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quarta-feira, setembro 22, 2004

RORAIMA PUNIRÁ PECUARISTA QUE DEIXAR DE VACINAR O GADO

A terra do Monte Caburaí - o ponto mais extremo do Brasil - e de algumas das reservas minerais mais cobiçadas no mundo quer ser conhecida também pela sanidade do rebanho bovino. A partir de 1º de outubro, o estado de Roraima começa a segunda etapa do ano da vacinação contra a febre aftosa. Os pecuaristas que não vacinarem os animais contra a doença correm o risco de ser multados em R$ 35 por cabeça, alerta o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Marcelo Levy.
A campanha de vacinação contra a aftosa se estenderá até o dia 31 do próximo mês, informa Levy. Segundo ele, a meta do estado é ter uma cobertura vacinal superior a 80%. Com um rebanho bovino de cerca de 500 mil cabeças, Roraima é considerado de alto risco para a doença. “Vamos fazer uma imunização maciça para que possamos pedir ao Ministério da Agricultura a mudança da nossa condição sanitária para risco médio.”
Lei sancionada neste ano pelo governo de Roraima criou o sistema de defesa sanitária, coordenado pelo Conselho Estadual de Saúde Animal (Cesa). A legislação prevê o desenvolvimento de programas de prevenção e fiscalização sanitária, em parceria com os municípios e o setor privado. Também estabelece punição - como multa e apreensão de animais, produtos e subprodutos - para os pecuaristas que descumprirem as normas de sanidade.
“Já realizamos a primeira reunião do Cesa para discutirmos as ações de defesa sanitária no estado”, diz Levy, que também preside o conselho. O órgão tem representantes da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, Delegacia Federal de Agricultura, Conselho Regional de Veterinária, Federação dos Agricultores, Associação dos Criadores de Gado, Cooperativa de Carne e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O sistema estadual de defesa animal recebeu R$ 400 mil por meio de convênio assinado entre o Ministério da Agricultura e o governo de Roraima. De acordo com Levy, os recursos serão aplicados na instalação de 27 escritórios e na compra equipamentos para estruturar a rede de defesa sanitária.
O secretário destaca ainda que o estado reforçou a fiscalização em relação ao trânsito de animais por causa do foco de aftosa detectado no último dia 10 no Amazonas. Foram montadas barreiras sanitárias na BR-174 e no Rio Branco para impedir a entrada de animais procedentes do território amazonense em Roraima.

Fonte: MAPA

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