Rede Fran´s Café e empresa italiana La Spaziale firmam parceria com o objetivo de promover uma intensa reciclagem, qualificação e capacitação de baristas. Projeto prevê também a implantação de uma espécie de "MBA" do café
Quando o assunto é café expresso, não tem para ninguém. Brasil e Itália são, sem dúvida, experts na área. "Americano que vem aqui ensinar como se tira um café ou discorrer sobre a qualidade dos grãos ou o ajuste das máquinas, que nos desculpe. Os Estados Unidos são referência para muitos serviços, idéias e produtos. Mas de café expresso, quem entende somos nós, brasileiros, e os italianos", declara Lupércio de Moraes, diretor-presidente da rede Fran´s Café, que acaba de assinar contrato com a empresa italiana La Spaziale, uma das maiores potências mundiais especializadas em máquinas de café expresso e única indústria com foco em capacitação e treinamento de baristas.
O projeto foi negociado em outubro do ano passado, quando os presidentes das duas empresas encontraram-se na feira do café de Milão. Essa união de forças, vai beneficiar ainda mais o consumidor brasileiro, que está saboreando um café expresso de paladar cada vez mais refinado.
A parceria exclusiva promete ultrapassar os limites de qualidade e para isso, está unindo forças para promover reciclagem, especialização, capacitação, qualificação e treinamento de toda a equipe envolvida com o café servido na xícara do consumidor, desde os baristas que já atuam nas lojas do Fran´s até franqueados e atendentes. Para implantar o novo projeto, o Fran´s não deixou por menos. Tratou logo de ir buscar o mais renomado barista europeu, Josep Feixa, o especialista que implantou projeto semelhante na divisão espanhola da Illy e é hoje referência internacional na arte de "tirar" um café expresso perfeito. A vinda do especialista Josep Feixa ao Brasil e sua ação junto à maior rede brasileira de cafeterias de conveniência torna-se um divisor de águas na conceituação internacional do nosso café, e deve elevar significativamente, junto à opinião pública nacional e internacional, a excelência do nosso café expresso em âmbito mundial.
A vinda de Feixa para o Brasil faz parte de uma ampla e ousada investida da rede Fran´s Café para mudar a história do café expresso no país e faz parte de uma ação mais ampla da rede, que vem investindo de forma ousada na excelência de qualidade. "Somente uma rede com o porte e os objetivos claros do Fran´s Café poderia realizar tamanha investida", ressalta Lupércio de Moraes.
Assim, o que já era bom, vai ficar ainda melhor. Depois que o Fran´s trouxe para as lojas da rede, a alta tecnologia das máquinas de expresso italianas, depois de ter desenvolvido o café de marca própria (o Fran´s Expresso, obtido a partir de um blend especial de grãos das mais nobres regiões cafeeiras do país), depois de ter implantando revistaria, wi fi e cybercafé, depois de ter repaginado as lojas da rede, depois de ter criado o Centro de Formação e Treinamento de Baristas Fran´s Café, agora o Fran´s aprimora ainda mais a sua técnica de "tirar" um delicioso expresso.
Na segunda etapa do projeto, o Fran´s Café e a La Spaziale pretendem firmar parceria com instituições de ensino para criar uma espécie de "MBA" de café, um programa de especialização em café que deve incluir também no currículo, temas como agrobusiness, exportação, formatação de blend e torrefação, com o objetivo de transmitir aos profissionais que já atuam no mercado e aos interessados na área de café toda a dinâmica do café expresso, desde o grão verde até o produto final, servido na xícara.
A empresa italiana La Spaziale já vem sendo referência para a rede Fran´s Café há alguns anos. Foi nela que a nutricionista Arlete Nagano, barista-chefe, classificadora de café e responsável pelo desenvolvimento de produtos e café da rede Fran´s Café, aprimorou-se na arte de tirar um café expresso e encabeçou o projeto de treinamento de barista da rede, à frente do Centro de Formação e Treinamento de Baristas do Fran´s Café, que já capacitou centenas de profissionais, nos últimos dois anos. Arlete Nagano e toda a equipe de nutricionistas e de treinamento e capacitação de funcionários do Fran´s estarão trabalhando junto a Feixa, neste audacioso projeto.
OFFICINA - ASSESSORIA DE IMPRENSA & DESIGN
Mais informações: Aurea Gil
Jornalista responsável: Ana Spalato - Mtb 19.032
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segunda-feira, fevereiro 16, 2004
MAPA LIBERA RECURSOS PARA A CAPACITAÇÃO DE AGRICULTORES FAMILIARES DO SETOR LEITEIRO
O aumento da eficiência dos pequenos produtores para que tenham um melhor rendimento nas suas atividades rurais é uma das metas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Seguindo essa diretriz, a Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo (Sarc) assinou hoje (13/02), em Chapecó (SC), convênio com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul) do país. Por seu intermédio, o Mapa e a entidade vão desenvolver um projeto de capacitação de agricultores familiares, técnicos dirigentes e gestores envolvidos na produção, industrialização e comercialização de leite.
“Vamos oferecer aos agricultores familiares do setor leiteiro conhecimentos para que se integrem em uma estratégia mais eficaz de organização da produção”, explica o secretário de Apoio Rural e Cooperativismo, Manoel Valdemiro Rocha. Segundo ele, o convênio, no valor de R$ 263,4 mil – dos quais R$ 249,2 foram destinados pelo Mapa -, permitirá que o projeto atenda cerca de três mil produtores na primeira etapa. Eles vão participar de cursos, seminários e encontros de qualificação e capacitação para gestão das propriedades agropecuárias e para a organização de associações e cooperativas rurais.
De acordo com o secretário, os agricultores familiares do setor leiteiro – responsáveis por grande parte da produção brasileira de lácteos - precisam ter uma estrutura estável e segura para se manter competitivos, o que agregará maior valor às propriedades rurais e aumentará a rentabilidade da atividade. “A modernização e a expansão dessa atividade no Sul do país é fundamental para a cadeia produtiva do leite”, diz Valdemiro. Ainda mais, acrescenta ele, em um momento como o atual, quando o segmento sofre os efeitos da crise da Parmalat, que está paralisando suas atividades no Brasil em conseqüências do rombo financeiro na matriz italiana.
Na avaliação de Valdemiro, o fortalecimento da agricultura familiar voltada ao setor leiteiro passa pela maior união dos produtores e pelo desenvolvimento de iniciativas coordenadas, tanto por intermédio do cooperativismo como do associativismo. “A estruturação desse segmento da cadeia produtiva de lácteos é fundamental para a continuidade da atividade leiteira no país”, afirma o secretario. Para ele, é essencial que o setor seja competitivo e lucrativo para continuar atraindo os produtores familiares.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – DIVISÃO DE IMPRENSA
FONES (61) 218-2203/2204/2205 - FAX: 322-2880
“Vamos oferecer aos agricultores familiares do setor leiteiro conhecimentos para que se integrem em uma estratégia mais eficaz de organização da produção”, explica o secretário de Apoio Rural e Cooperativismo, Manoel Valdemiro Rocha. Segundo ele, o convênio, no valor de R$ 263,4 mil – dos quais R$ 249,2 foram destinados pelo Mapa -, permitirá que o projeto atenda cerca de três mil produtores na primeira etapa. Eles vão participar de cursos, seminários e encontros de qualificação e capacitação para gestão das propriedades agropecuárias e para a organização de associações e cooperativas rurais.
De acordo com o secretário, os agricultores familiares do setor leiteiro – responsáveis por grande parte da produção brasileira de lácteos - precisam ter uma estrutura estável e segura para se manter competitivos, o que agregará maior valor às propriedades rurais e aumentará a rentabilidade da atividade. “A modernização e a expansão dessa atividade no Sul do país é fundamental para a cadeia produtiva do leite”, diz Valdemiro. Ainda mais, acrescenta ele, em um momento como o atual, quando o segmento sofre os efeitos da crise da Parmalat, que está paralisando suas atividades no Brasil em conseqüências do rombo financeiro na matriz italiana.
Na avaliação de Valdemiro, o fortalecimento da agricultura familiar voltada ao setor leiteiro passa pela maior união dos produtores e pelo desenvolvimento de iniciativas coordenadas, tanto por intermédio do cooperativismo como do associativismo. “A estruturação desse segmento da cadeia produtiva de lácteos é fundamental para a continuidade da atividade leiteira no país”, afirma o secretario. Para ele, é essencial que o setor seja competitivo e lucrativo para continuar atraindo os produtores familiares.
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Produção orgânica brasileira estará em foco na Biofach 2004
Pequenos produtores vão representar o Brasil em evento na Alemanha.
Feira acontece de 19 a 22 de fevereiro, em Nurembergue
Produtores voltados principalmente à agricultura familiar serão o foco brasileiro da Biofach 2004, maior evento internacional para produtos orgânicos, que será realizado em Nurembergue, na Alemanha, de 19 a 22 de fevereiro. O objetivo é incentivar o comércio justo e a disseminação do conceito da agricultura orgânica, resultando em benefícios sociais e econômicos para o Brasil.
Para viabilizar o estande brasileiro na Biofach, um convênio entre a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha e a APEX-Brasil (Agência de Promoção de Exportações) foi realizado. O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), as instituições não governamentais, Planeta Orgânico e IBD (Instituto Biodinâmico), e a BCS (Certificadora BCS Öko-Garantie - certificadora alemã) estão apoiando a iniciativa. A meta é levar cerca de 45 produtores, sendo 23 instalados no estande do Sebrae, onde acontecerão rodadas de negócios com empresários alemães.
Segundo Ricardo Villela, técnico do Sebrae Nacional responsável pela Biofach, para conquistar o mercado externo é preciso, antes de tudo, ter qualidade na produção. "É necessário mudar a visão de que os produtos orgânicos são encontrados em pequenas quantidades e estão apenas nas feirinhas de final de semana. Há um mercado que demanda uma produção mais forte e que busca um mercado bem mais abrangente", afirmou o técnico. Ele ressalta que os produtos orgânicos têm conquistado novos setores. "Não é só de frutas, verduras e legumes que sobrevive o mercado orgânico mundial. Carnes, mel, flores, cachaça e até cosméticos estão sendo produzidos de forma orgânica", disse.
De acordo com dados da AECO (Associação das Empresas Comercializadoras de Orgânicos), por ano, o mercado brasileiro movimenta em torno de US$ 250 milhões com produção orgânica, sendo US$ 5 milhões só com exportação. Segundo a AECO, essa alta se deve em função da exportação de produtos como o açúcar, a soja e o café. O mercado de orgânicos brasileiro representa apenas 10% de tudo que é comercializado mundialmente, ou seja, US$ 30 bilhões. A perspectiva de novas exportações para um dos principais parceiros comerciais do Brasil anima o setor. "A maior dificuldade desse mercado, no entanto, é a qualificação para que um produto seja orgânico. Nem sempre o produtor brasileiro está a par dos requisitos necessários para que sua safra seja certificada", explica Dinah.
Biofach 2003 - A Biofach 2003 reuniu mais de 1,9 mil expositores vindos de 57 países. Isso representou um crescimento de 3% no índice de expositores, 12% em relação ao tamanho e 6% de visitantes circulando na feira. O Brasil dobrou o número de projetos - 40 em 2003 contra 20 na edição anterior. O estande conjunto ganhou força e ocupou 250 metros quadrados, um crescimento de mais de 100%. A expectativa para 2004 é manter a participação de 2003 e avaliar a possibilidade de ampliação do estande conjunto, uma vez que a procura de produtores nacionais aumenta a cada mês. Mercado - Na América Latina, segundo o pesquisador Moacir Darolt, do Instituto Agronômico do Paraná (IAPA/PR), os países que apresentam as maiores áreas agrícolas tanto para produção animal quanto para vegetal orgânica são Argentina, Uruguai e Brasil. Desde 2002, o Chile teve um salto importante na superfície dedicada a agricultura orgânica, em torno de 600 mil hectares, basicamente pela certificação de áreas de pastagens.
Quanto ao Brasil, estima-se que, em 2002, o mercado brasileiro de orgânicos tenha faturado em torno de US$ 250 milhões, um acréscimo de 100% sobre o ano anterior. As exportações são o alvo principal, considerando que o mercado interno absorveu menos de 15% deste montante.
Dados do Centro Internacional de Comércio (ITC) mostram que o mercado mundial de orgânicos cresce a taxa média de 22,5% ao ano e as estimativas apontam vendas globais de US$ 25 bilhões em 2005.
Holanda é tema da Biofach 2004
Eficiente exportação da Holanda no setor orgânico justifica a indicação
A Biofach 2004, que acontece de 19 a 22 de fevereiro de 2004, terá como tema a Holanda. Representada no Brasil pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, a maior feira de produtos orgânicos escolheu o país holandês pela sua eficiente exportação no setor orgânico. Estimativas revelam que a Holanda deverá fechar o ano com a cifra de 320 milhões de euros em produtos orgânicos vendidos ao mercado internacional. "A Holanda é um exemplo de como aproveitar bem o mercado orgânico. Apesar de pouco espaço para cultivo (apenas 2% - 38 mil hectares - das áreas disponíveis destinadas ao plantio orgânico), o país obtém alto retorno em exportações e mercado interno", explica Dinah Worisch Mazzo, diretora do departamento de feiras da Câmara de Comércio e Indústria Brasil- Alemanha.
Conhecida mundialmente por suas tulipas, inclusive as orgânicas, a Holanda há muitos anos comercializa frutas, verduras, leite e uma série de produtos orgânicos processados aos seus vizinhos europeus. No entanto, não são apenas os produtos que conquistaram seu espaço. Há pelo menos 350 lojas especializadas no país que juntas detém 41% do share do setor. O varejo está apenas um pouco acima deste percentual com 42% - contra os 19% avaliados em 1997. Cerca de 1,2 mil supermercados oferecem ao consumidor diversas linhas orgânicas favorecendo o desenvolvimento do mercado.
Os números impressionam e fazem com que outros países comecem a buscar alternativas para o desenvolvimento de suas linhas orgânicas. É o caso do Brasil. "A cada ano vemos aumentar o interesse e a profissionalização dos produtores para competir no mercado orgânico", revela Dinah. Somente no levantamento preliminar dos negócios fechados pelos brasileiros na Biofach 2003, foram movimentados US$ 5,5 milhões em vendas para o mercado europeu de cerca de nove mil toneladas de produtos orgânicos brasileiros.
Nurembergue é a cidade dos pães de mel
Cidade sede da Biofach 2004 foi palco do julgamento dos colaboradores Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial
Com cerca de 488 mil habitantes, Nurembergue é a segunda maior cidade do Estado da Baviera, na Alemanha. A cidade, famosa pela tradição na produção de pães de mel, será palco da maior feira internacional de produtos orgânicos, a Biofach 2004, entre os dias 19 e 22 de fevereiro.
A cidade é conhecida pelo centro histórico medieval, com uma muralha de cinco quilômetros de extensão. Durante o Terceiro Reich, a cidade foi escolhida por Hitler para sede dos congressos de seu partido. Após a Segunda Guerra Mundial, aconteceram ali os julgamentos dos criminosos nazistas.
Entre Nurembergue (Nürnberg) e a vizinha Fürth, a primeira linha ferroviária da Europa foi inaugurada em 1835. No parque industrial, destacam-se as fábricas da indústria eletrônica (Siemens), de veículos pesados (MAN) e artigos de papelaria (Faber-Castell, Staedtler e Schwan).
Baviera - O Estado da Baviera é o maior em superfície e sua população de 12 milhões de habitantes ainda mantém viva as tradições alemãs. O traje típico não é usado apenas por ocasião de grandes festividades populares, como na anual festa da cerveja, a Oktoberfest, em Munique. A cerveja bávara (preparada segundo o preceito de pureza de 1516) é mundialmente conhecida; o lúpulo para tal fabrico é cultivado no próprio estado. Mas também os vinhos da Francônia são apreciados pelos conhecedores.
O Estado limita-se ao sul com a Áustria, a leste com a República Tcheca, ao norte com Hessen, Turíngia e Saxônia e a oeste com Baden-Württemberg. A capital Munique é a terceira maior cidade da Alemanha, com 1,2 milhão de habitantes. Até 1950 predominava na Baviera a agricultura como principal ramo econômico. Ainda hoje, a região pré-alpina e outras partes do território bávaro dependem da agricultura e da silvicultura. Mas a partir de meados do século passado, a região transformou-se num moderno Estado industrial e de prestação de serviços.
A Baviera é hoje o centro número um da tecnologia avançada na Alemanha. O Estado dispõe de uma competência excepcional na tecnologia da informação e comunicação, na biotecnologia, na tecnologia genética e na técnica medicinal. (Fonte: Deutsche Welle)
SEBRAE NACIONAL
Serviço: Neusa Rodrigues
(61) 9285-7019 / (61) 348-7494
Feira acontece de 19 a 22 de fevereiro, em Nurembergue
Produtores voltados principalmente à agricultura familiar serão o foco brasileiro da Biofach 2004, maior evento internacional para produtos orgânicos, que será realizado em Nurembergue, na Alemanha, de 19 a 22 de fevereiro. O objetivo é incentivar o comércio justo e a disseminação do conceito da agricultura orgânica, resultando em benefícios sociais e econômicos para o Brasil.
Para viabilizar o estande brasileiro na Biofach, um convênio entre a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha e a APEX-Brasil (Agência de Promoção de Exportações) foi realizado. O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), as instituições não governamentais, Planeta Orgânico e IBD (Instituto Biodinâmico), e a BCS (Certificadora BCS Öko-Garantie - certificadora alemã) estão apoiando a iniciativa. A meta é levar cerca de 45 produtores, sendo 23 instalados no estande do Sebrae, onde acontecerão rodadas de negócios com empresários alemães.
Segundo Ricardo Villela, técnico do Sebrae Nacional responsável pela Biofach, para conquistar o mercado externo é preciso, antes de tudo, ter qualidade na produção. "É necessário mudar a visão de que os produtos orgânicos são encontrados em pequenas quantidades e estão apenas nas feirinhas de final de semana. Há um mercado que demanda uma produção mais forte e que busca um mercado bem mais abrangente", afirmou o técnico. Ele ressalta que os produtos orgânicos têm conquistado novos setores. "Não é só de frutas, verduras e legumes que sobrevive o mercado orgânico mundial. Carnes, mel, flores, cachaça e até cosméticos estão sendo produzidos de forma orgânica", disse.
De acordo com dados da AECO (Associação das Empresas Comercializadoras de Orgânicos), por ano, o mercado brasileiro movimenta em torno de US$ 250 milhões com produção orgânica, sendo US$ 5 milhões só com exportação. Segundo a AECO, essa alta se deve em função da exportação de produtos como o açúcar, a soja e o café. O mercado de orgânicos brasileiro representa apenas 10% de tudo que é comercializado mundialmente, ou seja, US$ 30 bilhões. A perspectiva de novas exportações para um dos principais parceiros comerciais do Brasil anima o setor. "A maior dificuldade desse mercado, no entanto, é a qualificação para que um produto seja orgânico. Nem sempre o produtor brasileiro está a par dos requisitos necessários para que sua safra seja certificada", explica Dinah.
Biofach 2003 - A Biofach 2003 reuniu mais de 1,9 mil expositores vindos de 57 países. Isso representou um crescimento de 3% no índice de expositores, 12% em relação ao tamanho e 6% de visitantes circulando na feira. O Brasil dobrou o número de projetos - 40 em 2003 contra 20 na edição anterior. O estande conjunto ganhou força e ocupou 250 metros quadrados, um crescimento de mais de 100%. A expectativa para 2004 é manter a participação de 2003 e avaliar a possibilidade de ampliação do estande conjunto, uma vez que a procura de produtores nacionais aumenta a cada mês. Mercado - Na América Latina, segundo o pesquisador Moacir Darolt, do Instituto Agronômico do Paraná (IAPA/PR), os países que apresentam as maiores áreas agrícolas tanto para produção animal quanto para vegetal orgânica são Argentina, Uruguai e Brasil. Desde 2002, o Chile teve um salto importante na superfície dedicada a agricultura orgânica, em torno de 600 mil hectares, basicamente pela certificação de áreas de pastagens.
Quanto ao Brasil, estima-se que, em 2002, o mercado brasileiro de orgânicos tenha faturado em torno de US$ 250 milhões, um acréscimo de 100% sobre o ano anterior. As exportações são o alvo principal, considerando que o mercado interno absorveu menos de 15% deste montante.
Dados do Centro Internacional de Comércio (ITC) mostram que o mercado mundial de orgânicos cresce a taxa média de 22,5% ao ano e as estimativas apontam vendas globais de US$ 25 bilhões em 2005.
Holanda é tema da Biofach 2004
Eficiente exportação da Holanda no setor orgânico justifica a indicação
A Biofach 2004, que acontece de 19 a 22 de fevereiro de 2004, terá como tema a Holanda. Representada no Brasil pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, a maior feira de produtos orgânicos escolheu o país holandês pela sua eficiente exportação no setor orgânico. Estimativas revelam que a Holanda deverá fechar o ano com a cifra de 320 milhões de euros em produtos orgânicos vendidos ao mercado internacional. "A Holanda é um exemplo de como aproveitar bem o mercado orgânico. Apesar de pouco espaço para cultivo (apenas 2% - 38 mil hectares - das áreas disponíveis destinadas ao plantio orgânico), o país obtém alto retorno em exportações e mercado interno", explica Dinah Worisch Mazzo, diretora do departamento de feiras da Câmara de Comércio e Indústria Brasil- Alemanha.
Conhecida mundialmente por suas tulipas, inclusive as orgânicas, a Holanda há muitos anos comercializa frutas, verduras, leite e uma série de produtos orgânicos processados aos seus vizinhos europeus. No entanto, não são apenas os produtos que conquistaram seu espaço. Há pelo menos 350 lojas especializadas no país que juntas detém 41% do share do setor. O varejo está apenas um pouco acima deste percentual com 42% - contra os 19% avaliados em 1997. Cerca de 1,2 mil supermercados oferecem ao consumidor diversas linhas orgânicas favorecendo o desenvolvimento do mercado.
Os números impressionam e fazem com que outros países comecem a buscar alternativas para o desenvolvimento de suas linhas orgânicas. É o caso do Brasil. "A cada ano vemos aumentar o interesse e a profissionalização dos produtores para competir no mercado orgânico", revela Dinah. Somente no levantamento preliminar dos negócios fechados pelos brasileiros na Biofach 2003, foram movimentados US$ 5,5 milhões em vendas para o mercado europeu de cerca de nove mil toneladas de produtos orgânicos brasileiros.
Nurembergue é a cidade dos pães de mel
Cidade sede da Biofach 2004 foi palco do julgamento dos colaboradores Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial
Com cerca de 488 mil habitantes, Nurembergue é a segunda maior cidade do Estado da Baviera, na Alemanha. A cidade, famosa pela tradição na produção de pães de mel, será palco da maior feira internacional de produtos orgânicos, a Biofach 2004, entre os dias 19 e 22 de fevereiro.
A cidade é conhecida pelo centro histórico medieval, com uma muralha de cinco quilômetros de extensão. Durante o Terceiro Reich, a cidade foi escolhida por Hitler para sede dos congressos de seu partido. Após a Segunda Guerra Mundial, aconteceram ali os julgamentos dos criminosos nazistas.
Entre Nurembergue (Nürnberg) e a vizinha Fürth, a primeira linha ferroviária da Europa foi inaugurada em 1835. No parque industrial, destacam-se as fábricas da indústria eletrônica (Siemens), de veículos pesados (MAN) e artigos de papelaria (Faber-Castell, Staedtler e Schwan).
Baviera - O Estado da Baviera é o maior em superfície e sua população de 12 milhões de habitantes ainda mantém viva as tradições alemãs. O traje típico não é usado apenas por ocasião de grandes festividades populares, como na anual festa da cerveja, a Oktoberfest, em Munique. A cerveja bávara (preparada segundo o preceito de pureza de 1516) é mundialmente conhecida; o lúpulo para tal fabrico é cultivado no próprio estado. Mas também os vinhos da Francônia são apreciados pelos conhecedores.
O Estado limita-se ao sul com a Áustria, a leste com a República Tcheca, ao norte com Hessen, Turíngia e Saxônia e a oeste com Baden-Württemberg. A capital Munique é a terceira maior cidade da Alemanha, com 1,2 milhão de habitantes. Até 1950 predominava na Baviera a agricultura como principal ramo econômico. Ainda hoje, a região pré-alpina e outras partes do território bávaro dependem da agricultura e da silvicultura. Mas a partir de meados do século passado, a região transformou-se num moderno Estado industrial e de prestação de serviços.
A Baviera é hoje o centro número um da tecnologia avançada na Alemanha. O Estado dispõe de uma competência excepcional na tecnologia da informação e comunicação, na biotecnologia, na tecnologia genética e na técnica medicinal. (Fonte: Deutsche Welle)
SEBRAE NACIONAL
Serviço: Neusa Rodrigues
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ROBERTO RODRIGUES INSTALA CÂMARA SETORIAL DA MANDIOCA EM BELÉM
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, instala na próxima segunda-feira (16/02), às 15h, no Teatro Maria Silvia Nunes – Estação das Docas, em Belém (PA), a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Mandioca, que será responsável pelo estabelecimento de políticas públicas para o setor. Em julho do ano passado, representantes da cadeia produtiva entregaram ao ministro um projeto de plano nacional para a mandioca e um projeto para o desenvolvimento do setor de amido de mandioca. As ações da Câmara Setorial serão norteados por estes dois trabalhos.
Para impulsionar a cadeia produtiva, o governo ampliou de RS$ 150 mil para R$ 200 mil o limite de crédito rural para a mandioca no último Plano Safra. O tubérculo é considerado prioritário porque está entre os alimentos básicos para atender às demandas geradas pelos programas sociais do governo, como o Fome Zero, e recompor os estoques públicos.
A área plantada com mandioca chega a 1,7 milhão de hectares e a produção atual é 22,2 milhões de toneladas em raiz, com produtividade média de 13,3 kg/hectares. Os principais estados produtores são o Pará (4,4 milhões de toneladas), Bahia (4 milhões) e Paraná (2,2 milhões). Para a safra 2003/2004, a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de crescimento de 10% de área plantada na região Centro-Sul.
A expectativa da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (ABAM) é de que a instalação da Câmara Setorial auxiliará na consolidação da cultura, beneficiando toda a cadeia produtiva. Uma das apostas do setor é no crescimento do consumo do amido de mandioca. Segundo a ABAM, o produto tem condições técnicas de competir com outros amidos tanto no mercado interno como externo. A preocupação é manter a oferta da matéria-prima, já que em 2003 houve ecassez da raiz em função do baixo preço pago ao produtor, além do incentivo ao uso da fécula de mandioca na panificação.
Além da alimentação, a mandioca tem larga utilização nas indústrias farmacêutica, têxtil e de papel. Como não tem restrições de clima, pode ser encontrada em todas as regiões do Brasil. O consumo médio no país é de 3,7 kg/pessoa/ano. A população de Porto Alegre (RS) é a maior consumidora de mandioca (3 kg/pessoa/ano) e Belém (AM) é a maior consumidora de farinha de mandioca (34 kg/pessoa/ano).
No Paraná, o governo estadual incentivará a implantação de um Centro Tecnológico da Mandioca no Município de Paranavaí, que é hoje a maior região produtora de raiz de fécula do Estado. O projeto contará com apoio da Delegacia Federal de Agricultura.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – DIVISÃO DE IMPRENSA
FONES (61) 218-2203/2204/2205 - FAX: 322-2880
Para impulsionar a cadeia produtiva, o governo ampliou de RS$ 150 mil para R$ 200 mil o limite de crédito rural para a mandioca no último Plano Safra. O tubérculo é considerado prioritário porque está entre os alimentos básicos para atender às demandas geradas pelos programas sociais do governo, como o Fome Zero, e recompor os estoques públicos.
A área plantada com mandioca chega a 1,7 milhão de hectares e a produção atual é 22,2 milhões de toneladas em raiz, com produtividade média de 13,3 kg/hectares. Os principais estados produtores são o Pará (4,4 milhões de toneladas), Bahia (4 milhões) e Paraná (2,2 milhões). Para a safra 2003/2004, a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de crescimento de 10% de área plantada na região Centro-Sul.
A expectativa da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (ABAM) é de que a instalação da Câmara Setorial auxiliará na consolidação da cultura, beneficiando toda a cadeia produtiva. Uma das apostas do setor é no crescimento do consumo do amido de mandioca. Segundo a ABAM, o produto tem condições técnicas de competir com outros amidos tanto no mercado interno como externo. A preocupação é manter a oferta da matéria-prima, já que em 2003 houve ecassez da raiz em função do baixo preço pago ao produtor, além do incentivo ao uso da fécula de mandioca na panificação.
Além da alimentação, a mandioca tem larga utilização nas indústrias farmacêutica, têxtil e de papel. Como não tem restrições de clima, pode ser encontrada em todas as regiões do Brasil. O consumo médio no país é de 3,7 kg/pessoa/ano. A população de Porto Alegre (RS) é a maior consumidora de mandioca (3 kg/pessoa/ano) e Belém (AM) é a maior consumidora de farinha de mandioca (34 kg/pessoa/ano).
No Paraná, o governo estadual incentivará a implantação de um Centro Tecnológico da Mandioca no Município de Paranavaí, que é hoje a maior região produtora de raiz de fécula do Estado. O projeto contará com apoio da Delegacia Federal de Agricultura.
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Cientistas preocupados com biossegurança
302 leitores da revista The Scientist responderam a uma enquete sobre a liberação de culturas transgênicas.
60% disseram que as condições para a liberação deveriam ser estritamente controladas.
29% disseram que as restrições deveriam ser mínimas, e 4% sem restrição alguma.
7% disseram que as culturas geneticamente modificadas não deveriam ser liberadas.
Os leitores também avaliaram a importância de suas objeções:
63% temem pelas perturbações ao meio ambiente.
59% dizem quje as culturas GM fortalecem o controle de poucas empresas sobre a agricultura.
39% acreditam que podem criar perigos ainda não reconhecidos para a saúde humana.
10% afirma que a criação de animais e plantas transgênicos é éticamente incorreto.
60% disseram que as condições para a liberação deveriam ser estritamente controladas.
29% disseram que as restrições deveriam ser mínimas, e 4% sem restrição alguma.
7% disseram que as culturas geneticamente modificadas não deveriam ser liberadas.
Os leitores também avaliaram a importância de suas objeções:
63% temem pelas perturbações ao meio ambiente.
59% dizem quje as culturas GM fortalecem o controle de poucas empresas sobre a agricultura.
39% acreditam que podem criar perigos ainda não reconhecidos para a saúde humana.
10% afirma que a criação de animais e plantas transgênicos é éticamente incorreto.
Lula recebe Prêmio Capitão Gancho de Biopitaria na COP-7 da Convenção sobre Diversidade Biológica
O presidente foi "premiado" na manhã desta sexta-feira (13/2) como pior traidor das políticas de conservação da biodiversidade por autorizar o plantio de soja transgênica, pelo risco de ameaçar o Cerrado e a Amazônia à plantação extensiva de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) e por ter se posicionado a favor de testes com os GURTS (sigla em inglês) – Tecnologias de Uso Genético Restrito -, rejeitadas por ONGs e movimentos indígenas pelos impactos que podem provocar sobre a agrobiodiversidade e comunidades tradicionais.
Com ampla audiência, o o Prêmio Capitão Gancho de Biopirataria ao presidente Lula foi anunciado em um megafone por um integrante da Coalização contra a Biopirataria vestido de pirata nesta sexta-feira (13/2), durante a 7ª Conferência das Partes da Convenção (COP-7) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), que acontece em Kuala Lumpur, na Malásia.
Além do governo brasileiro, foram "premiados", entre outros, o governo dos Estados Unidos por promover a exploração comercial da biodiversidade em parques nacionais e por ser campeão de patentes de recursos biológicos; a Monsanto por patentear uma variedade tracional de trigo indiano e seus produtos derivados; o Projeto HapMap, uma variação do Projeto Genoma com coleta e sequenciamento do DNA de povos tradicionais da Nigéria, China, Japão e outros países, desenvolvido por diversos cientistas do primeiro mundo; e a empresa holandesa Soil & Crop Improvement por ter negociado com o governo da Etiópia o patenteamento de um cereal tradicional da dieta dos etiopes e por propor que os benefícios fossem revertidos no patenteamento de novas variedades.
A adoção ou não dos GURTS (sigla em inglês) – Tecnologias de Uso Genético Restrito - pelos países signatários da CDB, cujo posicionamento favorável do Brasil rendeu ao presidente Lula o Prêmio Capitão Gancho de Biopirataria é um dos temas mais quentes da COP-7.
Para estudar os potenciais impactos dessas tecnologias, que envolvem a adoção de sementes terminator (modificadas geneticamente para se tornarem inférteis) sobre o conhecimento tradicional dos povos indígenas, um grupo de peritos reuniu-se a partir de fevereiro de 2003.
Em dezembro do ano passado, durante uma reunião de Grupo de Trabalho (GT) sobre Acesso e Repartição de Benefícios da CDB, os peritos apresentaram um relatório sobre o tema no qual apontam que a adoção dessas tecnologias poderia causar erosão do patrimônio genético da agricultura tradcional dos povos, perda de agrobiodiversidade, aumento da dependência dos povos indígenas e comunidades locais em relação a empresa de sementes e insumos e maior concentração de poder no mercado de agricultura.
Na mesma reunião, o Brasil apresentou uma proposta a liberação dos GURTS para testes de campo, defendida particularmente pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo Ministério da Agricultura, sendo criticado por povos indígenas e países europeus.
Fundamentadas no relatório dos peritos, ONGs e movimentos indígenas articulam-se para pressionar a proibição dos GURTS durante a COP-7. As delegações da Filipinas e Quênia propuseram o banimento definitivo dessas tecnologias, enquanto a do Egito definiu os GURTS como “crime contra a Humanidade”.
Ironicamente, a delegação brasileira havia sido responsável no início da COP-7 pela apresentação de uma proposta de que seja criada uma iniciativa global sobre biodiversidade e nutrição como um tema transversal no âmbito do Programa de Trabalho sobre Agrobiodiversidade da CDB.
Idealizada por Paulo Kageyama, Diretor de Biodiversidade da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, a proposta foi bem recebida por diversas delegações. As iniciativas globais são propostas que, se aprovadas, podem vir a ser transformadas em programas de trabalho da convenção.
Ontem (12/2), integrantes da delegação oficial brasileira fizeram um relato sobre a implementação de pontos da Convenção sobre Diversidade Biológica no país. Maria Angélica Ikeda, do Itamaraty, falou sobre o projeto de lei (PL) de acesso a recursos genéticos e proteção dos conhecimentos tradicionais, uma das prioridades da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, atualmente sob a apreciação da Casa Civil. Foi ressaltado que o processo de elaboração do PL contou com a abertura para a participação “ampla e irrestrita” de povos indígenas e comunidades locais, apesar da carência de recursos para consultá-los adequadamente.
A delegação brasileira informou também sobre a participação indígena na Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) e no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), e como integrantes da delegação oficial brasileira em fóruns internacionais, como é o caso da COP-7 - integrada pela advogada Lúcia Fernanda Jófej Kaingang, diretora-executiva do Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual (INBRAPI), e pelo biólogo Carlos Durigan, diretor da Fundação Vitória Amazônica (FVA) e representante do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento. O Brasil posicionou-se ainda contrário a adoção do termo “promover o uso de conhecimentos tradicionais”, para que seja evitado o enfoque mercantilista sobre o assunto.
ISA, Fernando Baptista, de Kuala Lumpur, 13/2/2004.
Com ampla audiência, o o Prêmio Capitão Gancho de Biopirataria ao presidente Lula foi anunciado em um megafone por um integrante da Coalização contra a Biopirataria vestido de pirata nesta sexta-feira (13/2), durante a 7ª Conferência das Partes da Convenção (COP-7) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), que acontece em Kuala Lumpur, na Malásia.
Além do governo brasileiro, foram "premiados", entre outros, o governo dos Estados Unidos por promover a exploração comercial da biodiversidade em parques nacionais e por ser campeão de patentes de recursos biológicos; a Monsanto por patentear uma variedade tracional de trigo indiano e seus produtos derivados; o Projeto HapMap, uma variação do Projeto Genoma com coleta e sequenciamento do DNA de povos tradicionais da Nigéria, China, Japão e outros países, desenvolvido por diversos cientistas do primeiro mundo; e a empresa holandesa Soil & Crop Improvement por ter negociado com o governo da Etiópia o patenteamento de um cereal tradicional da dieta dos etiopes e por propor que os benefícios fossem revertidos no patenteamento de novas variedades.
A adoção ou não dos GURTS (sigla em inglês) – Tecnologias de Uso Genético Restrito - pelos países signatários da CDB, cujo posicionamento favorável do Brasil rendeu ao presidente Lula o Prêmio Capitão Gancho de Biopirataria é um dos temas mais quentes da COP-7.
Para estudar os potenciais impactos dessas tecnologias, que envolvem a adoção de sementes terminator (modificadas geneticamente para se tornarem inférteis) sobre o conhecimento tradicional dos povos indígenas, um grupo de peritos reuniu-se a partir de fevereiro de 2003.
Em dezembro do ano passado, durante uma reunião de Grupo de Trabalho (GT) sobre Acesso e Repartição de Benefícios da CDB, os peritos apresentaram um relatório sobre o tema no qual apontam que a adoção dessas tecnologias poderia causar erosão do patrimônio genético da agricultura tradcional dos povos, perda de agrobiodiversidade, aumento da dependência dos povos indígenas e comunidades locais em relação a empresa de sementes e insumos e maior concentração de poder no mercado de agricultura.
Na mesma reunião, o Brasil apresentou uma proposta a liberação dos GURTS para testes de campo, defendida particularmente pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo Ministério da Agricultura, sendo criticado por povos indígenas e países europeus.
Fundamentadas no relatório dos peritos, ONGs e movimentos indígenas articulam-se para pressionar a proibição dos GURTS durante a COP-7. As delegações da Filipinas e Quênia propuseram o banimento definitivo dessas tecnologias, enquanto a do Egito definiu os GURTS como “crime contra a Humanidade”.
Ironicamente, a delegação brasileira havia sido responsável no início da COP-7 pela apresentação de uma proposta de que seja criada uma iniciativa global sobre biodiversidade e nutrição como um tema transversal no âmbito do Programa de Trabalho sobre Agrobiodiversidade da CDB.
Idealizada por Paulo Kageyama, Diretor de Biodiversidade da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, a proposta foi bem recebida por diversas delegações. As iniciativas globais são propostas que, se aprovadas, podem vir a ser transformadas em programas de trabalho da convenção.
Ontem (12/2), integrantes da delegação oficial brasileira fizeram um relato sobre a implementação de pontos da Convenção sobre Diversidade Biológica no país. Maria Angélica Ikeda, do Itamaraty, falou sobre o projeto de lei (PL) de acesso a recursos genéticos e proteção dos conhecimentos tradicionais, uma das prioridades da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, atualmente sob a apreciação da Casa Civil. Foi ressaltado que o processo de elaboração do PL contou com a abertura para a participação “ampla e irrestrita” de povos indígenas e comunidades locais, apesar da carência de recursos para consultá-los adequadamente.
A delegação brasileira informou também sobre a participação indígena na Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) e no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), e como integrantes da delegação oficial brasileira em fóruns internacionais, como é o caso da COP-7 - integrada pela advogada Lúcia Fernanda Jófej Kaingang, diretora-executiva do Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual (INBRAPI), e pelo biólogo Carlos Durigan, diretor da Fundação Vitória Amazônica (FVA) e representante do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento. O Brasil posicionou-se ainda contrário a adoção do termo “promover o uso de conhecimentos tradicionais”, para que seja evitado o enfoque mercantilista sobre o assunto.
ISA, Fernando Baptista, de Kuala Lumpur, 13/2/2004.
O cenário dos negócios sucroalcooleiros em 2004 é tema de evento em São Paulo
Empresários e executivos do setor sucroalcooleiro, empresas fornecedoras de equipamentos, produtos e serviços, e também consultores e profissionais da área de marketing, comercial e logística, não podem perder o Workshop ProCana Marketing Sucroalcooleiro 2004. O evento discutirá o cenário de produção e preços para a safra que se inicia e as ferramentas indispensáveis para ampliação dos negócios junto ao setor.
O encontro tem a realização da ProCana — Centro de Informações Sucroalcooleiras, empresa líder em comunicação do agronegócio canavieiro, e acontece dia 4 de março, no Hotel Ca´d´oro, em São Paulo, das 9h às 13h10.
O objetivo do evento é oferecer conhecimentos, atualizações, práticas e discutir sobre as ferramentas indispensáveis para as empresas para a ampliação dos negócios na indústria sucroalcooleira. O setor passa por profundas mudanças em suas atividades produtivas, comerciais e administrativas, tema que requer a atualização dos agentes atunates no mercado que também será abordado no Evento.
Palestrantes
O diretor do Departamento de Acúçar e Álcool do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Ângelo Bressan Filho, irá falar sobre as perspectivas do Governo Federal para o agronegócio sucroalcooleito na safra 2004/05. Outro destaque, é a palestra de Fábio Soares Rodrigues, do ProCana, que terá como tema "Conheça os atuais investimentos das usinas e conquiste uma fatia do mercado".
Plínio Nastari, da Datagro, discutirá o cenário econômico do setor sucroalcooleiro na safra de 2004/05. O tema "Políticas de investimentos e compras do Grupo Unialco", será apresentado pelo empresário sucroalcooleiro Luiz Guilherme Zancaner, presidente da Udop — Usinas e Destilarias do Oeste Paulista - e do Grupo Unialco. Para encerrar o evento, Josias Messias, diretor do ProCana, vai proferir palestra sobre "A Profissionalização da Gestão das Usinas e seus impactos nos relacionamentos e negócios do setor sucroalcooleiro.
Mais informações estão no site www.procana.com.br/workshop ou pelo telefone (16) 3968 4010 com Heloisa.
Fonte Assessoria de Imprensa
(16) 610 0697 - fonte@fonte.jor.br
O encontro tem a realização da ProCana — Centro de Informações Sucroalcooleiras, empresa líder em comunicação do agronegócio canavieiro, e acontece dia 4 de março, no Hotel Ca´d´oro, em São Paulo, das 9h às 13h10.
O objetivo do evento é oferecer conhecimentos, atualizações, práticas e discutir sobre as ferramentas indispensáveis para as empresas para a ampliação dos negócios na indústria sucroalcooleira. O setor passa por profundas mudanças em suas atividades produtivas, comerciais e administrativas, tema que requer a atualização dos agentes atunates no mercado que também será abordado no Evento.
Palestrantes
O diretor do Departamento de Acúçar e Álcool do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Ângelo Bressan Filho, irá falar sobre as perspectivas do Governo Federal para o agronegócio sucroalcooleito na safra 2004/05. Outro destaque, é a palestra de Fábio Soares Rodrigues, do ProCana, que terá como tema "Conheça os atuais investimentos das usinas e conquiste uma fatia do mercado".
Plínio Nastari, da Datagro, discutirá o cenário econômico do setor sucroalcooleiro na safra de 2004/05. O tema "Políticas de investimentos e compras do Grupo Unialco", será apresentado pelo empresário sucroalcooleiro Luiz Guilherme Zancaner, presidente da Udop — Usinas e Destilarias do Oeste Paulista - e do Grupo Unialco. Para encerrar o evento, Josias Messias, diretor do ProCana, vai proferir palestra sobre "A Profissionalização da Gestão das Usinas e seus impactos nos relacionamentos e negócios do setor sucroalcooleiro.
Mais informações estão no site www.procana.com.br/workshop ou pelo telefone (16) 3968 4010 com Heloisa.
Fonte Assessoria de Imprensa
(16) 610 0697 - fonte@fonte.jor.br
Bellman intensifica apoio a pesquisas sobre suplementação
A Bellman Nutrição Animal está ampliando sua atuação em universidades e centros de pesquisa, numa ação coordenada pelo seu Processo de Desenvolvimento de Produtos. A empresa acertou sua participação como patrocinadora e fornecedora de suplementos para um novo experimento na Esalq/USP, que avaliará os efeitos na suplementação de proteína e energia no desempenho do gado de corte.
Após a divulgação dos resultados e a confirmação das expectativas, o conceito em questão é exposto às condições de campo e testado em 19 Campos Experimentais que a empresa mantém em fazendas de clientes ou do próprio grupo.
O diretor de produtos da Bellman, Dr. Marco Antônio Balsalobre, explica que os produtos indicados para lançamento passam por rígidas avaliações: “Buscamos percorrer um longo caminho de validação do conceito proposto para, em seguida, colocar o produto no mercado”. Este processo é realizado em escolas e, normalmente, apoiado por teses de mestrado e doutorado, possuindo excelentes formas de verificação pelas análises estatísticas envolvidas e pelo rigor na condução dos tratamentos. “Isso aumenta a nossa segurança quanto aos resultados. Além disso, avaliamos no campo para promover ajustes mais finos como o consumo, o aspecto e, mais uma vez, checar os resultados”, revela Balsalobre.
Para o diretor de Marketing da Bellman, Marcos Mantelato, o investimento em pesquisa é coerente com o posicionamento da empresa, que é o de ampliar a satisfação de seus clientes através dos resultados técnicos e econômicos proporcionados pelos produtos. “A pesquisa nos ajuda a descobrir e perceber estes resultados”, finaliza Mantelato.
Três novos experimentos sobre suplementação estão sendo projetados para este ano. A Bellman conta ainda com o apoio da UNESP/Jaboticabal e do Instituto de Zootecnia de São José do Rio Preto (SP) para a realização dessas experiências.
CONTATOCOM
Jornalista responsável: Miro Negrini (MTb 19890/SP)
Pabx: 55 [15] 224-1000 / www.contatocom.com.br
Após a divulgação dos resultados e a confirmação das expectativas, o conceito em questão é exposto às condições de campo e testado em 19 Campos Experimentais que a empresa mantém em fazendas de clientes ou do próprio grupo.
O diretor de produtos da Bellman, Dr. Marco Antônio Balsalobre, explica que os produtos indicados para lançamento passam por rígidas avaliações: “Buscamos percorrer um longo caminho de validação do conceito proposto para, em seguida, colocar o produto no mercado”. Este processo é realizado em escolas e, normalmente, apoiado por teses de mestrado e doutorado, possuindo excelentes formas de verificação pelas análises estatísticas envolvidas e pelo rigor na condução dos tratamentos. “Isso aumenta a nossa segurança quanto aos resultados. Além disso, avaliamos no campo para promover ajustes mais finos como o consumo, o aspecto e, mais uma vez, checar os resultados”, revela Balsalobre.
Para o diretor de Marketing da Bellman, Marcos Mantelato, o investimento em pesquisa é coerente com o posicionamento da empresa, que é o de ampliar a satisfação de seus clientes através dos resultados técnicos e econômicos proporcionados pelos produtos. “A pesquisa nos ajuda a descobrir e perceber estes resultados”, finaliza Mantelato.
Três novos experimentos sobre suplementação estão sendo projetados para este ano. A Bellman conta ainda com o apoio da UNESP/Jaboticabal e do Instituto de Zootecnia de São José do Rio Preto (SP) para a realização dessas experiências.
CONTATOCOM
Jornalista responsável: Miro Negrini (MTb 19890/SP)
Pabx: 55 [15] 224-1000 / www.contatocom.com.br
Febre Aftosa : Indústria garante estoques adequados à demanda do governo e registra vendas superiores a 18 milhões de doses em 2004
A indústria veterinária iniciou o mês de fevereiro com os estoques de vacinas contra febre aftosa em níveis adequados às perspectivas da demanda futura e à margem de segurança solicitada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os dados são da Central de Selagem de Vacinas (CSV), órgão constituído por meio de parceria entre o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) e o MAPA, e apontam para novo recorde na campanha de vacinação contra febre aftosa em 2004.
Apenas em janeiro, foram comercializadas 10,4 milhões de doses de vacinas contra aftosa, com destaque para o Rio Grande do Sul, que realiza a primeira fase da campanha oficial de vacinação no primeiro mês do ano e adquiriu 4,4 milhões de doses. Também foram comercializados 1,2 milhão de doses para Minas Gerais, 2,1 milhões para Mato Grosso do Sul e 1,9 milhão para Mato Grosso.
Nos dez primeiros dias de fevereiro, a comercialização de vacinas contra febre aftosa atingiu cerca de 8 milhões de doses, sendo 5,2 milhões para o RS; 1,3 milhão para o Mato Grosso e vendas menores para o Maranhão, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Emílio Salani, presidente do Sindan, afirma que os números refletem o empenho e a preocupação do País em manter a sanidade do rebanho em níveis elevados, “principalmente nesse momento de tantos problemas sanitários, registrados nos Estados Unidos e nos países asiáticos”.
“O esforço conjunto de produtores, governo e iniciativa privada fortalece o Brasil no combate às doenças, principalmente a febre aftosa, enfermidade utilizada em algumas regiões do mundo como barreira sanitária para as exportações brasileiras de carne bovina. Mas estamos fazendo nosso dever de casa: os produtores estão empenhados na vacinação e, por sua vez, o governo determinou a sanidade como prioridade para 2004 e já liberou R$ 7,1 milhões para os programas de defesa animal e vegetal de 12 estados, com ênfase no controle da aftosa”, informa o presidente do Sindan.
“De nossa parte, trabalhamos com a Central de Selagem assegurando a rastreabilidade e qualidade das vacinas, além da manutenção de estoques adequados durante todos os meses, estabilidade de preços e apoio aos países de fronteira, como Bolívia e Paraguai”, completa Emílio Salani.
Texto Assessoria de Comunicações: telefone (11) 3675-1818
Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)
Apenas em janeiro, foram comercializadas 10,4 milhões de doses de vacinas contra aftosa, com destaque para o Rio Grande do Sul, que realiza a primeira fase da campanha oficial de vacinação no primeiro mês do ano e adquiriu 4,4 milhões de doses. Também foram comercializados 1,2 milhão de doses para Minas Gerais, 2,1 milhões para Mato Grosso do Sul e 1,9 milhão para Mato Grosso.
Nos dez primeiros dias de fevereiro, a comercialização de vacinas contra febre aftosa atingiu cerca de 8 milhões de doses, sendo 5,2 milhões para o RS; 1,3 milhão para o Mato Grosso e vendas menores para o Maranhão, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Emílio Salani, presidente do Sindan, afirma que os números refletem o empenho e a preocupação do País em manter a sanidade do rebanho em níveis elevados, “principalmente nesse momento de tantos problemas sanitários, registrados nos Estados Unidos e nos países asiáticos”.
“O esforço conjunto de produtores, governo e iniciativa privada fortalece o Brasil no combate às doenças, principalmente a febre aftosa, enfermidade utilizada em algumas regiões do mundo como barreira sanitária para as exportações brasileiras de carne bovina. Mas estamos fazendo nosso dever de casa: os produtores estão empenhados na vacinação e, por sua vez, o governo determinou a sanidade como prioridade para 2004 e já liberou R$ 7,1 milhões para os programas de defesa animal e vegetal de 12 estados, com ênfase no controle da aftosa”, informa o presidente do Sindan.
“De nossa parte, trabalhamos com a Central de Selagem assegurando a rastreabilidade e qualidade das vacinas, além da manutenção de estoques adequados durante todos os meses, estabilidade de preços e apoio aos países de fronteira, como Bolívia e Paraguai”, completa Emílio Salani.
Texto Assessoria de Comunicações: telefone (11) 3675-1818
Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)
É preciso investir mais no algodão
O Brasil hoje é o terceiro maior importador de algodão em pluma no mundo, o que confere anualmente elevadas perdas de divisas para o País. Um aumento de produção é necessário para um equilíbrio da balança comercial desse produto ou mesmo para uma reversão da situação, colocando o País como grande exportador . Uma alternativa para o País seria o cultivo do algodoeiro em regiões de fronteira agrícola, com potencial produtivo e com características climáticas favoráveis ao bom desenvolvimento do vegetal, como aquelas encontradas nos cerrados de Roraima e do Amapá.
No estado de Roraima, encontram-se grandes áreas de vegetação de cerrado, com topografia levemente ondulada, alta intensidade luminosa, clima apresentando estação seca na colheita, os cultivos de espécies anuais estão em ascensão com necessidade de alternativas para rotação, mercados potenciais nos países vizinhos e no estado do Amazonas, que favorecem ou estimulam a possibilidade de cultivo do algodoeiro herbáceo. Este contexto é fortalecido quando é considerada a questão estratégica da necessidade do País na produção desta fibra, da diversificação de cultivos que agreguem valor e racionalizem o capital e a mão-de-obra familiar nas propriedades rurais, hoje vistas como empresas. Além de verificar o interesse para o agronegócio.
Além da fibra, seu principal produto, o algodoeiro produz diversos subprodutos, que apresentam também grande importância econômica, destacando-se o línter, cerca de 10% da semente do algodão, o óleo bruto, média de 15,5% da semente, a torta, que é quase a metade da semente, além da casca e do resíduo (4,9% do total). Como cultura industrial, o algodão tem, na sua cadeia produtiva, diversos setores, que empregam e/ou fornecem ocupação, desde o campo até a indústria de confecção.
Para o desenvolvimento inicial da cultura do algodoeiro na Região Norte, há necessidade da pesquisa buscar tecnologias de cultivo adequadas, onde a escolha da cultivar correta assume grande importância para a maximização da produtividade.
Considerando que a recomendação de novas cultivares é uma das tecnologias que mais contribuem para os aumentos de produtividade e estabilidade de produção sem qualquer aumento de custos ao agricultor, procurou-se detectar materiais genéticos que apresentem características de elevada produtividade; arquitetura de planta adequada para colheita manual e mecânica; resistência e/ou tolerância às principais moléstias e com alta qualidade de fibra, conforme exigências das indústrias de descaroçamento e têxteis.
Para tanto, foram realizados ensaios para avaliação e recomendação de cultivares, o Ensaio Nacional de Variedades de Algodoeiro Herbáceo (Ensaio Nacional) e o Ensaio Regional de Variedades e Linhagens do Centro-Oeste e Noroeste Brasileiro (Ensaio Regional), cujo objetivo é o desenvolvimento de cultivares adequadas para a maximizar a produtividade com eficiência na cultura do algodoeiro em Roraima e no Amapá, realizado em conjunto com a Embrapa Algodão.
Os estudos foram conduzidos em áreas representativas da região de cultivo dos produtores. Áreas de lavrado já cultivado, com o intuito de estudar o comportamento de materiais. Os ensaios conduzidos no município de Mucajaí, em Roraima, representam fielmente algumas das condições encontradas nas propriedades rurais localizadas em áreas de mata, com lavouras de toco ou picadas abertas.
O solo predominante da região é o Latossolo Vermelho Amarelo e Latossolo Amarelo, com elevado teor de areia o que sob condições de cultivo mínimo, semeadura direta em pastagens, adubação e irrigação, possibilita a colheita de fibras com excelente qualidade.
No campo experimental Monte Cristo, no município de Boa Vista, três dos melhores materiais, superaram os 3.000 kg/ha, destacando-se as cultivares CNPA 7H e CNPA ITA 90 apresentaram boa produtividade (5.014 e 4.423 kg/ha, respectivamente), demonstrando a qualidade das condições edafoclimáticas para o algodoeiro. Já em Mucajaí a melhor produtividade foi obtida com o material BRS 201 com 2.453 kg/ha (164@). O ambiente de cerrado apresentou valor maior do que o de mata de transição em termos de produtividade.
A qualidade das fibras produzidas em Roraima é atestada pela uniformidade de cor e baixo teor de impurezas; pequena área da amostra ocupada por impurezas; Quantidade de partículas interpretadas como impurezas; bom comprimento e uniformidade da fibra; baixo Índice de fibras curtas; pela resistência; Alongamento à ruptura; Índice micronaire; percentagem de reflectância; Grau de amarelo; e Índice de fiabilidade.
O algodão colorido BRS 200 (marrom) cultivado em 2001, não apresentou bons resultados de produtividade (790 kg/ha) quando conduzido nas condições de Roraima, necessitando ainda de mais testes para no futuro serem indicados como alternativas promissoras de matéria-prima, para pequenos produtores e mesmo comunidades indígenas do estado de Roraima.
Nos cultivos realizados, observou-se a importância do ideotipo de planta para o sistema de produção utilizado pelo produtor, além disso, verificou-se a importância de um manejo do solo adequado anterior ao cultivo de algodão, devido esta planta ser exigente em fertilidade do solo. Os resultados de pesquisa obtidos pela Embrapa Roraima com o algodoeiro herbáceo no período de 2000 a 2002, possibilitam concluir que a cultura apresenta elevado potencial de rendimento no estado, principalmente quando as condições de manejo são favoráveis ao crescimento e desenvolvimento das plantas. Maiores detalhes são encontrados nas publicações geradas no sistema Embrapa de pesquisa (Smiderle et al., 2002 e 2002a; Nascimento Junior et al., 200, 2001a, 2001b, 2000 e 2000a; Brito et at., 2000).
As duas cultivares indicadas para cultivo (CNPA 7H e CNPA ITA 90) são produtivas e, apresentam boas características fitotécnicas para o desenvolvimento da cultura do algodoeiro nas condições edafoclimáticas de Roraima. Para o cerrado do Amapá, os genótipos IAC 97/86, IPR 94, CNPA ITA 90 e EPAMIG LIÇA apresentaram melhores produtividades.
Por Oscar José Smiderle
Pesquisador da Embrapa Roraima
ojsmider@embrapa.br
No estado de Roraima, encontram-se grandes áreas de vegetação de cerrado, com topografia levemente ondulada, alta intensidade luminosa, clima apresentando estação seca na colheita, os cultivos de espécies anuais estão em ascensão com necessidade de alternativas para rotação, mercados potenciais nos países vizinhos e no estado do Amazonas, que favorecem ou estimulam a possibilidade de cultivo do algodoeiro herbáceo. Este contexto é fortalecido quando é considerada a questão estratégica da necessidade do País na produção desta fibra, da diversificação de cultivos que agreguem valor e racionalizem o capital e a mão-de-obra familiar nas propriedades rurais, hoje vistas como empresas. Além de verificar o interesse para o agronegócio.
Além da fibra, seu principal produto, o algodoeiro produz diversos subprodutos, que apresentam também grande importância econômica, destacando-se o línter, cerca de 10% da semente do algodão, o óleo bruto, média de 15,5% da semente, a torta, que é quase a metade da semente, além da casca e do resíduo (4,9% do total). Como cultura industrial, o algodão tem, na sua cadeia produtiva, diversos setores, que empregam e/ou fornecem ocupação, desde o campo até a indústria de confecção.
Para o desenvolvimento inicial da cultura do algodoeiro na Região Norte, há necessidade da pesquisa buscar tecnologias de cultivo adequadas, onde a escolha da cultivar correta assume grande importância para a maximização da produtividade.
Considerando que a recomendação de novas cultivares é uma das tecnologias que mais contribuem para os aumentos de produtividade e estabilidade de produção sem qualquer aumento de custos ao agricultor, procurou-se detectar materiais genéticos que apresentem características de elevada produtividade; arquitetura de planta adequada para colheita manual e mecânica; resistência e/ou tolerância às principais moléstias e com alta qualidade de fibra, conforme exigências das indústrias de descaroçamento e têxteis.
Para tanto, foram realizados ensaios para avaliação e recomendação de cultivares, o Ensaio Nacional de Variedades de Algodoeiro Herbáceo (Ensaio Nacional) e o Ensaio Regional de Variedades e Linhagens do Centro-Oeste e Noroeste Brasileiro (Ensaio Regional), cujo objetivo é o desenvolvimento de cultivares adequadas para a maximizar a produtividade com eficiência na cultura do algodoeiro em Roraima e no Amapá, realizado em conjunto com a Embrapa Algodão.
Os estudos foram conduzidos em áreas representativas da região de cultivo dos produtores. Áreas de lavrado já cultivado, com o intuito de estudar o comportamento de materiais. Os ensaios conduzidos no município de Mucajaí, em Roraima, representam fielmente algumas das condições encontradas nas propriedades rurais localizadas em áreas de mata, com lavouras de toco ou picadas abertas.
O solo predominante da região é o Latossolo Vermelho Amarelo e Latossolo Amarelo, com elevado teor de areia o que sob condições de cultivo mínimo, semeadura direta em pastagens, adubação e irrigação, possibilita a colheita de fibras com excelente qualidade.
No campo experimental Monte Cristo, no município de Boa Vista, três dos melhores materiais, superaram os 3.000 kg/ha, destacando-se as cultivares CNPA 7H e CNPA ITA 90 apresentaram boa produtividade (5.014 e 4.423 kg/ha, respectivamente), demonstrando a qualidade das condições edafoclimáticas para o algodoeiro. Já em Mucajaí a melhor produtividade foi obtida com o material BRS 201 com 2.453 kg/ha (164@). O ambiente de cerrado apresentou valor maior do que o de mata de transição em termos de produtividade.
A qualidade das fibras produzidas em Roraima é atestada pela uniformidade de cor e baixo teor de impurezas; pequena área da amostra ocupada por impurezas; Quantidade de partículas interpretadas como impurezas; bom comprimento e uniformidade da fibra; baixo Índice de fibras curtas; pela resistência; Alongamento à ruptura; Índice micronaire; percentagem de reflectância; Grau de amarelo; e Índice de fiabilidade.
O algodão colorido BRS 200 (marrom) cultivado em 2001, não apresentou bons resultados de produtividade (790 kg/ha) quando conduzido nas condições de Roraima, necessitando ainda de mais testes para no futuro serem indicados como alternativas promissoras de matéria-prima, para pequenos produtores e mesmo comunidades indígenas do estado de Roraima.
Nos cultivos realizados, observou-se a importância do ideotipo de planta para o sistema de produção utilizado pelo produtor, além disso, verificou-se a importância de um manejo do solo adequado anterior ao cultivo de algodão, devido esta planta ser exigente em fertilidade do solo. Os resultados de pesquisa obtidos pela Embrapa Roraima com o algodoeiro herbáceo no período de 2000 a 2002, possibilitam concluir que a cultura apresenta elevado potencial de rendimento no estado, principalmente quando as condições de manejo são favoráveis ao crescimento e desenvolvimento das plantas. Maiores detalhes são encontrados nas publicações geradas no sistema Embrapa de pesquisa (Smiderle et al., 2002 e 2002a; Nascimento Junior et al., 200, 2001a, 2001b, 2000 e 2000a; Brito et at., 2000).
As duas cultivares indicadas para cultivo (CNPA 7H e CNPA ITA 90) são produtivas e, apresentam boas características fitotécnicas para o desenvolvimento da cultura do algodoeiro nas condições edafoclimáticas de Roraima. Para o cerrado do Amapá, os genótipos IAC 97/86, IPR 94, CNPA ITA 90 e EPAMIG LIÇA apresentaram melhores produtividades.
Por Oscar José Smiderle
Pesquisador da Embrapa Roraima
ojsmider@embrapa.br
Inscrições para ExpoZebu vão até 8 de março
Os criadores que quiserem inscrever animais para Julgamento ou Concurso Leiteiro para a ExpoZebu 70 anos deverão encaminhar os dados para a sede da ABCZ, localizada na praça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110, São Benedito, Uberaba (MG), até o dia 8 de março.
As fichas de inscrição já foram encaminhadas para os associados, mas aqueles que não receberam ainda podem acessar o site (www.abcz.org.br) e imprimir o documento para, posteriormente, encaminha-lo pelos Correios. Não serão aceitas correspondências de inscrição enviadas por fax ou internet. O regulamento para participação na ExpoZebu 70 anos, uma feira que marcará a história do zebu no Brasil, está disponível também no site da ABCZ.
Jornalista Responsável: Luciano Bittencourt
Telefones (34) 3319-3824/3826
As fichas de inscrição já foram encaminhadas para os associados, mas aqueles que não receberam ainda podem acessar o site (www.abcz.org.br) e imprimir o documento para, posteriormente, encaminha-lo pelos Correios. Não serão aceitas correspondências de inscrição enviadas por fax ou internet. O regulamento para participação na ExpoZebu 70 anos, uma feira que marcará a história do zebu no Brasil, está disponível também no site da ABCZ.
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