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terça-feira, setembro 21, 2004

ALIMENTAÇÃO ANIMAL : O maior desafio é manter confiança do consumidor e preços competitivos

Problemas sanitários nos grandes mercados como UE e EUA apontam para nova era na alimentação dos animais, que favorece o Brasil. Porém, há desafios a ser superados.

“As barreiras comerciais globais estão ruindo, o que sinaliza abertura de mercados e nivelação na atuação dos grandes agentes. Bom para países fornecedores de alimentos, como o Brasil. Mas, atenção: há condições a ser cumpridas”. Essa afirmação foi feita hoje (20 de sembro) pelo bioquímico irlandês Pearse Lyons, fundador e presidente da Alltech, empresa de soluções naturais de alimentação e saúde animal, durante a abertura do Simpósio Brasileiro da Indústria de Alimentação Animal, realizado pela empresa em Curitiba (PR), reunindo cerca de 300 empresários, técnicos e consultores do Brasil e diversas partes do mundo.
O presidente da Alltech citou os casos de dioxina da União Européia, de vaca louca no Canadá e nos Estados Unidos, bem como o aparecimento da gripe aviária nos países asiáticos e também nos EUA como fatores que comprovam a afirmação acima e estão entre os principais responsáveis pela desconfiança do consumidor na agricultura moderna.
“A Política Agrícola Comum da União Européia e o suporte dos Estados Unidos poderão ser coisa do passado, abrindo espaço no mercado para grandes países em potencial, como o Brasil. Por isso, é necessário atentar para três fatores fundamentais que garantirão a competitividade: percepção do consumidor, preços e políticas confiáveis”, afirma o presidente da Alltech.
David Byrne, comissário para assuntos agropecuários da União Européia, partilha da mesma opinião. Durante entrevista concedida exclusivamente para a Alltech e apresentada durante o Simpósio, Byrne alerta a indústria de produtos de origem animal para o seu mais importante desafio: manter a confiança do consumidor e oferecer os alimentos que ele quer, cada vez mais naturais e saudáveis.
Pearse Lyons ressalta que é mais fácil reduzir custos do que mudar a percepção negativa do consumidor. Os recentes temores provocados pela doença da vaca louca nos EUA, por exemplo, mostram como o setor resiste a mudanças e confirmam o ceticismo do consumidor e, principalmente, a exigência de uma vigilância mais rigorosa.
Carol Tucker, diretora do Instituto de Políticas Alimentares da Federação dos Consumidores da América, presente ao Simpósio da Alltech, afirma que “reparar os danos causados ao setor de carne dos EUA e, portanto, à indústria de alimentos para animais, é muito mais caro do que qualquer quantia que os produtores americanos teriam que pagar para fazer a coisa certa”.
Assim, a questão dos custos e dos preços competitivos entra em cena. Segundo Pearse Lyons, a pergunta que todos precisam fazer é: ‘Quais as novas tecnologias capazes de tornar os preços dos animais de produção mais competitivos?’ E a resposta, segundo o presidente da Alltech, não é nenhuma mágica. São tecnologias desenvolvidas a partir do conceito de mudança nos métodos tradicionais, que englobem as necessidades dos consumidores, em busca de soluções naturais. Tecnologias que aumentam a eficiência das matérias-primas dos ingredientes dos alimentos para animais e as que promovem a saúde animal. Mais uma vez, nutrição e sanidade animal aparecem juntas como fundamentais para o sucesso do agronegócio.
“Por isso, nosso Simpósio traz o tema “Re-imaginar a indústria de alimentação animal, para que as empresas estejam preparadas para gerar produtos que adquirem importância cada vez maior em todo o mundo, nas áreas de saúde animal, desempenho e eficiência reprodutiva, além de melhorar a percepção do cliente sobre animais de produção”, finaliza o presidente da Alltech.


Texto Assessoria de Comunicações (11) 3675 1818
Jornalista responsável: Altair Albuquerque (altair@textoassessoria.com.br)
Coordenação: Nadia Andrade (11 9969-4899)

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