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segunda-feira, junho 14, 2004

O PREÇO NÃO PRECISA CAIR

Há algumas semanas, com críticas de muitos flancos, divulgamos aqui que a safra era normal. Os números da CONAB e do IBGE serão passíveis de reformulação e chegaremos à conclusão que a oferta e a demanda, inclusive incluindo o Mercosul, serão equalitárias e porquanto não se detecta nenhuma razão maior para a queda de preço ao produtor e à indústria. Tendência, aliás, verificada e curiosamente, sem que haja reflexos compatíveis ao preço final, ou seja, ao consumidor!
Esperamos que em tempo de fome zero, não vejamos repetida a já cansativa habitualidade de que o elo final da cadeia, o supermercado, fique com uma lucratividade maior e injusta!
Este ano temos um componente a mais para nos garantir a manutenção do preço. Nós exportamos arroz para o Chile, para a União Européia e para os Estados Unidos, mas são quantidades pequenas tratando-se ou de subproduto para cerveja, ou, nos últimos dois casos, de arroz orgânico para público especial.
Ocorre que agora estamos enveredando para o caminho da exportação! Se for verdade que o mercado internacional de arroz cairá, não menos verdade é o fato de que ele voltará a seus patamares históricos, onde temos condições de nos fazer presentes, especialmente com arroz em casca.
Por iniciativa dos produtores gaúchos, liderados pelo futuro Presidente da FEDERARROZ Valter Pöter, temos pedido de compra de cerca de 20.000 t ao preço de cerca R$ 32,00 posto porto de Rio Grande.
Ora, pela primeira vez, nos últimos trinta anos, o Brasil pode efetivamente fazer-se presente no mercado internacional. E o mais importante disso é que o preço justo e certo negociado figura como um balizador para o produtores, não apenas gaúchos, mas de todo o Brasil .
Isto nos permitirá suportarmos a pressão do varejo e trabalharmos com valores que sempre foram considerados normais na presente safra.
A Cadeia Produtiva do Arroz do Brasil sempre teve compromisso com o abastecimento! Mas seus elos necessitam sobreviverem. E para tanto o preço é fundamental! Nada indica que caia. Esperamos que assim seja.

Artur Oscar de Albuquerque

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