Pela primeira vez no país, pesquisadores farão uma avaliação dos impactos ambientais da transgenia sobre os microrganismos e fauna do solo. A coleta deste material começou nesta segunda-feira (3), na área de plantio experimental e controlado de feijão transgênico resistente ao vírus do mosaico dourado e de seu equivalente convencional, em Santo Antônio de Goiás, no campo experimental da Embrapa Arroz e Feijão. Esta amostra será analisada nos Laboratórios de Ecologia Microbiana e Fauna do Solo da Embrapa Agrobiologia (Seropédica,RJ).
Entre os fatores a serem avaliados estão o teor de Nitrogênio atmosférico fixado e assimilado pela planta, a comunidade microbiana associada à superfície das raízes e àquela presente na rizosfera (porção do solo que está sob a influência da raiz) para identificar possíveis grupos de microrganismos. Serão também avaliadas a biomassa microbiana e a atividade respiratória.
Além dos microrganismos, serão também avaliados os invertebrados mais freqüentes no solo como minhocas, besouros, aranhas e formigas. Estes organismos são importantes para a fertilidade e as condições físicas do solo e, no caso de predadores, podem atuar no controle biológico de pragas.
No Brasil, o plantio de culturas transgênicas em áreas extensas pode representar uma nova forma de impacto ambiental que precisa ser avaliado com cuidado, em especial, porque os resultados obtidos em países de clima temperado não poderão, a princípio, ser importados para a nossa realidade.
O estudo de possíveis efeitos sobre as comunidades de organismos não-alvo pode mostrar que alterações não esperadas ocorreram durante o desenvolvimento da planta transgênica afetando diferentes partes do genoma.
Fonte: Embrapa
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terça-feira, maio 04, 2004
Greenpeace bloqueia navio no Porto de Paranguá/PR
Desde às 10h desta segunda-feira (3), ativistas do Greenpeace estão bloqueando a entrada do navio Global Wind – que carrega 30 mil toneladas de soja transgênica da Argentina – no porto de Paranaguá, no Paraná. Um ativista se prendeu à corrente da âncora do navio, junto a uma faixa identificando a carga como transgênica.
O objetivo da ação é impedir que a soja não transgênica exportada pelo Porto de Paranaguá seja contaminada com a geneticamente modificada vinda de outros lugares. De acordo com o Greenpeace, a entidade pretende proteger as vantagens comerciais do Brasil em manter-se como a principal fonte de soja não transgênica. A ação em Paranaguá é parte da expedição “Brasil Melhor sem Transgênicos”, que o Greenpeace vem realizando desde meados de abril a bordo do navio Arctic Sunrise.
O Porto de Paranaguá é o único no Brasil a adotar medidas efetivas para controlar as cargas e manter as exportações de soja livres de contaminação transgênica. O Estado do Paraná, segundo maior produtor de soja no Brasil, proibiu no final do ano passado o cultivo, processamento, comercialização, transporte e exportação de soja geneticamente modificada em seu território e nos portos de Paranaguá e Antonina. A proibição foi aprovada logo após a publicação da Medida Provisória 131, assinada pelo governo Lula, que liberou provisoriamente o plantio comercial de soja transgênica no Brasil. Atualmente, o Paraná está sofrendo enorme pressão de outros Estados e de órgãos federais para exportar transgênicos através de seus portos.
Segundo a Assessoria de Imprensa do Porto de Paranaguá, o navio está desde sábado (1) aguardando para completar sua carga com apenas 10 mil toneladas de soja, o que o porto denomina de "spot" (compra picada).
Os ativistas informam que só deixarão o porto quando o governo federal colocar em prática uma fiscalização efetiva para prevenir a contaminação genética e assegurar o direito à informação sobre produtos transgênicos.
Fonte: Greenpeace
O objetivo da ação é impedir que a soja não transgênica exportada pelo Porto de Paranaguá seja contaminada com a geneticamente modificada vinda de outros lugares. De acordo com o Greenpeace, a entidade pretende proteger as vantagens comerciais do Brasil em manter-se como a principal fonte de soja não transgênica. A ação em Paranaguá é parte da expedição “Brasil Melhor sem Transgênicos”, que o Greenpeace vem realizando desde meados de abril a bordo do navio Arctic Sunrise.
O Porto de Paranaguá é o único no Brasil a adotar medidas efetivas para controlar as cargas e manter as exportações de soja livres de contaminação transgênica. O Estado do Paraná, segundo maior produtor de soja no Brasil, proibiu no final do ano passado o cultivo, processamento, comercialização, transporte e exportação de soja geneticamente modificada em seu território e nos portos de Paranaguá e Antonina. A proibição foi aprovada logo após a publicação da Medida Provisória 131, assinada pelo governo Lula, que liberou provisoriamente o plantio comercial de soja transgênica no Brasil. Atualmente, o Paraná está sofrendo enorme pressão de outros Estados e de órgãos federais para exportar transgênicos através de seus portos.
Segundo a Assessoria de Imprensa do Porto de Paranaguá, o navio está desde sábado (1) aguardando para completar sua carga com apenas 10 mil toneladas de soja, o que o porto denomina de "spot" (compra picada).
Os ativistas informam que só deixarão o porto quando o governo federal colocar em prática uma fiscalização efetiva para prevenir a contaminação genética e assegurar o direito à informação sobre produtos transgênicos.
Fonte: Greenpeace
Transgênicos: Embarque de soja causa polêmica em Paranaguá
Ativistas da organização não-governamental ambientalista Greenpeace organizaram um protesto no Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, para impedir que o navio Global Wind complete uma carga de soja transgênica. A embarcação já está carregada com 35 mil toneladas de soja transgênica da Argentina e deve receber mais 10 toneladas de soja não-transgênica.
O ativista brasileiro do Greenpeace, Ronaldo Alba, foi um dos que se amarraram à corrente da âncora do navio ontem à tarde.
– Vamos ficar até que o Governo federal entre nessa luta – disse.
A cada quatro horas há um revezamento para permitir que ativistas de vários países façam a vigília da cadeira presa na corrente. A ação em Paranaguá faz parte da expedição ‘‘Brasil Melhor sem Transgênico’’, que o Greenpeace vem realizando desde o mês passado.
O Greenpeace quer impedir que o navio, que recebeu cerca de 35 mil toneladas de soja transgênica na Argentina, tenha a carga completada com mais 10 mil toneladas de soja convencional em Paranaguá. De acordo com Mariana Paoli, da campanha de Engenharia Genética Greenpeace, foi enviado ofício para os ministérios da Agricultura, Indústria e Comércio Exterior, Transportes e Meio Ambiente pedindo que o governo dê apoio ao protesto.
– Os ativistas do Greenpeace continuarão impedindo que a soja do Paraná seja contaminada até que tenhamos a certeza de que os interesses comerciais brasileiros e as exportações de soja não- transgênica não serão prejudicados – disse a ativista Gabriela Vuolo.
– É preciso que o governo não só apóie a proibição paranaense, mas também que inclua nessa proibição navios carregados de soja transgênica que vêm para Paranaguá a fim de realizar operações de top-loading, ou seja, serem completados com soja não-transgênica.
Ações têm sido realizadas em Paranaguá em razão de o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), ter proibido o embarque de produtos geneticamente modificados pelo terminal paranaense, apesar de o Governo federal liberar provisoriamente o plantio comercial de soja transgênica.
O Global Wind já estava na fila aguardando a ordem para atracar e carregar. Dos 17 navios que estavam ancorados ontem, um estava recebendo apenas soja em grão. Outros dois recebiam carga mista. No entanto, o serviço corria o risco de ser interrompido, pois a previsão era de chuva durante a noite em Paranaguá.
Motivo de uma grande divergência dentro do Governo, o projeto de lei que estabelece normas para a questão da biossegurança está paralisado no Senado, aguardando um período mais adequado para sua votação. A discussão do projeto provocou uma crise de Governo no ano passado e colocou em lados opostos os ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues, que defende a liberação do plantio de transgênicos, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Representantes dos agricultores movimentam-se para tentar acelerar a tramitação do projeto de lei de Biossegurança.
– Nossa prioridade é pedir aos senadores a aprovação rápida do projeto – afirma o presidente da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul, Carlos Sperotto.
Fonte: Jornal do Commercio
O ativista brasileiro do Greenpeace, Ronaldo Alba, foi um dos que se amarraram à corrente da âncora do navio ontem à tarde.
– Vamos ficar até que o Governo federal entre nessa luta – disse.
A cada quatro horas há um revezamento para permitir que ativistas de vários países façam a vigília da cadeira presa na corrente. A ação em Paranaguá faz parte da expedição ‘‘Brasil Melhor sem Transgênico’’, que o Greenpeace vem realizando desde o mês passado.
O Greenpeace quer impedir que o navio, que recebeu cerca de 35 mil toneladas de soja transgênica na Argentina, tenha a carga completada com mais 10 mil toneladas de soja convencional em Paranaguá. De acordo com Mariana Paoli, da campanha de Engenharia Genética Greenpeace, foi enviado ofício para os ministérios da Agricultura, Indústria e Comércio Exterior, Transportes e Meio Ambiente pedindo que o governo dê apoio ao protesto.
– Os ativistas do Greenpeace continuarão impedindo que a soja do Paraná seja contaminada até que tenhamos a certeza de que os interesses comerciais brasileiros e as exportações de soja não- transgênica não serão prejudicados – disse a ativista Gabriela Vuolo.
– É preciso que o governo não só apóie a proibição paranaense, mas também que inclua nessa proibição navios carregados de soja transgênica que vêm para Paranaguá a fim de realizar operações de top-loading, ou seja, serem completados com soja não-transgênica.
Ações têm sido realizadas em Paranaguá em razão de o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), ter proibido o embarque de produtos geneticamente modificados pelo terminal paranaense, apesar de o Governo federal liberar provisoriamente o plantio comercial de soja transgênica.
O Global Wind já estava na fila aguardando a ordem para atracar e carregar. Dos 17 navios que estavam ancorados ontem, um estava recebendo apenas soja em grão. Outros dois recebiam carga mista. No entanto, o serviço corria o risco de ser interrompido, pois a previsão era de chuva durante a noite em Paranaguá.
Motivo de uma grande divergência dentro do Governo, o projeto de lei que estabelece normas para a questão da biossegurança está paralisado no Senado, aguardando um período mais adequado para sua votação. A discussão do projeto provocou uma crise de Governo no ano passado e colocou em lados opostos os ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues, que defende a liberação do plantio de transgênicos, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Representantes dos agricultores movimentam-se para tentar acelerar a tramitação do projeto de lei de Biossegurança.
– Nossa prioridade é pedir aos senadores a aprovação rápida do projeto – afirma o presidente da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul, Carlos Sperotto.
Fonte: Jornal do Commercio
Transgênicos: Monsanto já começou a receber os royalties relativos à safra 2003/04
Múlti adianta que valor passará de R$ 0,60 para R$ 1,20 por saca em 2004/05
A empresa americana Monsanto começou em abril a receber de produtores de soja transgênica do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina os pagamentos referentes aos royalties da comercialização de soja transgênica Roundup Ready desta safra 2003/04 (de julho do ano passado a junho próximo). Desenvolvida pela multinacional, a soja RR, que teve plantio e comercialização liberados nesta temporada no Brasil por medida provisória posteriormente transformada em lei, foi lançada nos EUA e na Argentina na segunda metade dos anos 90. EUA, Brasil e Argentina, na ordem, são os maiores produtores mundiais do grão.
Em virtude da quebra da produção no Sul do país em decorrência da estiagem que afetou as lavouras, Felipe Osório, diretor de marketing da Monsanto no Brasil, evita fazer projeções de quanto os royalties - ou "remuneração pela pesquisa", como prefere - poderão render à empresa no ciclo 2003/04, cujo período de comercialização ainda se prolongará pelo menos até o fim deste ano. Mas, levando-se em conta a última estimativa da Conab para a safra gaúcha - 5,526 milhões de toneladas -, e o fato de que a variedade transgênica responde por cerca de 80% desse total, é possível projetar que o faturamento, no Estado, deverá superar os R$ 44 milhões. Em Santa Catarina, a participação de transgênicos na produção é pequena.
O cálculo leva em conta a cobrança de R$ 0,60 por saca de soja transgênica comercializada, valor que, segundo Osório, subirá para R$ 1,20 em 2004/05, quando a cobrança deverá ser ampliada aos demais Estados. "Esse foi o valor considerado remunerador na safra 2003/04, mas concordamos em oferecer um desconto por ser o início da cobrança. Para 2004/05, a idéia é praticar o valor calculado sem desconto", adiantou Osório ao Valor.
Mas, no que depender dos produtores gaúchos, que resistem ao aumento, as discussões sobre o novo valor estão apenas começando. As três principais federações do setor no Estado - Farsul (representa grandes produtores), Fetag (reúne agricultores familiares) e FecoAgro (cooperativas) - reconhecem o direito da Monsanto de cobrar pelo desenvolvimento das sementes transgênicas. E, além do valor, há outros detalhes que elas querem rever.
Um deles é a forma de cobrança. Na safra que está se encerrando, o pagamento foi feito sobre a comercialização, o que acabou favorecendo os produtores em função da violenta quebra provocada pela estiagem, que reduziu a produção gaúcha de 9,5 milhões de toneladas em 2002/03 para prováveis 5,526 milhões. Para o próximo período, porém, já deverá haver sementes transgênicas certificadas, vendidas com os royalties embutidos no preço.
Segundo Rui Polidoro Pinto, presidente da FecoAgro, o acordo para 2003/04 ficou de "bom tamanho", mas para a próxima nada foi acertado, nem mesmo os royalties sobre a produção obtida a partir das sementes multiplicadas pelos produtores. Jorge Rodrigues, presidente da comissão de grãos da Farsul, ainda não tem posição formada sobre a melhor forma de pagamento, se pela produção ou só na aquisição da semente certificada. "Há vantagens e desvantagens dos dois lados", diz. E para o presidente da Fetag, Ezídio Pinheiro, o melhor para os pequenos produtores é o pagamento apenas na aquisição da semente.
Pinheiro admite, porém, que o marco legal sobre o plantio de transgênicos no país está "atrasado" e isso deverá inibir a multiplicação de sementes certificadas. Projeto de lei com regras que permitem a liberação definitiva da tecnologia no país tramita no Congresso e pode ser aprovado nas próximas semanas
Segundo Osório, o sistema adotado em 2003/04 , inclusive com desconto dos royalties em nota fiscal, casou com as regras de rastreabilidade que devem ser seguidas pelos produtores e ajudou a controlar a certificação sob responsabilidade do governo federal. Por isso a empresa quer continuar com ele.
O custo de implementação da cobrança, envolvendo também fiscalização e comunicação, está em cerca de R$ 15 milhões, conforme o executivo. "Na Argentina, a cobrança começará na safra 2004/05, mas o modelo ainda está sendo estudado". Osório lembra que o sistema adotado no Brasil também colaborou com as exportações de soja para a China - que aceita a soja transgênica brasileira desde que acompanhada de certificação da Monsanto.
Vale ressaltar que o plantio de soja transgênica em 2004/05 está amparado pelas regras transitórias hoje em vigor. Já a comercialização depende da aprovação do projeto de lei que está no Senado ou da edição de uma nova medida provisória.
Fonte: Valor Econômico
A empresa americana Monsanto começou em abril a receber de produtores de soja transgênica do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina os pagamentos referentes aos royalties da comercialização de soja transgênica Roundup Ready desta safra 2003/04 (de julho do ano passado a junho próximo). Desenvolvida pela multinacional, a soja RR, que teve plantio e comercialização liberados nesta temporada no Brasil por medida provisória posteriormente transformada em lei, foi lançada nos EUA e na Argentina na segunda metade dos anos 90. EUA, Brasil e Argentina, na ordem, são os maiores produtores mundiais do grão.
Em virtude da quebra da produção no Sul do país em decorrência da estiagem que afetou as lavouras, Felipe Osório, diretor de marketing da Monsanto no Brasil, evita fazer projeções de quanto os royalties - ou "remuneração pela pesquisa", como prefere - poderão render à empresa no ciclo 2003/04, cujo período de comercialização ainda se prolongará pelo menos até o fim deste ano. Mas, levando-se em conta a última estimativa da Conab para a safra gaúcha - 5,526 milhões de toneladas -, e o fato de que a variedade transgênica responde por cerca de 80% desse total, é possível projetar que o faturamento, no Estado, deverá superar os R$ 44 milhões. Em Santa Catarina, a participação de transgênicos na produção é pequena.
O cálculo leva em conta a cobrança de R$ 0,60 por saca de soja transgênica comercializada, valor que, segundo Osório, subirá para R$ 1,20 em 2004/05, quando a cobrança deverá ser ampliada aos demais Estados. "Esse foi o valor considerado remunerador na safra 2003/04, mas concordamos em oferecer um desconto por ser o início da cobrança. Para 2004/05, a idéia é praticar o valor calculado sem desconto", adiantou Osório ao Valor.
Mas, no que depender dos produtores gaúchos, que resistem ao aumento, as discussões sobre o novo valor estão apenas começando. As três principais federações do setor no Estado - Farsul (representa grandes produtores), Fetag (reúne agricultores familiares) e FecoAgro (cooperativas) - reconhecem o direito da Monsanto de cobrar pelo desenvolvimento das sementes transgênicas. E, além do valor, há outros detalhes que elas querem rever.
Um deles é a forma de cobrança. Na safra que está se encerrando, o pagamento foi feito sobre a comercialização, o que acabou favorecendo os produtores em função da violenta quebra provocada pela estiagem, que reduziu a produção gaúcha de 9,5 milhões de toneladas em 2002/03 para prováveis 5,526 milhões. Para o próximo período, porém, já deverá haver sementes transgênicas certificadas, vendidas com os royalties embutidos no preço.
Segundo Rui Polidoro Pinto, presidente da FecoAgro, o acordo para 2003/04 ficou de "bom tamanho", mas para a próxima nada foi acertado, nem mesmo os royalties sobre a produção obtida a partir das sementes multiplicadas pelos produtores. Jorge Rodrigues, presidente da comissão de grãos da Farsul, ainda não tem posição formada sobre a melhor forma de pagamento, se pela produção ou só na aquisição da semente certificada. "Há vantagens e desvantagens dos dois lados", diz. E para o presidente da Fetag, Ezídio Pinheiro, o melhor para os pequenos produtores é o pagamento apenas na aquisição da semente.
Pinheiro admite, porém, que o marco legal sobre o plantio de transgênicos no país está "atrasado" e isso deverá inibir a multiplicação de sementes certificadas. Projeto de lei com regras que permitem a liberação definitiva da tecnologia no país tramita no Congresso e pode ser aprovado nas próximas semanas
Segundo Osório, o sistema adotado em 2003/04 , inclusive com desconto dos royalties em nota fiscal, casou com as regras de rastreabilidade que devem ser seguidas pelos produtores e ajudou a controlar a certificação sob responsabilidade do governo federal. Por isso a empresa quer continuar com ele.
O custo de implementação da cobrança, envolvendo também fiscalização e comunicação, está em cerca de R$ 15 milhões, conforme o executivo. "Na Argentina, a cobrança começará na safra 2004/05, mas o modelo ainda está sendo estudado". Osório lembra que o sistema adotado no Brasil também colaborou com as exportações de soja para a China - que aceita a soja transgênica brasileira desde que acompanhada de certificação da Monsanto.
Vale ressaltar que o plantio de soja transgênica em 2004/05 está amparado pelas regras transitórias hoje em vigor. Já a comercialização depende da aprovação do projeto de lei que está no Senado ou da edição de uma nova medida provisória.
Fonte: Valor Econômico
China barra remessa de soja do Brasil
Autoridades encontram sementes contaminadas por agentes químicos
O Ministério da Agricultura foi notificado ontem pela embaixada do Brasil na China do registro, naquele país, de um carregamento de soja brasileira com níveis de agroquímicos acima do permitido. A informação foi dada ontem por um funcionário da área de defesa agropecuária do ministério, que afirmou terem sido encontradas sementes tratadas com produtos químicos na remessa de soja.
— Recebemos a comunicação hoje (ontem) e estamos procurando detalhes do carregamento, como os limites (de pesticida) que foram encontrados e as empresas que fizeram a certificação no porto de saída — disse a fonte.
Mercado chinês se prepara para aumento de juros
Em embarques de grãos, há limites máximos de tolerância de produtos como impurezas ou agrotóxicos. Produtos de tratamento de sementes não podem ser destinados a consumo humano. A fonte afirmou que, em princípio, a mistura de sementes no embarque de grãos teria ocorrido por acidente.
Uma fonte do Ministério de Quarentena da China afirmou ontem que o país devolveria um carregamento de soja importado do Brasil que teria sido tratado com um pesticida nocivo. Segundo a fonte, o carregamento chegou no dia 18 de abril e foi considerado “prejudicial à saúde”. A China adquiriu no ano passado 6,5 milhões de toneladas de soja do Brasil.
O crescimento econômico acelerado do gigante asiático também se tornou uma preocupação para o governo chinês. Ontem os mercados financeiros do país se prepararam para a primeira elevação de juros do país em nove anos, numa tentativa do governo para desaquecer a economia. O aumento seria o primeiro desde julho de 1995. A taxa de juros anual da China está atualmente em 5,31%.
Fonte: O Globo
O Ministério da Agricultura foi notificado ontem pela embaixada do Brasil na China do registro, naquele país, de um carregamento de soja brasileira com níveis de agroquímicos acima do permitido. A informação foi dada ontem por um funcionário da área de defesa agropecuária do ministério, que afirmou terem sido encontradas sementes tratadas com produtos químicos na remessa de soja.
— Recebemos a comunicação hoje (ontem) e estamos procurando detalhes do carregamento, como os limites (de pesticida) que foram encontrados e as empresas que fizeram a certificação no porto de saída — disse a fonte.
Mercado chinês se prepara para aumento de juros
Em embarques de grãos, há limites máximos de tolerância de produtos como impurezas ou agrotóxicos. Produtos de tratamento de sementes não podem ser destinados a consumo humano. A fonte afirmou que, em princípio, a mistura de sementes no embarque de grãos teria ocorrido por acidente.
Uma fonte do Ministério de Quarentena da China afirmou ontem que o país devolveria um carregamento de soja importado do Brasil que teria sido tratado com um pesticida nocivo. Segundo a fonte, o carregamento chegou no dia 18 de abril e foi considerado “prejudicial à saúde”. A China adquiriu no ano passado 6,5 milhões de toneladas de soja do Brasil.
O crescimento econômico acelerado do gigante asiático também se tornou uma preocupação para o governo chinês. Ontem os mercados financeiros do país se prepararam para a primeira elevação de juros do país em nove anos, numa tentativa do governo para desaquecer a economia. O aumento seria o primeiro desde julho de 1995. A taxa de juros anual da China está atualmente em 5,31%.
Fonte: O Globo
China veta soja brasileira com alto teor de agrotóxico
A China devolverá uma carga de soja brasileira que chegou ao país em 16 de abril, porque as autoridades da área de quarentena descobriram vestígios de um fungicida nocivo na carga, segundo traders.
A carga de soja foi inspecionada pelas autoridades locais encarregadas da quarentena dois dias depois. "As autoridades detectaram indícios de fungicida na carga, que poderia se alastrar para as sementes de soja, que poderia ter sido fumigada nas sementes de soja como uma medida preventiva contra o incontrolável alastramento da ferrugem asiática da soja", afirmou um trader de uma companhia da área de oleaginosas de Hong Cong.
A ferrugem asiática da soja, um fungo transportado pelo ar, poderá atacar as folhas das plantas de soja e reduzir significativamente a produtividade. Por isso, os sojicultores brasileiros precisaram usar fungicida nas suas lavouras com maior intensidade neste ano para conter o avanço da doença.
As esmagadoras chinesas ultimamente relutam em comprar novas cargas de soja sul-americana por conta da demanda deprimida por farelo de soja e devido às baixas margens de lucro obtidas com o esmagamento, mas reflete também a disposição das esmagadoras para reduzir a compra de soja. "Elas certamente perderão dinheiro se começarem as operações de esmagamento agora", disse um trader da National Cereals Oils and Foodstuff Import & Export Corp. (Cofco), da China.
Não está claro se a carga poderá ser devolvida com sucesso, afirmaram os traders. "Isso poderá envolver algum esforço diplomático. Esperemos para ver o vai ocorrer", disse o primeiro trader.
A China, maior comprador mundial de soja, importou 20,74 milhões de toneladas da oleaginosa em 2003, o que representa uma alta de 83% em comparação com as importações de 2002, segundo dados oficiais da Alfândega.
No Brasil
Em Brasília, o Ministério da Agricultura anunciou que suspenderá a emissão de certificado fitossanitário para exportação de soja em carregamentos do produto onde for constatada a mistura de grãos e sementes tratadas com agroquímicos. A determinação foi encaminhada pelo Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal à fiscalização nos postos de vigilância agropecuária dos estados do Rio Grande do Sul e Paraná.
O tempo bom nos últimos dias ajudou a agricultura do Paraná, que colhe as últimas lavouras de soja. Produtores que ficaram parados por uma semana por causa da chuva aproveitaram o sol para recuperar o trabalho perdido, informou a Agência Brasil. A estimativa para o fim da colheita é de duas semanas, nos Campos Gerais e em Guarapuava.
Fonte: Gazeta Mercantil
A carga de soja foi inspecionada pelas autoridades locais encarregadas da quarentena dois dias depois. "As autoridades detectaram indícios de fungicida na carga, que poderia se alastrar para as sementes de soja, que poderia ter sido fumigada nas sementes de soja como uma medida preventiva contra o incontrolável alastramento da ferrugem asiática da soja", afirmou um trader de uma companhia da área de oleaginosas de Hong Cong.
A ferrugem asiática da soja, um fungo transportado pelo ar, poderá atacar as folhas das plantas de soja e reduzir significativamente a produtividade. Por isso, os sojicultores brasileiros precisaram usar fungicida nas suas lavouras com maior intensidade neste ano para conter o avanço da doença.
As esmagadoras chinesas ultimamente relutam em comprar novas cargas de soja sul-americana por conta da demanda deprimida por farelo de soja e devido às baixas margens de lucro obtidas com o esmagamento, mas reflete também a disposição das esmagadoras para reduzir a compra de soja. "Elas certamente perderão dinheiro se começarem as operações de esmagamento agora", disse um trader da National Cereals Oils and Foodstuff Import & Export Corp. (Cofco), da China.
Não está claro se a carga poderá ser devolvida com sucesso, afirmaram os traders. "Isso poderá envolver algum esforço diplomático. Esperemos para ver o vai ocorrer", disse o primeiro trader.
A China, maior comprador mundial de soja, importou 20,74 milhões de toneladas da oleaginosa em 2003, o que representa uma alta de 83% em comparação com as importações de 2002, segundo dados oficiais da Alfândega.
No Brasil
Em Brasília, o Ministério da Agricultura anunciou que suspenderá a emissão de certificado fitossanitário para exportação de soja em carregamentos do produto onde for constatada a mistura de grãos e sementes tratadas com agroquímicos. A determinação foi encaminhada pelo Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal à fiscalização nos postos de vigilância agropecuária dos estados do Rio Grande do Sul e Paraná.
O tempo bom nos últimos dias ajudou a agricultura do Paraná, que colhe as últimas lavouras de soja. Produtores que ficaram parados por uma semana por causa da chuva aproveitaram o sol para recuperar o trabalho perdido, informou a Agência Brasil. A estimativa para o fim da colheita é de duas semanas, nos Campos Gerais e em Guarapuava.
Fonte: Gazeta Mercantil
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