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quarta-feira, junho 09, 2004

Pecuaristas brasileiros conhecem sistema de confinamento no Texas (EUA)

Um grupo de 16 pecuaristas e profissionais do agronegócio brasileiro esteve recentemente no Texas (EUA), fazendo um tour pelo estado mais importante em produção bovina dos Estados Unidos, que supera todos os outros estados norte-americanos em número de cabeças de gado e tem a pecuária de corte como a atividade primária mais importante.

Durante a visita, promovida pela Alltech, empresa de soluções naturais para alimentação e saúde animal, os pecuaristas brasileiros conheceram os confinamentos Texzona Cattle, Lubbock Feeders , Wes-Tex Feed Yeard, Paco Feed Yeard e Cactus Feed Yeard, esse último com 77 mil cabeças confinadas, além do Centro de Pesquisas em Confinamento e a fábrica de ração da Texas Tech University.
“A importância do Texas e região para a pecuária norte-americana pode ser expressa em números: dos 92 milhões de bovinos dos Estados Unidos, 60 milhões de cabeças estão no Texas e estados vizinhos”, informa Fabiano Tavares, gerente de bovinos da Alltech.
Segundo Fabiano Tavares, a visita pelos confinamentos no Texas foi uma grande oportunidade para os brasileiros visualizarem as diferenças de manejo e alimentação entre os EUA e nosso país, bem como conhecer o surpreendente tamanho dos confinamentos do estado. “Enquanto aqui no Brasil um confinamento de 10.000 cabeças é considerado grande, no Texas há vários confinamentos de 100.000 cabeças”, informa Fabiano.
Para Paulo Leme, professor da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo – campus Pirassununga, participante do tour, “foi interessante conhecer a realidade da pecuária de corte norte-americana, com pontos diferentes em relação ao Brasil, como quanto ao manejo alimentar ”, afirma o professor.
De acordo com o professor da USP, enquanto a base da alimentação aqui no Brasil é o volumoso, constituindo expressiva parte da dieta total dos animais, nos Estados Unidos a base da alimentação é o grão. “Cerca de 95% dos bois produzidos no Brasil são criado no pasto, comendo capim, com alguma suplementação protéica ou mineral, dieta com menos energia, mais volumoso e, o mais importante, toda de origem vegetal”, declara Leme.
Carlos Cardoso, zootecnista da Salutti, empresa de complexos minerais de Goiás, também citou as diferença entre as dietas dos bovinos nos EUA e no Brasil, mas também achou o tour importante para estudar a forma de manejo dos animais utilizada no Texas, para eventualmente adaptá-la à realidade do Brasil. “O tour pelo Texas nos deu a oportunidade de trocar conhecimentos sobre nutrição, manejo e até sobre cruzamento das raças dos animais, que só irá enriquecer nosso trabalho no Brasil”, entende Cardoso.

Texto Assessoria de Comunicações: tel. (11) 3675-1818
Jornalista responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)

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