Cultivares se destacam pela tolerância aos nematóides de galhas e alto potencial de rendimento de grãos
A partir do dia 22 de janeiro, produtores do sul de Mato Grosso do Sul poderão conhecer, diretamente no campo, as características das novas cultivares de soja BRS 239, BRS 240, BRS 241, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento. O lançamento das novas cultivares será feito em dias de campo que começam em Dourados, na quinta-feira (22), na empresa Semen Barra – Sementes Barreirão, a partir das 8h e se estendem até o início de março.
As novas cultivares foram desenvolvidas através de uma parceria entre a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados-MS) e a Fundação Vegetal. Segundo a pesquisadora Maria do Rosário de Oliveira Teixeira, da área de melhoramento de soja, as cultivares são indicadas para a região sul do Estado e as características comuns entre as três são o alto potencial de rendimento de grãos e tolerância aos nematóides de galhas. A semeadura antecipada e a precocidade são características comuns aos dois primeiros.
A BRS 239, do grupo de maturação precoce, é indicada para semeadura entre 20 de outubro e 15 de dezembro, apresenta estabilidade de produção e é indicada para solos de média à alta fertilidade. A cultivar precoce BRS 240, foi desenvolvida para plantio no período de 25 de outubro a 15 de dezembro em solos de alta fertilidade. A BRS 241, semiprecoce, é indicada para plantio entre 1º de novembro a 5 de dezembro, em solos de média a alta fertilidade, também apresentando estabilidade de produção.
Pesquisa e comercialização - Uma pesquisa de melhoramento que resulta em novas cultivares é desenvolvida num período de 10 a 12 anos. Paulo César Cardoso, pesquisador da Fundação Vegetal, explica que nesse período são realizados diversos testes: avaliação do rendimento de grãos, reação às doenças e caracterização das cultivares, além do estudo em diferentes populações de plantas e épocas de semeadura. De forma a verificar o comportamento em diferentes regiões, os experimentos são conduzidos nos municípios de Dourados, Maracaju, Sidrolândia, Itaquiraí, Ponta Porã, Laguna Carapã e Aral Moreira, locais que sediarão os dias de campo.
As novas cultivares estarão disponíveis aos agricultores nas empresas instituidoras da Fundação Vegetal nas seguintes cidades: Dourados (Cooagri, Coopasol, Fazenda Paquetá, Sementes Guerra, Sementes Stella e Semen Barra), Laguna Carapã (Sementes Taquá), Amambai (Cerealista Bom Fim), Ponta Porã (Sementes Norton e Sementes Jotabasso) e Aral Moreira (Agrícola Sperafico).
A Semen Barra está localizada na BR 376, Km 9 (Rod. Dourados/Fátima do Sul).
Programa – Todos os dias de campo se realizam pela manhã, com inscrições a partir das 7h30min. A seguir, uma agenda resumida dos eventos previstos, com dia e local:
24/01 – Agro Jangada, Itaporã
27/01 – Fazenda Bom Destino, Amambai
28/01 – Estação Experimental da Copacentro, Dourados
29 e 30/01 – Sementes Jotabasso, Ponta Porã
03/02 - Fazenda Rancho Alegre, Eldorado
04 a 06/02 - Fundação MS, Maracaju
10/02 – Fazenda Sandra Dóris, Aral Moreira
11/02 – Fazenda Zelândia, Maracaju
13/02 – Sementes Guerra, Dourados
14/02 – Fazenda Primavera, Bataiporã
17/02 – Fazenda Remanso – Rio Brilhante
18/02 – Fazenda Don Francisco, Itaquiraí
19/02 – Sítio Progresso – Montese, Itaporã
20/02 - Fazenda Panorama, Laguna Carapã
26/02 – Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados
27/02 – Fazenda Recanto, Sidrolândia
05/03 – Uniderp, Campo Grande
Fonte e mais informações:
Jornalista: Isabela Schwengber – DRT/MS: 167
Embrapa Agropecuária Oeste
Telefone: (67) 425-5122
E-mail: sac@cpao.embrapa.br
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sexta-feira, janeiro 16, 2004
CONAB VAI INTERLIGAR ARMAZÉNS PARA ESCOAR A SAFRA POR FERROVIAS
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está realizando estudo para interligar os principais armazéns do governo a ferrovias que servem aos portos. O projeto piloto vai começar por Itaqui (MA). Equipe da Conab e do Ministério dos Transportes realiza de 27 a 29 o levantamento topográfico da região.
Uma parceria junto com a Companhia Vale do Rio Doce, o Ministério dos Transportes e outros vai permitir que seja feito um desvio ferroviário com bitola mista, de aproximadamente 400 metros, para a unidade da Conab. Desta forma, o armazém servirá de "pulmão" para o escoamento da safra. Com a bitola mista, a unidade pode receber grãos do Centro-Oeste e escoar para o Nordeste. Posteriormente, a companhia vai realizar estudos sobre outros pontos de acesso ferroviários.
O Ministério dos Transportes também deve investir na melhoria e ampliação da malha ferroviária, a partir de levantamento realizado pela Conab. Os trechos a serem revitalizados são de ferrovias nos estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo, interligando às rodovias. O governo vai ainda aumentar a malha ferroviária para escoar a produção das regiões próximas a Rondonópolis (MT), Porto Velho (RO), Anápolis (GO) e Barreiras (BA).
Outra iniciativa dos ministérios dos Transportes e da Agricultura para ajudar no escoamento da safra é a formalização de um grupo de trabalho, com a participação da Conab, para estudar a viabilidade de ligação do porto de Santos (SP) com Antofogasta, no Chile, com a utilização de ferrovias. A proposta é recuperar a malha ferroviária de Mato Grosso do Sul para levar os grãos até o Chile. O documento será apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem à China, em maio. O governo brasileiro pretende fazer uma parceria com os chineses para o investimento nesta recuperação.
Uma parceria junto com a Companhia Vale do Rio Doce, o Ministério dos Transportes e outros vai permitir que seja feito um desvio ferroviário com bitola mista, de aproximadamente 400 metros, para a unidade da Conab. Desta forma, o armazém servirá de "pulmão" para o escoamento da safra. Com a bitola mista, a unidade pode receber grãos do Centro-Oeste e escoar para o Nordeste. Posteriormente, a companhia vai realizar estudos sobre outros pontos de acesso ferroviários.
O Ministério dos Transportes também deve investir na melhoria e ampliação da malha ferroviária, a partir de levantamento realizado pela Conab. Os trechos a serem revitalizados são de ferrovias nos estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo, interligando às rodovias. O governo vai ainda aumentar a malha ferroviária para escoar a produção das regiões próximas a Rondonópolis (MT), Porto Velho (RO), Anápolis (GO) e Barreiras (BA).
Outra iniciativa dos ministérios dos Transportes e da Agricultura para ajudar no escoamento da safra é a formalização de um grupo de trabalho, com a participação da Conab, para estudar a viabilidade de ligação do porto de Santos (SP) com Antofogasta, no Chile, com a utilização de ferrovias. A proposta é recuperar a malha ferroviária de Mato Grosso do Sul para levar os grãos até o Chile. O documento será apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem à China, em maio. O governo brasileiro pretende fazer uma parceria com os chineses para o investimento nesta recuperação.
Nelore Fest reúne lideranças políticas e empresariais do setor
Mais de mil pessoas conheceram os destaques de 2003, premiados com o Nelore de Ouro, durante o ³Oscar da Pecuária Brasileira². Os homenageados foram escolhidos pela diretoria da ACNB, considerando-se a contribuição efetiva de cada um para o crescimento do Nelore e da pecuária brasileira. O evento aconteceu em 19 de dezembro, no Directv Music Hall, em São Paulo. A apresentação e entrega dos troféus ficou a cargo do ator global Fábio Assumpção e da modelo Priscila Borgonovi.
Na Categoria Personalidade Empresarial Laboratório, foi premiado Ronan de Freitas Pereira, da Vallée; em Nutrição Animal, Jorge Matsuda, da Matsuda; em Varejo, Vicente Trius; em Frigorífico, Marcos Molina, do Marfrig; e em Churrascaria, os irmãos Anderson, Clóvis e Evandro Sabonaro Salute (titulares da Vivano Grill e Angélica Grill, em São Paulo). O Nelore de Ouro Liderança foi para o pecuarista Orestes Prata Tibery Júnior, o de Comércio Exterior - Entidade, para Marcus Vinícius Pratini de Moraes, da Abiec, já o de Comércio Exterior Frigorífico, ficou com Antônio Russo Neto, do Independência Alimentos.
Para receber os troféus Família Nelorista, foram escolhidos Antônio Florisvaldo Tarzan e Fidélis Souza Barreto. Já Ferdinando João Carolo recebeu o de Idéia Luminosa, o de Novo Parceiro, foi para Eduardo Souza Ramos, vice-presidente da Mitsubishi, representado por Paulo Ferraz. O médico Adib Domingos Jatene recebeu o de Amigo do Nelore. Na categoria Imprensa, o de Mídia Impressa, ficou com Carlos José Marques, da Revista Istoé Dinheiro, e o de Mídia Eletrônica, com Luiz Gonzaga Mineiro, da TV Record. O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Roberto Rodrigues foi agraciado com o Nelore de Ouro Personalidade Política.
Na oportunidade, os ganhadores do 1º Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças, patrocinado pela Tortuga, receberam os troféus referentes a competição que em onze etapas avaliou 6.246 animais, de sete estados brasileiros. O pecuarista Pedro Antônio Ermita, de Rondônia ganhou em primeiro lugar na categoria Lote In Vivo, já o primeiro lugar da categoria Lote de Carcaças ficou com a Agropecuária Conquista, de São Paulo. Por fim, em Carcaças Resfriadas, Osvaldo Rebonatti, de Mato Grosso do Sul, foi o primeiro colocado.
Aproveitando o clima de festa e confraternização também foram entregues os troféus para os Melhores Expositor e Criador, do Ranking 2002/2003. No Nelore Padrão, os pecuaristas José Carlos Prata Cunha e Angelus Cruz Figueira foram os melhores, nas respectivas categorias. Já no Mocho, o pecuarista Djalma Bezerra foi Melhor Expositor e Criador.
Informações adicionais:
CONTATOCOM
Jornalista responsável: Miro Negrini (MTb 19890/SP)
E-mail: mironegrini@contatocom.com.br / Cel: 55 [15] 9785-8974
Pabx: 55 [15] 224-1000 / www.contatocom.com.br
Na Categoria Personalidade Empresarial Laboratório, foi premiado Ronan de Freitas Pereira, da Vallée; em Nutrição Animal, Jorge Matsuda, da Matsuda; em Varejo, Vicente Trius; em Frigorífico, Marcos Molina, do Marfrig; e em Churrascaria, os irmãos Anderson, Clóvis e Evandro Sabonaro Salute (titulares da Vivano Grill e Angélica Grill, em São Paulo). O Nelore de Ouro Liderança foi para o pecuarista Orestes Prata Tibery Júnior, o de Comércio Exterior - Entidade, para Marcus Vinícius Pratini de Moraes, da Abiec, já o de Comércio Exterior Frigorífico, ficou com Antônio Russo Neto, do Independência Alimentos.
Para receber os troféus Família Nelorista, foram escolhidos Antônio Florisvaldo Tarzan e Fidélis Souza Barreto. Já Ferdinando João Carolo recebeu o de Idéia Luminosa, o de Novo Parceiro, foi para Eduardo Souza Ramos, vice-presidente da Mitsubishi, representado por Paulo Ferraz. O médico Adib Domingos Jatene recebeu o de Amigo do Nelore. Na categoria Imprensa, o de Mídia Impressa, ficou com Carlos José Marques, da Revista Istoé Dinheiro, e o de Mídia Eletrônica, com Luiz Gonzaga Mineiro, da TV Record. O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Roberto Rodrigues foi agraciado com o Nelore de Ouro Personalidade Política.
Na oportunidade, os ganhadores do 1º Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças, patrocinado pela Tortuga, receberam os troféus referentes a competição que em onze etapas avaliou 6.246 animais, de sete estados brasileiros. O pecuarista Pedro Antônio Ermita, de Rondônia ganhou em primeiro lugar na categoria Lote In Vivo, já o primeiro lugar da categoria Lote de Carcaças ficou com a Agropecuária Conquista, de São Paulo. Por fim, em Carcaças Resfriadas, Osvaldo Rebonatti, de Mato Grosso do Sul, foi o primeiro colocado.
Aproveitando o clima de festa e confraternização também foram entregues os troféus para os Melhores Expositor e Criador, do Ranking 2002/2003. No Nelore Padrão, os pecuaristas José Carlos Prata Cunha e Angelus Cruz Figueira foram os melhores, nas respectivas categorias. Já no Mocho, o pecuarista Djalma Bezerra foi Melhor Expositor e Criador.
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Brachiaria híbrida: Trademan traz inovação tecnológica para o pasto
As sementes de braquiária Mulato chegam ao Brasil para tecnificar, aumentar e acelerar o sistema produtivo das fazendas a custos competitivos. Desenvolvida em parceria com o Centro Internacional para Agricultura Tropical (CIAT), em Cáli, na Colômbia, com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e com o Grupo Papalotla do México, este primeiro híbrido do mundo traz vigor congregado à produtividade e qualidade de seus atributos.
Há 15 anos, o CIAT pesquisa esta brachiaria que é comercializada desde 2000 pelo Grupo Papalotla no México, Honduras, Colômbia e outros países da América Latina. No Brasil, a Trademan, empresa do Grupo Bellman, viabilizará ao mercado esta semente híbrida, que contém 16% de proteína crua e 62% de digestibilidade.
Inovar com tecnologia é um dos propósitos da Trademan, que pretende trazer ao mercado, além da braquiária Mulato outros produtos inovadores e serviços que permitam melhorar os índices técnicos e econômicos das propriedades.
O coordenador de negócios da Trademan, Fabiano Marino, afirma que os novos produtos, como a brachiaria Mulato, demonstram o comprometimento da empresa com os clientes. “O objetivo da Trademan é oferecer aos pecuaristas produtos modernos, práticos e de resultados comprovados para maior e melhor produção de carne e leite”, destaca Marino.
Estimativas dão conta que o Brasil produz anualmente 90 mil toneladas de sementes de pastagens. Centros de pesquisas de todo o mundo, com apoio da iniciativa privada, estão identificando e selecionando germoplasmas adaptados, produtivos e constantes em ambientes tropicais.
Solo, clima e habilidade natural para formação e manutenção de pastagens são fatores favoráveis à exploração pecuária no Brasil, que atualmente representa 15% do rebanho mundial, ou seja, 180 milhões de cabeças, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (17) 3214-7505 ou através do e-mail trademan@trademan.com.br.
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Inovar com tecnologia é um dos propósitos da Trademan, que pretende trazer ao mercado, além da braquiária Mulato outros produtos inovadores e serviços que permitam melhorar os índices técnicos e econômicos das propriedades.
O coordenador de negócios da Trademan, Fabiano Marino, afirma que os novos produtos, como a brachiaria Mulato, demonstram o comprometimento da empresa com os clientes. “O objetivo da Trademan é oferecer aos pecuaristas produtos modernos, práticos e de resultados comprovados para maior e melhor produção de carne e leite”, destaca Marino.
Estimativas dão conta que o Brasil produz anualmente 90 mil toneladas de sementes de pastagens. Centros de pesquisas de todo o mundo, com apoio da iniciativa privada, estão identificando e selecionando germoplasmas adaptados, produtivos e constantes em ambientes tropicais.
Solo, clima e habilidade natural para formação e manutenção de pastagens são fatores favoráveis à exploração pecuária no Brasil, que atualmente representa 15% do rebanho mundial, ou seja, 180 milhões de cabeças, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
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Estamos "paralisando" os agricultores com diagnósticos equivocados e com soluções demagógicas
É profundamente lamentável que na América Latina tenhamos perdido mais de 50 anos elaborando diagnósticos equivocados sobre a problemática rural e dizendo aos agricultores que os seguintes fatores exógenos foram ou continuam sendo as principais causas dos seus problemas:
---o colonialismo e o imperialismo
---as políticas de ajuste "impostas" pelo FMI e pelo Banco Mundial
---o neoliberalismo, a globalização e a OMC
---a falta de políticas, de garantias de comercialização, de créditos abundantes e baratos, de refinanciamento e perdão das dívidas
---a falta de subsídios internos e de medidas de proteção contra a importação de produtos agrícolas
---o valor do dólar e o preço dos pedágios
---os subsídios e medidas protecionistas que os países ricos concedem aos seus agricultores.
Essas afirmações contêm algumas verdades e são muito úteis em termos eleitorais. No entanto:
a. Será que as causas elimináveis dos problemas dos agricultores e as soluções viáveis de serem concretizadas são realmente as acima mencionadas? Ou será que os "inimigos externos" são uma excelente justificativa e escusa para ocultar a nossa incapacidade de eliminarmos, nós mesmos, os nossos "inimigos internos", utilizando as ferramentas da tecnologia, da administração e organização rural e do profissionalismo?
b.Quando os agricultores elegem os seus líderes rurais e as autoridades do país, será que o fazem para que eles continuem, ad infinitum, identificando supostos culpáveis e propondo soluções utópicas? Ou o fazem para que eles adotem medidas realistas que possam ser levadas à prática, mesmo que não seja possível eliminar aqueles fatores externos?
c. Quando os agricultores, através dos seus impostos, pagam os salários dos funcionários das instituições de apoio à agricultura, será que o fazem para que tais instituições continuem elaborando diagnósticos sobre as causas remotas, no tempo e no espaço, do "por que" somos subdesenvolvidos? Ou o fazem na expectativa de que essas instituições se tornem muito mais eficazes na correção das ineficiências do negócio agrícola?
d. Não será que antes de atribuir a culpa a terceiros, deveríamos " fazer os deveres de casa", como, por exemplo, corrigir as distorções descritas a seguir, pois estas sim podem ser evitadas ou eliminadas, independente do que aconteça ou deixe de acontecer com aqueles "inimigos externos"?
1.Em cada hectare de terra os agricultores latino-americanos produzem em média: 3189 kgs de arroz; 712 kgs de feijão; 3288 kgs de milho; 13.561 kgs de batata inglesa; 2090 kgs de trigo. Não busquemos "bodes expiatórios"; estes baixíssimos rendimentos são conseqüência de erros primários, facilmente corrigíveis, como, por exemplo: utilizar sementes geneticamente erodidas ou contaminadas com patógenos, não fazer teste de germinação, não inocular as sementes das leguminosas, não regular adequadamente a plantadeira, não fazer análise de solo, não adotar a rotação e a diversificação de culturas, não eliminar as ervas daninhas antes que elas prejudiquem as culturas, não evitar perdas antes e durante a colheita, etc. Na pecuária, os produtores obtêm, em média, menos de 1200 litros de leite por vaca/ano; a primeira prenhez ocorre aos 33 meses de vida, podendo ocorrer antes dos 19 meses; o intervalo entre partos é de 22 meses, podendo ser de 13 meses; a taxa de desfrute é de 19%, o rendimento é de apenas 60 quilos de carne por hectare/ano e os novilhos atingem o peso de abate aos 50 meses de idade, podendo fazê-lo antes dos 25. Similar ao caso da agricultura, esses indicadores zootécnicos são o reflexo da não-adoção de práticas também elementares, como, por exemplo: falta de cuidados no parto, inclusive proteção contra as intempéries, não-desinfecção do umbigo, não administração do colostro nas primeiras horas de vida, não-adoção de medidas de prevenção contra enfermidades e parasitos, falta de higiene nas instalações e na ordenha, perdas de cios, falta de registros produtivos e reprodutivos, e, muito especialmente, porque os animais geralmente estão sub ou mal alimentados, durante longos períodos do ano; a inadequada ou insuficiente alimentação é, de longe, a causa mais importante do modesto desempenho da nossa pecuária. Ao contrário do que se costuma afirmar, esses erros não se devem aos supostos fatores exógenos mencionados no início deste artigo; eles se devem ao fato concreto de que a maioria dos produtores -não por culpa deles, evidentemente - não possui os conhecimentos elementares, tão necessários para evitá-los ou corrigi-los.
2. Muitos agricultores ainda adotam a mono ou bicultura e, conseqüentemente, obtêm receitas apenas uma ou duas vezes ao ano. É por esta razão, e não por falta de decisões políticas, que se tornam tão dependentes do crédito rural; se diversificassem a produção e a integrassem com a produção pecuária também diversificada, poderiam produzir alimentos "balanceados" para a família e para os animais, além de ingressos em dinheiro, durante os 365 dias do ano. Com esta medida, tão elementar, porém altamente eficaz, tornar-se-iam menos dependentes do crédito rural e menos vulneráveis a outros fatores externos (clima, mercado, pragas, etc.). Soluções pragmáticas, similares à diversificação produtiva, deveriam ser enfatizadas nas escolas agrotécnicas e faculdades de ciências agrárias, em vez de esperar que os economistas do Banco Central ou os parlamentares do Congresso Nacional resolvam os problemas econômicos dos agricultores. É preferível eliminar esta causa da excessiva dependência do crédito do que aliviar os seus sintomas ou conseqüências, utilizando artificialismos compensadores da falta de diversificação.
3. Paradoxalmente, enquanto se queixam da insuficiência de recursos, muitos agricultores superdimensionam e mantêm na ociosidade elevados investimentos em terra, maquinária e instalações que produzem com baixos rendimentos e permanecem sub-utilizadas durante uma grande parte do ano.Se os produtores formassem grupos para executar e utilizar em conjunto alguns investimentos (aqueles que são de alto custo e que são utilizados com baixa freqüência), poderiam reduzir esta distorção que incrementa, desnecessariamente, os seus custos fixos. Com os recursos obtidos graças a tal "enxugamento", poderiam adquirir os insumos que necessitam (mas que deixam de comprar porque não dispõem de dinheiro) para aumentar os rendimentos e reduzir os custos por quilo produzido. Idêntico problema ocorre com os animais; os pecuaristas geralmente possuem uma excessiva quantidade de animais mal alimentados, em vez de tê-los em menor número porém bem alimentados e, conseqüentemente, mais produtivos. Estas sub-utilizações não ocorrem por falta de decisões políticas nem por culpa do colonialismo ou do neoliberalismo, mas sim porque os agricultores não foram formados nem capacitados para praticar o associativismo, intensificar a produção e melhorar a administração das suas propriedades; outra vez, a causa do problema e a sua solução não estão no Ministério da Fazenda, mas sim no sistema de educação rural, formal e não formal.
4. Os produtores rurais mais pobres são os que produzem espécies de baixa densidade econômica que, coincidentemente, são consumidas pelas famílias mais pobres, como, por exemplo: batata inglesa, mandioca, batata doce, abóbora, chuchu, milho, arroz, feijão. Produzindo estas espécies consumidas pelos pobres, mesmo que os agricultores fossem eficientes e obtivessem altos rendimentos por hectare, teriam ganhos muito limitados, pois essas culturas, para proporcionarem uma melhor renda, necessitam de uma grande escala de produção, vantagem que os pequenos não possuem. Conseqüentemente, é necessário capacitá-los para que produzam alimentos diferenciados, mais sofisticados e de maior densidade econômica, como, por exemplo: produtos orgânicos ou hidropônicos, hortaliças cultivadas sob plástico para vendê-las fora de estação, frutas, flores e plantas ornamentais, cogumelos, aspargos e outras hortaliças mais nobres, mudas de hortaliças e de fruteiras, animais menores, mel, peixes, frangos e ovos "caipiras", condimentos, plantas medicinais, etc.; e, oxalá, vendê-los com algum valor agregado. Com tal reconversão produtiva, deixariam de vender muito ganhando pouco e passariam a vender pouco ganhando muito. A correção desta ineficiência deverá ser ensinada pelos agrônomos e zootecnistas diretamente nas propriedades rurais, ao invés de continuar pedindo que os economistas do Banco Mundial e do FMI a resolvam lá em Washington.
5 e 6. Tanto na aquisição dos insumos como na venda dos seus excedentes, os agricultores atuam individualmente. É devido a esta falta de espírito e exercício associativo, e não tanto por culpa da globalização ou do FMI, que eles adotam procedimentos totalmente contrários aos seus interesses, como, por exemplo: na compra dos insumos os adquirem no varejo, com alto valor agregado, do último elo da cadeia de intermediação; entretanto, na comercialização dos seus excedentes, dão um giro de 180 graus e fazem exatamente o contrário, pois os vendem no atacado, sem nenhum valor agregado, ao primeiro elo da cadeia de intermediação.O espírito de cooperação e solidariedade e a prática do associativismo - necessários para que os próprios agricultores possam reverter essa dupla distorção - é necessário ensinar às crianças nas escolas fundamentais rurais; em vez de continuar culpando a OMC ou aos países ricos que subsidiam e protegem os seus agricultores. Sejamos objetivos e realistas, os elevados preços que os agricultores pagam na compra dos insumos e os baixos preços que obtém na venda das suas colheitas se devem, em grande parte, à excessiva intermediação; e esta, por sua vez, se deve ao fato de que os nossos agricultores não foram formados nem capacitados para assumir uma maior fatia da etapa rica do agronegócio. Em vez de mendigar que os supermercados, as agroindústrias e os intermediários paguem preços mais justos pelas suas colheitas, os agricultores deveriam exigir que o sistema educativo rural ensine, a eles e aos seus filhos, como poderiam organizar-se para diminuir a excessiva intermediação na venda dos seus produtos.
Esses seis são os principais problemas, solucionáveis pelos próprios agricultores, que com maior freqüência afetam a grande maioria deles; essas são as principais causas elimináveis que provocam esses problemas e essas são as soluções possíveis de ser adotadas. É fácil constatar e concluir que os problemas, as causas e as soluções estão principalmente nas propriedades e nas comunidades rurais, nos três níveis da educação agrícola formal e nos serviços de extensão rural. Não vale a pena perder demasiado tempo buscando-os em Bruxelas, Genebra, Washington ou Tóquio. Se o sistema educativo proporcionasse às famílias rurais, tão somente, as competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) de que necessitam para corrigir apenas estas seis ineficiências, elas mesmas o fariam, reduziriam os custos por quilo produzido, melhorariam a qualidade e incorporariam valor às colheitas, incrementariam os preços de venda dos seus excedentes, se auto-abasteceriam de alimentos, para a família e para los animais, e obteriam receitas durante os 365 dias do ano. Se fizessem tão somente isto, teriam maior rentabilidade, seriam mais competitivos; e, além do mais, se tornariam muito menos dependentes da ajuda dos seus governos e muito menos vulneráveis aos fatores externos que eles não podem controlar (clima, mercado, falta de crédito, subsídios e protecionismo dos países ricos, etc ). Enfim, seus principais problemas estariam resolvidos, por eles mesmos, independente do que decidam ou deixem de decidir os seus próprios governos, os governos dos países ricos, os organismos internacionais, etc. Se é assim, por que não fazê-lo? Por que continuar "paralisando" as iniciativas dos agricultores em vez de estimular o seu protagonismo?
Na Página web: http://www.polanlacki.com.br estão incluídos os seguintes textos que descrevem "como os próprios agricultores poderiam solucionar os seus problemas, com menos políticas, menos créditos e subsídios e, enfim, com menos Estado: 1. Desenvolvimento agropecuário: da dependência ao protagonismo do agricultor; e 2. La modernización de la agricultura: los pequeños también pueden ( este último disponível apenas em espanhol ). Na referida página também estão incluídos os documentos que sugerem as modificações que o sistema de educação rural poderia adotar para enfrentar, com as armas do conhecimento e da eficiência, os "inimigos externos" acima mencionados. Críticas ao artigo serão bem-vindas através do E-Mail Polan.Lacki@uol.com.br
Fonte:
Polan Lacki
Email Polan.Lacki@uol.com.br
Pag web http://www.polanlacki.com.br
---o colonialismo e o imperialismo
---as políticas de ajuste "impostas" pelo FMI e pelo Banco Mundial
---o neoliberalismo, a globalização e a OMC
---a falta de políticas, de garantias de comercialização, de créditos abundantes e baratos, de refinanciamento e perdão das dívidas
---a falta de subsídios internos e de medidas de proteção contra a importação de produtos agrícolas
---o valor do dólar e o preço dos pedágios
---os subsídios e medidas protecionistas que os países ricos concedem aos seus agricultores.
Essas afirmações contêm algumas verdades e são muito úteis em termos eleitorais. No entanto:
a. Será que as causas elimináveis dos problemas dos agricultores e as soluções viáveis de serem concretizadas são realmente as acima mencionadas? Ou será que os "inimigos externos" são uma excelente justificativa e escusa para ocultar a nossa incapacidade de eliminarmos, nós mesmos, os nossos "inimigos internos", utilizando as ferramentas da tecnologia, da administração e organização rural e do profissionalismo?
b.Quando os agricultores elegem os seus líderes rurais e as autoridades do país, será que o fazem para que eles continuem, ad infinitum, identificando supostos culpáveis e propondo soluções utópicas? Ou o fazem para que eles adotem medidas realistas que possam ser levadas à prática, mesmo que não seja possível eliminar aqueles fatores externos?
c. Quando os agricultores, através dos seus impostos, pagam os salários dos funcionários das instituições de apoio à agricultura, será que o fazem para que tais instituições continuem elaborando diagnósticos sobre as causas remotas, no tempo e no espaço, do "por que" somos subdesenvolvidos? Ou o fazem na expectativa de que essas instituições se tornem muito mais eficazes na correção das ineficiências do negócio agrícola?
d. Não será que antes de atribuir a culpa a terceiros, deveríamos " fazer os deveres de casa", como, por exemplo, corrigir as distorções descritas a seguir, pois estas sim podem ser evitadas ou eliminadas, independente do que aconteça ou deixe de acontecer com aqueles "inimigos externos"?
1.Em cada hectare de terra os agricultores latino-americanos produzem em média: 3189 kgs de arroz; 712 kgs de feijão; 3288 kgs de milho; 13.561 kgs de batata inglesa; 2090 kgs de trigo. Não busquemos "bodes expiatórios"; estes baixíssimos rendimentos são conseqüência de erros primários, facilmente corrigíveis, como, por exemplo: utilizar sementes geneticamente erodidas ou contaminadas com patógenos, não fazer teste de germinação, não inocular as sementes das leguminosas, não regular adequadamente a plantadeira, não fazer análise de solo, não adotar a rotação e a diversificação de culturas, não eliminar as ervas daninhas antes que elas prejudiquem as culturas, não evitar perdas antes e durante a colheita, etc. Na pecuária, os produtores obtêm, em média, menos de 1200 litros de leite por vaca/ano; a primeira prenhez ocorre aos 33 meses de vida, podendo ocorrer antes dos 19 meses; o intervalo entre partos é de 22 meses, podendo ser de 13 meses; a taxa de desfrute é de 19%, o rendimento é de apenas 60 quilos de carne por hectare/ano e os novilhos atingem o peso de abate aos 50 meses de idade, podendo fazê-lo antes dos 25. Similar ao caso da agricultura, esses indicadores zootécnicos são o reflexo da não-adoção de práticas também elementares, como, por exemplo: falta de cuidados no parto, inclusive proteção contra as intempéries, não-desinfecção do umbigo, não administração do colostro nas primeiras horas de vida, não-adoção de medidas de prevenção contra enfermidades e parasitos, falta de higiene nas instalações e na ordenha, perdas de cios, falta de registros produtivos e reprodutivos, e, muito especialmente, porque os animais geralmente estão sub ou mal alimentados, durante longos períodos do ano; a inadequada ou insuficiente alimentação é, de longe, a causa mais importante do modesto desempenho da nossa pecuária. Ao contrário do que se costuma afirmar, esses erros não se devem aos supostos fatores exógenos mencionados no início deste artigo; eles se devem ao fato concreto de que a maioria dos produtores -não por culpa deles, evidentemente - não possui os conhecimentos elementares, tão necessários para evitá-los ou corrigi-los.
2. Muitos agricultores ainda adotam a mono ou bicultura e, conseqüentemente, obtêm receitas apenas uma ou duas vezes ao ano. É por esta razão, e não por falta de decisões políticas, que se tornam tão dependentes do crédito rural; se diversificassem a produção e a integrassem com a produção pecuária também diversificada, poderiam produzir alimentos "balanceados" para a família e para os animais, além de ingressos em dinheiro, durante os 365 dias do ano. Com esta medida, tão elementar, porém altamente eficaz, tornar-se-iam menos dependentes do crédito rural e menos vulneráveis a outros fatores externos (clima, mercado, pragas, etc.). Soluções pragmáticas, similares à diversificação produtiva, deveriam ser enfatizadas nas escolas agrotécnicas e faculdades de ciências agrárias, em vez de esperar que os economistas do Banco Central ou os parlamentares do Congresso Nacional resolvam os problemas econômicos dos agricultores. É preferível eliminar esta causa da excessiva dependência do crédito do que aliviar os seus sintomas ou conseqüências, utilizando artificialismos compensadores da falta de diversificação.
3. Paradoxalmente, enquanto se queixam da insuficiência de recursos, muitos agricultores superdimensionam e mantêm na ociosidade elevados investimentos em terra, maquinária e instalações que produzem com baixos rendimentos e permanecem sub-utilizadas durante uma grande parte do ano.Se os produtores formassem grupos para executar e utilizar em conjunto alguns investimentos (aqueles que são de alto custo e que são utilizados com baixa freqüência), poderiam reduzir esta distorção que incrementa, desnecessariamente, os seus custos fixos. Com os recursos obtidos graças a tal "enxugamento", poderiam adquirir os insumos que necessitam (mas que deixam de comprar porque não dispõem de dinheiro) para aumentar os rendimentos e reduzir os custos por quilo produzido. Idêntico problema ocorre com os animais; os pecuaristas geralmente possuem uma excessiva quantidade de animais mal alimentados, em vez de tê-los em menor número porém bem alimentados e, conseqüentemente, mais produtivos. Estas sub-utilizações não ocorrem por falta de decisões políticas nem por culpa do colonialismo ou do neoliberalismo, mas sim porque os agricultores não foram formados nem capacitados para praticar o associativismo, intensificar a produção e melhorar a administração das suas propriedades; outra vez, a causa do problema e a sua solução não estão no Ministério da Fazenda, mas sim no sistema de educação rural, formal e não formal.
4. Os produtores rurais mais pobres são os que produzem espécies de baixa densidade econômica que, coincidentemente, são consumidas pelas famílias mais pobres, como, por exemplo: batata inglesa, mandioca, batata doce, abóbora, chuchu, milho, arroz, feijão. Produzindo estas espécies consumidas pelos pobres, mesmo que os agricultores fossem eficientes e obtivessem altos rendimentos por hectare, teriam ganhos muito limitados, pois essas culturas, para proporcionarem uma melhor renda, necessitam de uma grande escala de produção, vantagem que os pequenos não possuem. Conseqüentemente, é necessário capacitá-los para que produzam alimentos diferenciados, mais sofisticados e de maior densidade econômica, como, por exemplo: produtos orgânicos ou hidropônicos, hortaliças cultivadas sob plástico para vendê-las fora de estação, frutas, flores e plantas ornamentais, cogumelos, aspargos e outras hortaliças mais nobres, mudas de hortaliças e de fruteiras, animais menores, mel, peixes, frangos e ovos "caipiras", condimentos, plantas medicinais, etc.; e, oxalá, vendê-los com algum valor agregado. Com tal reconversão produtiva, deixariam de vender muito ganhando pouco e passariam a vender pouco ganhando muito. A correção desta ineficiência deverá ser ensinada pelos agrônomos e zootecnistas diretamente nas propriedades rurais, ao invés de continuar pedindo que os economistas do Banco Mundial e do FMI a resolvam lá em Washington.
5 e 6. Tanto na aquisição dos insumos como na venda dos seus excedentes, os agricultores atuam individualmente. É devido a esta falta de espírito e exercício associativo, e não tanto por culpa da globalização ou do FMI, que eles adotam procedimentos totalmente contrários aos seus interesses, como, por exemplo: na compra dos insumos os adquirem no varejo, com alto valor agregado, do último elo da cadeia de intermediação; entretanto, na comercialização dos seus excedentes, dão um giro de 180 graus e fazem exatamente o contrário, pois os vendem no atacado, sem nenhum valor agregado, ao primeiro elo da cadeia de intermediação.O espírito de cooperação e solidariedade e a prática do associativismo - necessários para que os próprios agricultores possam reverter essa dupla distorção - é necessário ensinar às crianças nas escolas fundamentais rurais; em vez de continuar culpando a OMC ou aos países ricos que subsidiam e protegem os seus agricultores. Sejamos objetivos e realistas, os elevados preços que os agricultores pagam na compra dos insumos e os baixos preços que obtém na venda das suas colheitas se devem, em grande parte, à excessiva intermediação; e esta, por sua vez, se deve ao fato de que os nossos agricultores não foram formados nem capacitados para assumir uma maior fatia da etapa rica do agronegócio. Em vez de mendigar que os supermercados, as agroindústrias e os intermediários paguem preços mais justos pelas suas colheitas, os agricultores deveriam exigir que o sistema educativo rural ensine, a eles e aos seus filhos, como poderiam organizar-se para diminuir a excessiva intermediação na venda dos seus produtos.
Esses seis são os principais problemas, solucionáveis pelos próprios agricultores, que com maior freqüência afetam a grande maioria deles; essas são as principais causas elimináveis que provocam esses problemas e essas são as soluções possíveis de ser adotadas. É fácil constatar e concluir que os problemas, as causas e as soluções estão principalmente nas propriedades e nas comunidades rurais, nos três níveis da educação agrícola formal e nos serviços de extensão rural. Não vale a pena perder demasiado tempo buscando-os em Bruxelas, Genebra, Washington ou Tóquio. Se o sistema educativo proporcionasse às famílias rurais, tão somente, as competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) de que necessitam para corrigir apenas estas seis ineficiências, elas mesmas o fariam, reduziriam os custos por quilo produzido, melhorariam a qualidade e incorporariam valor às colheitas, incrementariam os preços de venda dos seus excedentes, se auto-abasteceriam de alimentos, para a família e para los animais, e obteriam receitas durante os 365 dias do ano. Se fizessem tão somente isto, teriam maior rentabilidade, seriam mais competitivos; e, além do mais, se tornariam muito menos dependentes da ajuda dos seus governos e muito menos vulneráveis aos fatores externos que eles não podem controlar (clima, mercado, falta de crédito, subsídios e protecionismo dos países ricos, etc ). Enfim, seus principais problemas estariam resolvidos, por eles mesmos, independente do que decidam ou deixem de decidir os seus próprios governos, os governos dos países ricos, os organismos internacionais, etc. Se é assim, por que não fazê-lo? Por que continuar "paralisando" as iniciativas dos agricultores em vez de estimular o seu protagonismo?
Na Página web: http://www.polanlacki.com.br estão incluídos os seguintes textos que descrevem "como os próprios agricultores poderiam solucionar os seus problemas, com menos políticas, menos créditos e subsídios e, enfim, com menos Estado: 1. Desenvolvimento agropecuário: da dependência ao protagonismo do agricultor; e 2. La modernización de la agricultura: los pequeños también pueden ( este último disponível apenas em espanhol ). Na referida página também estão incluídos os documentos que sugerem as modificações que o sistema de educação rural poderia adotar para enfrentar, com as armas do conhecimento e da eficiência, os "inimigos externos" acima mencionados. Críticas ao artigo serão bem-vindas através do E-Mail Polan.Lacki@uol.com.br
Fonte:
Polan Lacki
Email Polan.Lacki@uol.com.br
Pag web http://www.polanlacki.com.br
MINISTRO RODRIGUES DECLARA MAIS UMA ÁREA COMO LIVRE DE AFTOSA COM VACINAÇÃO
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, assinou hoje (15/01) portaria declarando como área livre de febre aftosa com vacinação o estado do Acre, 43 municípios do centro-sul do Pará e outros dois (Guajará e Boca do Acre) do Amazonas. Essa região tem um rebanho de 13 milhões de cabeças de gado. Com isso, sobe de 152 para 165 milhões o número de animais livres da doença no país, representando cerca de 90% do rebanho brasileiro, estimado em 183 milhões de cabeças.
A nova área declarada como livre de aftosa com vacinação faz parte do Circuito Pecuário Norte, informou o diretor do Departamento de Defesa Animal (DDA) do ministério, João Cavalléro. Nos dias 6 e 7 de março próximo, técnicos do DDA se reúnem com a Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, quando apresentarão os estudos que embasaram a decisão brasileira de declarar essa área como livre da doença. No encontro, a missão do DDA também pedirá à comissão que ratifique a medida adotada pelo governo brasileiro.
A expectativa do Ministério da Agricultura é de que a OIE vote e aprove o reconhecimento da nova área brasileira livre de aftosa com vacinação durante a sua assembléia anual, em 26 de maio próximo, em Paris.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – DIVISÃO DE IMPRENSA
FONES (61) 218-2203/2204/2205 - FAX: 322-2880
A nova área declarada como livre de aftosa com vacinação faz parte do Circuito Pecuário Norte, informou o diretor do Departamento de Defesa Animal (DDA) do ministério, João Cavalléro. Nos dias 6 e 7 de março próximo, técnicos do DDA se reúnem com a Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, quando apresentarão os estudos que embasaram a decisão brasileira de declarar essa área como livre da doença. No encontro, a missão do DDA também pedirá à comissão que ratifique a medida adotada pelo governo brasileiro.
A expectativa do Ministério da Agricultura é de que a OIE vote e aprove o reconhecimento da nova área brasileira livre de aftosa com vacinação durante a sua assembléia anual, em 26 de maio próximo, em Paris.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – DIVISÃO DE IMPRENSA
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RODRIGUES E PALOCCI CRIAM GRUPO TÉCNICO PARA DISCUTIR DÍVIDAS DA CAFEICULTURA
O ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, e da Fazenda, Antonio Palocci Filho, designaram hoje (15/01), durante uma reunião conjunta, um grupo técnico para discutir a proposta de renegociação das dívidas da cafeicultura encaminhada ontem pelo Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC). “A Fazenda encarou com muito boa vontade as propostas, mas com a devida preocupação em relação ao compromisso do governo com as metas de superávit primário”, diz Rodrigues. “Mas o assunto será resolvido o mais breve possível”.
Para este ano, o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) tem um orçamento de R$ 1,2 bilhão. As dívidas totais dos produtores de café em negociação estão estimadas em torno de R$ 800 milhões.
Débitos
Em novembro de 2003, o governo já havia prorrogado, por 60 dias, R$ 189 milhões em dívidas vencidas ou a vencer até dezembro de 2003. Também foram liberados R$ 122 milhões para o custeio da safra 2003/2004 e destinados R$ 240 milhões para o lançamento de contratos de opções de venda para até 3 milhões de sacas, tendo sido exercidas opções para 980 mil sacas.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – DIVISÃO DE IMPRENSA
FONES (61) 218-2203/2204/2205 - FAX: 322-2880
Para este ano, o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) tem um orçamento de R$ 1,2 bilhão. As dívidas totais dos produtores de café em negociação estão estimadas em torno de R$ 800 milhões.
Débitos
Em novembro de 2003, o governo já havia prorrogado, por 60 dias, R$ 189 milhões em dívidas vencidas ou a vencer até dezembro de 2003. Também foram liberados R$ 122 milhões para o custeio da safra 2003/2004 e destinados R$ 240 milhões para o lançamento de contratos de opções de venda para até 3 milhões de sacas, tendo sido exercidas opções para 980 mil sacas.
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SECRETÁRIO WEDEKIN RECEBE MISSÃO FRANCESA NA SEGUNDA-FEIRA (19/01)
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ivan Wedekin, reúne-se na próxima segunda-feira (19/01), às 9h45, com uma missão comercial liderada pelo presidente da Assembléia Permanente das Câmaras de Agricultura da França, Luc Guyau. Os franceses querem conhecer as diferentes cadeias produtivas do agronegócio brasileiro e entender a evolução da agricultura e da pecuária do país.
“Eles vêm conhecer o potencial agrícola e pecuário brasileiro”, disse o secretário. Às 11h de segunda-feira, Wedekin dará entrevista, em seu gabinete (5º andar do edifício-sede do Mapa), sobre a reunião com os franceses.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – DIVISÃO DE IMPRENSA
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“Eles vêm conhecer o potencial agrícola e pecuário brasileiro”, disse o secretário. Às 11h de segunda-feira, Wedekin dará entrevista, em seu gabinete (5º andar do edifício-sede do Mapa), sobre a reunião com os franceses.
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Guepardo SLW FIA é Primeiro do Brasil a Operar com Boi Gordo
Fundo de Investimento de Ações inicia operações e trabalhará com commodities e derivativos
Janeiro de 2003 - Um Fundo de Investimento de Ações agressivo, destinado a investidores qualificados, composto por determinadas ações de 2º e 3º linha para gerar maior rentabilidade ao cliente, que contará com um diferencial por trabalhar com commodities e derivativos. Este é o Guepardo SLW FIA, que está iniciando suas operações e que será gerido pela SLW Corretora de Valores e Câmbio Ltda. Como conselheiro principal, o fundo terá Octávio Ferreira de Magalhães, com experiência de sete anos no mercado de Boi Gordo.
Um dos focos das operações em commodities do fundo será o Boi Gordo, devido a experiência acumulada dos conselheiros Octávio de Magalhães e de seu pai, Carlos Eduardo de Magalhães, da fazenda Barreiro Rico, presente no mercado de Boi Gordo desde a sua criação. A gestão do fundo fica por conta de Peter Weiss, sócio-diretor da SLW.
"O Guepardo conta com um diferencial de mercado. Há vários Fundos de investimento, mas operando commodities e derivativos são poucos; Boi Gordo, nenhum. Com este fundo, usamos o know how dos conselheiros para atrair os investidores financeiros", explica Octávio de Magalhães. "Nosso objetivo é bater a rentabilidade da Bovespa", finaliza.
Como o fundo é voltado para investidores qualificados, é necessário que o interessado faça uma aplicação mínima de R$ 50 mil, tenha um patrimônio mínimo de R$ 5 milhões ou aplicado um mínimo de R$ 250 mil em Renda Variável.
"Iremos aproveitar um nicho que ninguém no mercado está olhando: o agrícola, tendo como foco principal o boi gordo. E como será um fundo que atuará num nicho relativamente novo, queremos destiná-lo a um público mais qualificado que, normalmente, entende melhor de mercado financeiro", explica Peter Weiss.
Sobre a SLW
A SLW Corretora de Valores e Câmbio Ltda está há 25 anos no Mercado de Capitais e hoje é uma das mais importantes Corretoras de Valores independentes do Brasil. Atua na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), sob a supervisão permanente dos sócios-diretores, e oferece aos clientes a opção de operar diretamente em suas mesas de operações ou via home broker (serviço de operações por meio eletrônico – internet), para comprar e vender ações em tempo real pelo site NetAções (www.netacoes.com.br). Através do site o cliente pode acessar sua posição financeira, bem como acompanhar as cotações do mercado.
Entre os produtos e serviços da SLW, estão os fundos de Renda Fixa, Renda Variável, Clubes de Investimento, Investidor Estrangeiro (lei 2689), Agente Fiduciário, cotação de Debêntures, assessoria em Leilões de Privatização e Incentivos Fiscais à Cultura/Cinema, Câmbio Comercial e Flutuante. A SLW Corretora de Seguros, coligada, opera em todos os ramos de seguros.
Mais informações sobre a empresa em www.slw.com.br
Fonte:
SPMJ Comunicações - Tel: (11) 289.2699
Sérgio Poroger
Beatriz Gagliardo
Janeiro de 2003 - Um Fundo de Investimento de Ações agressivo, destinado a investidores qualificados, composto por determinadas ações de 2º e 3º linha para gerar maior rentabilidade ao cliente, que contará com um diferencial por trabalhar com commodities e derivativos. Este é o Guepardo SLW FIA, que está iniciando suas operações e que será gerido pela SLW Corretora de Valores e Câmbio Ltda. Como conselheiro principal, o fundo terá Octávio Ferreira de Magalhães, com experiência de sete anos no mercado de Boi Gordo.
Um dos focos das operações em commodities do fundo será o Boi Gordo, devido a experiência acumulada dos conselheiros Octávio de Magalhães e de seu pai, Carlos Eduardo de Magalhães, da fazenda Barreiro Rico, presente no mercado de Boi Gordo desde a sua criação. A gestão do fundo fica por conta de Peter Weiss, sócio-diretor da SLW.
"O Guepardo conta com um diferencial de mercado. Há vários Fundos de investimento, mas operando commodities e derivativos são poucos; Boi Gordo, nenhum. Com este fundo, usamos o know how dos conselheiros para atrair os investidores financeiros", explica Octávio de Magalhães. "Nosso objetivo é bater a rentabilidade da Bovespa", finaliza.
Como o fundo é voltado para investidores qualificados, é necessário que o interessado faça uma aplicação mínima de R$ 50 mil, tenha um patrimônio mínimo de R$ 5 milhões ou aplicado um mínimo de R$ 250 mil em Renda Variável.
"Iremos aproveitar um nicho que ninguém no mercado está olhando: o agrícola, tendo como foco principal o boi gordo. E como será um fundo que atuará num nicho relativamente novo, queremos destiná-lo a um público mais qualificado que, normalmente, entende melhor de mercado financeiro", explica Peter Weiss.
Sobre a SLW
A SLW Corretora de Valores e Câmbio Ltda está há 25 anos no Mercado de Capitais e hoje é uma das mais importantes Corretoras de Valores independentes do Brasil. Atua na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), sob a supervisão permanente dos sócios-diretores, e oferece aos clientes a opção de operar diretamente em suas mesas de operações ou via home broker (serviço de operações por meio eletrônico – internet), para comprar e vender ações em tempo real pelo site NetAções (www.netacoes.com.br). Através do site o cliente pode acessar sua posição financeira, bem como acompanhar as cotações do mercado.
Entre os produtos e serviços da SLW, estão os fundos de Renda Fixa, Renda Variável, Clubes de Investimento, Investidor Estrangeiro (lei 2689), Agente Fiduciário, cotação de Debêntures, assessoria em Leilões de Privatização e Incentivos Fiscais à Cultura/Cinema, Câmbio Comercial e Flutuante. A SLW Corretora de Seguros, coligada, opera em todos os ramos de seguros.
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