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quarta-feira, setembro 22, 2004

BRASIL EXPORTOU MAIS LÁCTEOS ATÉ AGOSTO DO QUE EM TODO O ANO PASSADO

Nos primeiros oito meses de 2004 o Brasil já exportou mais produtos lácteos que em todo o ano passado. Entre janeiro e agosto deste ano, as remessas do setor ao Exterior geraram receita de US$ 49,5 milhões. Em todo 2003, as exportações de lácteos somaram US$ 48,5 milhões. Em volume, as exportações de lácteos atingiram 35 mil toneladas entre janeiro e agosto deste ano, 52,8% a mais que as 23 mil toneladas de igual período de 2003. “Em agosto, os principais produtos lácteos enviados ao Exterior foram leite em pó e leite condensado”, destaca o presidente da Comissão Nacional da Pecuária de Leite (CNPL) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim. As remessas de leite em pó somaram, no mês passado, US$ 3,9 milhões; e as de leite condensado, US$ 1,7 milhão. Nos oito primeiros meses deste ano, as exportações de leite em pó e condensado já renderam US$ 36,8 milhões, frente US$ 35,8 milhões, em todo 2003.
Alvim destaca que cada vez mais o Brasil amplia o número de países para os quais exporta lácteos. As vendas de leite em pó integral, por exemplo, tiveram em agosto como principais destinos Israel, Venezuela, Argélia, Senegal e Trinidad Tobago. As remessas de leite condensado tiveram a Angola como principal destino, mas outros 19 países também são importantes compradores deste produto brasileiro, como Estados Unidos, Bolívia, Tunísia, Chile e Líbano.
Dados referentes exclusivamente ao mês de agosto indicam que as exportações de lácteos somaram US$ 7,6 milhões, 57,9% a mais que os US$ 4,8 milhões registrados em igual período do ano passado. Em volume, as remessas de agosto somaram 5,3 mil toneladas de lácteos, 18,9% a mais que as 4,5 mil toneladas do mesmo mês de 2003. As importações de lácteos, entre janeiro e agosto, somaram 36,5 mil toneladas, 35,3% a menos que as 56,4 mil toneladas de igual período de 2003. Em valores, as importações do setor representaram despesa de US$ 54,3 milhões nos oito primeiros meses de 2004; 26,1% a menos que os US$ 73,6 milhões de compras de lácteos do Exterior registradas entre janeiro e agosto do ano passado.
Com base nos resultados já acumulados, Rodrigo Alvim avalia que o Brasil caminha para ser superavitário na balança comercial de lácteos. O déficit acumulado em 2004, até agora, é de US$ 4,9 milhões. Em igual período do ano passado, o déficit na balança de lácteos era de US$ 49,5 milhões. Em todo o ano passado, houve déficit de US$ 63,8 milhões na balança de lácteos, mas a pior situação foi registrada em 1998, quando o país teve saldo negativo de US$ 503,6 milhões, descontadas as importações do total de exportações do setor.
Com o objetivo de garantir que seja mantida a retomada no crescimento do setor lácteo, a Câmara Setorial do Leite do Conselho do Agronegócio (Consagro) realizou esta semana reunião em Passo Fundo (RS). A Câmara Setorial aprovou um documento elaborado pelo grupo temático responsável pela elaboração de políticas de longo prazo para o setor lácteo, no qual há sugestões como a de tornar voluntária a adesão ao Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov). Alvim argumenta que para o setor, a rastreabilidade não agrega valor ao leite, mas eleva custos de produção. A obrigatoriedade da adesão ao Sisbov, portanto, gera perda de renda ao criador de gado de leite. Outra sugestão acatada na Câmara Setorial foi a de buscar, junto ao Governo, a realização de acordos de equivalência sanitária, facilitando remessas de produtos lácteos a novos mercados internacionais.

Departamento de Comunicação da CNA
61 424-1419
www.cna.org.br

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