamento com fungicida. O outro assunto é o eterno debate sobre a lei de biossegurança brasileira, que deve regulamentar as pesquisas, a produção e a comercialização de organismos geneticamente modificados (OGMs) no país. O projeto de lei está em votação no senado, deveria ter sido aprovado ainda neste primeiro semestre mas, pelo andar da carruagem, a falta de acordos entre os parlamentares deve postergar a decisão para agosto.
A relação entre os dois assuntos supracitados pode ser feita da seguinte forma: a China é um dos maiores – senão o maior – mercado importador da soja brasileira. Zelar pela qualidade do produto, portanto, passa a ser vital para o setor exportado brasileiro. Por outro lado, os chineses aprovaram, em 2001, uma das mais rígidas leis de biossegurança do mundo em relação a alimentos transgênicos, com especial ênfase no que diz respeito à soja, já que o país é um dos maiores centros de origem e diversidade do produto. Ou seja, qualquer contaminação por sementes transgênicas poria em risco uma enorme quantidade de variedades diferentes de soja.
A preocupação com a biodiversidade e a rejeição natural aos transgênicos por parte dos consumidores chineses, explica o biólogo Dayuan Xue, um dos cientistas-chefe do Ministério do Meio Ambiente da China (SEPA) e co-elaborador da lei de biossegurança do país, é um fator extremamente importante quando o assunto é a importação de produtos alimentícios. Segundo Xue, apesar da pressão feroz das grandes multinacionais de sementes, principalmente no sentido da introdução da soja e do milho transgênicos na China, não houve concessões por parte do governo. Neste sentido, diz o cientista, a importação de soja transgênica, apesar de necessária (a China não é auto-suficiente e importa cerca de 20 milhões de toneladas/ano de soja dos EUA, da Argentina e do Brasil), é vista com preocupação em função do medo da contaminação.
No país para uma série de debates (patrocinados pelo Greenpeace) com colegas brasileiros, Xue, em entrevista à Agência Carta Maior, alerta: o Brasil tem todas as chances de aprovar uma lei de biossegurança que mantenha o país na condição de livre de transgênicos. Neste caso, teria uma vantagem clara na concorrência com argentinos e americanos, dois entre os três maiores produtores de transgênicos do mundo, pelo mercado chinês de soja. Lei a seguir os principais trechos da entrevista
Carta Maior – A lei de biossegurança chinesa é uma das mais rígidas em relação à produção de alimentos transgênicos, principalmente a soja. Por que?
Dayuan Xue - A China é um centro de origem e diversidade da soja, ou seja, é berço de uma grande quantidade de variedades distintas, um banco de recursos genéticos. Portanto, a nossa política em relação aos OGMs é muito severa, somos proibidos de plantar qualquer alimento transgênico. Nós importamos soja dos EUA, da Argentina e do Brasil, e muitos dos carregamentos são transgênicos, principalmente da Argentina e dos EUA. Assim, somos muito cuidadosos em termos do seu uso; ou seja, limitamos essa soja para processamento, produção de óleo. Mas sempre há o medo da contaminação das sementes.
Agência Carta Maior - Quando o governo chinês regulamentou a sua lei de biossegurança, houve muita pressão da Monsanto e outras empresas multinacionais do setor agrícola?
Dayuan Xue - A Monsanto e outras grandes empresas mandaram muitos lobistas para a China, bem como alguns políticos americanos. Em 1997, a Monsanto fez uma campanha pesada para popularizar a sua variedade de algodão transgênico no nosso país, com lobbies nos mais altos escalões do governo. Assim, em 97, acabamos aceitando a introdução desta variedade, a Bt, que contem uma substância tóxica para as pragas que a atacam. Mas o algodão não é alimento. A produção de alimentos recebe um tratamento muito mais cuidadoso por parte do governo da China. Houve uma enorme pressão pela introdução de variedades transgênicas de soja, milho e outros, mas nada foi aceito.
Agência Carta Maior - A China sente que está perdendo em competitividade ao não produzir transgênicos?
Dayuan Xue - Muitos cientistas também tentaram pressionar o governo a favor dos OGMs, argumentando que seu cultivo levaria a um aumento da produção e poderia fortalecer a segurança alimentar do país, principalmente mediante o aumento da nossa população. Mas os transgênicos são apenas resistentes a pesticidas e insetos, não têm relação com produtividade. Na China, algumas regiões conseguiram diminuir o uso de pesticidas com a introdução do algodão transgênico; mas não todas as regiões.
Agência Carta Maior - Quão forte é a pressão da OMC e outras instituições multilaterais no sentido tentar obrigar a China a se abrir aos transgênicos?
Dayuan Xue - A China é um membro da OMC, e sim, seguimos as suas regras. Mas o protocolo de Cartagena sobre biossegurança [acordo que versa sobre o transporte transfronteiriço de OGMs, ratificado por mais de 100 países, entre eles Brasil e China, e que dá aos signatários o direito e o dever de rotular produtos transgênicos e rejeitá-los, caso assim entendam] permite à China legislar sobre o assunto sem sofrer punições da OMC. Portanto, as nossas regulamentações estão de acordo com os acordos internacionais.
Agência Carta Maior - Como cientista, como o senhor vê o risco do plantio de OGMs sem pesquisas exaustivas nos diversos países e regiões onde são introduzidos?
Dayuan Xue - Muitos cientistas estão preocupados com os riscos potenciais dos OGMs. Na China, nós liberamos o algodão transgênico da Monsanto há cerca de seis anos, baseados em pesquisas elaboradas por nossos cientistas. Mas já estamos sentindo impactos sobre o meio ambiente. Por exemplo, a variedade Bt, ao mesmo tempo em que mata o caruncho do algodão, mata também seus inimigos naturais. Vem mudando as comunidades de insetos nas regiões onde é cultivado, no sentido de desequilibrar as relações da cadeia biológica, já que o algodão acaba matando muitas outros tipos de inseto além do caruncho. Assim, vários insetos que coexistiam normalmente com a agricultura se transformaram em pragas, e para controlá-las os produtores têm que aplicar muito mais pesticidas. Também foram constatadas evidências que apontam que, em algumas regiões, o caruncho está começando a se tornar resistente aos produtos tóxicos do algodão transgênico. Isso foi confirmado em testes de laboratório. Em 10 anos, a resistência dos carunchos pode ser uma realidade generalizada.
Agência Carta Maior - O Senhor está no Brasil há alguns dias. Qual seria a sua sugestão para as autoridades brasileiras, já que estamos em pleno processo de debate sobre a lei de biossegurança?
Dayuan Xue - Em primeiro lugar, o Brasil é o país mais rico do mundo em biodiversidade. Há que ser considerado seriamente que essa biodiversidade tem de ser protegida. O Protocolo de Cartagena está aí para ajudar nessa proteção. No Brasil, apesar de haver sérias restrições em relação aos OGMs, ouvi dizer que em algumas regiões já se cultiva soja transgênica. Mas também é importante analisar os mercados. A China exige que todos os produtos transgênicos sejam rotulados, e sabemos claramente que os nossos consumidores preferem alimentos não transgênicos. Assim, ser livre de transgênicos é uma grande vantagem para o Brasil.
Agência Carta Maior - A China tem três grandes fornecedores de soja: EUA, Argentina e Brasil. Se o Brasil continuar livre de transgênicos, o senhor acredita que a China daria preferência à sua produção?
Dayuan Xue - A gente preferiria o Brasil.
Agência Carta Maior - Então, não produzir transgênicos é uma vantagem comercial
Dayuan Xue - Sim, claro. A China tem um mercado importador de 20 milhões de toneladas/ano. Ter a preferência desse mercado é claramente uma vantagem
Agência Carta Maior - Há alguma diferença entre o preço pago aos transgênicos e os não transgênicos?
Dayuan Xue - A Rotulagem dos OGMs tem um custo. Se o seu país for claramente não transgênico, não haverá a necessidade de rotular os seus produtos. Isso faz sim uma grande diferença no custo final, ou seja, o produto não transgênico terá um lucro maior.
Fonte: Agência Carta Maior
No mês passado, dois temas aparentemente sem conexão direta pautaram discussões inflamadas nos meios ligados ao agronegócio, tanto fora como dentro do planalto. O primeiro foi o imbróglio do embargo chinês à soja brasileira, em função da contaminação de parte do carregamento com fungicida. O outro assunto é o eterno debate sobre a lei de biossegurança brasileira, que deve regulamentar as pesquisas, a produção e a comercialização de organismos geneticamente modificados (OGMs) no país. O projeto de lei está em votação no senado, deveria ter sido aprovado ainda neste primeiro semestre mas, pelo andar da carruagem, a falta de acordos entre os parlamentares deve postergar a decisão para agosto.
A relação entre os dois assuntos supracitados pode ser feita da seguinte forma: a China é um dos maiores – senão o maior – mercado importador da soja brasileira. Zelar pela qualidade do produto, portanto, passa a ser vital para o setor exportado brasileiro. Por outro lado, os chineses aprovaram, em 2001, uma das mais rígidas leis de biossegurança do mundo em relação a alimentos transgênicos, com especial ênfase no que diz respeito à soja, já que o país é um dos maiores centros de origem e diversidade do produto. Ou seja, qualquer contaminação por sementes transgênicas poria em risco uma enorme quantidade de variedades diferentes de soja.
A preocupação com a biodiversidade e a rejeição natural aos transgênicos por parte dos consumidores chineses, explica o biólogo Dayuan Xue, um dos cientistas-chefe do Ministério do Meio Ambiente da China (SEPA) e co-elaborador da lei de biossegurança do país, é um fator extremamente importante quando o assunto é a importação de produtos alimentícios. Segundo Xue, apesar da pressão feroz das grandes multinacionais de sementes, principalmente no sentido da introdução da soja e do milho transgênicos na China, não houve concessões por parte do governo. Neste sentido, diz o cientista, a importação de soja transgênica, apesar de necessária (a China não é auto-suficiente e importa cerca de 20 milhões de toneladas/ano de soja dos EUA, da Argentina e do Brasil), é vista com preocupação em função do medo da contaminação.
No país para uma série de debates (patrocinados pelo Greenpeace) com colegas brasileiros, Xue, em entrevista à Agência Carta Maior, alerta: o Brasil tem todas as chances de aprovar uma lei de biossegurança que mantenha o país na condição de livre de transgênicos. Neste caso, teria uma vantagem clara na concorrência com argentinos e americanos, dois entre os três maiores produtores de transgênicos do mundo, pelo mercado chinês de soja. Lei a seguir os principais trechos da entrevista
Carta Maior – A lei de biossegurança chinesa é uma das mais rígidas em relação à produção de alimentos transgênicos, principalmente a soja. Por que?
Dayuan Xue - A China é um centro de origem e diversidade da soja, ou seja, é berço de uma grande quantidade de variedades distintas, um banco de recursos genéticos. Portanto, a nossa política em relação aos OGMs é muito severa, somos proibidos de plantar qualquer alimento transgênico. Nós importamos soja dos EUA, da Argentina e do Brasil, e muitos dos carregamentos são transgênicos, principalmente da Argentina e dos EUA. Assim, somos muito cuidadosos em termos do seu uso; ou seja, limitamos essa soja para processamento, produção de óleo. Mas sempre há o medo da contaminação das sementes.
Agência Carta Maior - Quando o governo chinês regulamentou a sua lei de biossegurança, houve muita pressão da Monsanto e outras empresas multinacionais do setor agrícola?
Dayuan Xue - A Monsanto e outras grandes empresas mandaram muitos lobistas para a China, bem como alguns políticos americanos. Em 1997, a Monsanto fez uma campanha pesada para popularizar a sua variedade de algodão transgênico no nosso país, com lobbies nos mais altos escalões do governo. Assim, em 97, acabamos aceitando a introdução desta variedade, a Bt, que contem uma substância tóxica para as pragas que a atacam. Mas o algodão não é alimento. A produção de alimentos recebe um tratamento muito mais cuidadoso por parte do governo da China. Houve uma enorme pressão pela introdução de variedades transgênicas de soja, milho e outros, mas nada foi aceito.
Agência Carta Maior - A China sente que está perdendo em competitividade ao não produzir transgênicos?
Dayuan Xue - Muitos cientistas também tentaram pressionar o governo a favor dos OGMs, argumentando que seu cultivo levaria a um aumento da produção e poderia fortalecer a segurança alimentar do país, principalmente mediante o aumento da nossa população. Mas os transgênicos são apenas resistentes a pesticidas e insetos, não têm relação com produtividade. Na China, algumas regiões conseguiram diminuir o uso de pesticidas com a introdução do algodão transgênico; mas não todas as regiões.
Agência Carta Maior - Quão forte é a pressão da OMC e outras instituições multilaterais no sentido tentar obrigar a China a se abrir aos transgênicos?
Dayuan Xue - A China é um membro da OMC, e sim, seguimos as suas regras. Mas o protocolo de Cartagena sobre biossegurança [acordo que versa sobre o transporte transfronteiriço de OGMs, ratificado por mais de 100 países, entre eles Brasil e China, e que dá aos signatários o direito e o dever de rotular produtos transgênicos e rejeitá-los, caso assim entendam] permite à China legislar sobre o assunto sem sofrer punições da OMC. Portanto, as nossas regulamentações estão de acordo com os acordos internacionais.
Agência Carta Maior - Como cientista, como o senhor vê o risco do plantio de OGMs sem pesquisas exaustivas nos diversos países e regiões onde são introduzidos?
Dayuan Xue - Muitos cientistas estão preocupados com os riscos potenciais dos OGMs. Na China, nós liberamos o algodão transgênico da Monsanto há cerca de seis anos, baseados em pesquisas elaboradas por nossos cientistas. Mas já estamos sentindo impactos sobre o meio ambiente. Por exemplo, a variedade Bt, ao mesmo tempo em que mata o caruncho do algodão, mata também seus inimigos naturais. Vem mudando as comunidades de insetos nas regiões onde é cultivado, no sentido de desequilibrar as relações da cadeia biológica, já que o algodão acaba matando muitas outros tipos de inseto além do caruncho. Assim, vários insetos que coexistiam normalmente com a agricultura se transformaram em pragas, e para controlá-las os produtores têm que aplicar muito mais pesticidas. Também foram constatadas evidências que apontam que, em algumas regiões, o caruncho está começando a se tornar resistente aos produtos tóxicos do algodão transgênico. Isso foi confirmado em testes de laboratório. Em 10 anos, a resistência dos carunchos pode ser uma realidade generalizada.
Agência Carta Maior - O Senhor está no Brasil há alguns dias. Qual seria a sua sugestão para as autoridades brasileiras, já que estamos em pleno processo de debate sobre a lei de biossegurança?
Dayuan Xue - Em primeiro lugar, o Brasil é o país mais rico do mundo em biodiversidade. Há que ser considerado seriamente que essa biodiversidade tem de ser protegida. O Protocolo de Cartagena está aí para ajudar nessa proteção. No Brasil, apesar de haver sérias restrições em relação aos OGMs, ouvi dizer que em algumas regiões já se cultiva soja transgênica. Mas também é importante analisar os mercados. A China exige que todos os produtos transgênicos sejam rotulados, e sabemos claramente que os nossos consumidores preferem alimentos não transgênicos. Assim, ser livre de transgênicos é uma grande vantagem para o Brasil.
Agência Carta Maior - A China tem três grandes fornecedores de soja: EUA, Argentina e Brasil. Se o Brasil continuar livre de transgênicos, o senhor acredita que a China daria preferência à sua produção?
Dayuan Xue - A gente preferiria o Brasil.
Agência Carta Maior - Então, não produzir transgênicos é uma vantagem comercial
Dayuan Xue - Sim, claro. A China tem um mercado importador de 20 milhões de toneladas/ano. Ter a preferência desse mercado é claramente uma vantagem
Agência Carta Maior - Há alguma diferença entre o preço pago aos transgênicos e os não transgênicos?
Dayuan Xue - A Rotulagem dos OGMs tem um custo. Se o seu país for claramente não transgênico, não haverá a necessidade de rotular os seus produtos. Isso faz sim uma grande diferença no custo final, ou seja, o produto não transgênico terá um lucro maior.
Fonte: Agência Carta Maior
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