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terça-feira, setembro 21, 2004

Lei de biossegurança - Movimentos querem projeto original

Em nota pública divulgada nesta quinta (16), o Greenpeace considerou que o Senado falhou ao não votar lei de biossegurança com licenciamento ambiental. A ONG também critica a possível edição de uma MP para regular os transgênicos. No caso da soja transgênica, o Greenpeace afirma que não há “nenhuma avaliação de impacto ambiental”.
“Na avaliação do Greenpeace, a edição de outra MP é absurda, já que nunca houve avaliação de impacto ambiental da soja transgênica. Entre os riscos do uso dessa tecnologia estão a poluição genética, a perda de biodiversidade e o surgimento de ervas daninhas resistentes a herbicidas”, diz a nota.
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, por outro lado, se declarou satisfeito com o resultado no senado . Agora, o movimento esperar que o governo retome o texto original da lei do deputado Renildo Calheiros (PC do B), que, segundo ele, foi proposto após consulta à sociedade e era "razoável, equilibrado", afirma Stédile.
"As mudanças que os senadores conservadores fizeram no projeto da Lei de Biossegurança refletem, na verdade, apenas os interesses dos grandes grupos econômicos representados no legislativo brasileiro. A lei que passou por três comissões e estava para ser aprovada no Senado, do jeito como ficou, é um risco e não uma proteção à biossegurança nacional. Felizmente, parece que o governo retirou.
As sementes transgênicas representam entregar o controle da base de nossa agricultura ao monopólio das transnacionais. Por outro lado, foram comercializadas 4 milhões de toneladas de soja transgênica só nesta safra. Essa soja está presente em inúmeros alimentos vendidos nos supermercados brasileiros. A lei em vigor obriga a colocar aviso no Rótulo, mas nenhuma empresa obedeceu e não aconteceu nada! Ah, mas quando um pobre desrespeita a lei no Brasil...as autoridades se comportam bem diferente!", diz parte da nota divulgada por Stédile no final da tarde.

Fonte: Agência Carta Maior

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