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terça-feira, junho 08, 2004

AUMENTA FISCALIZAÇÃO DA SOJA EM SILOS E PORTOS

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decidiu ampliar nesta semana o trabalho de fiscalização da qualidade da soja em terminais graneleiros, propriedades rurais, portos, armazéns e silos (públicos e privados), além de aumentar a inspeção no trânsito de caminhões por meio das barreiras móveis de controle em parceria com os estados. O principal objetivo é proteger o consumidor brasileiro de cargas contaminadas por sementes de soja tratadas com fungicidas.
“É uma ação voltada principalmente ao mercado interno. Vamos lacrar as dependências onde nossos fiscais encontrarem essas sementes misturadas aos grãos de soja”, diz o secretário de Apoio Rural e Cooperativismo, Manoel Valdemiro da Rocha. “Também suspenderemos a comercialização desse produto, aqui e lá fora”.
Tão logo começaram os problemas de devolução de navios carregados com soja brasileira pela China, o ministro Roberto Rodrigues determinou aos delegados federais da Agricultura de dez estados (RS, SC, PR, SP, MS, BA, MA, GO, DF e TO) o aumento do rigor nas fiscalizações e enviou uma força-tarefa com 21 fiscais federais para reforçar as inspeções no porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, principal foco das reclamações chinesas.
As inspeções resultaram na interdição, no último dia 28 de maio, de dois armazéns do complexo Termasa-Tergrasa, no porto de Rio Grande, com aproximadamente 400 mil toneladas de soja estocada.
No Paraná, sete equipes compostas por 16 fiscais federais agropecuários começaram hoje (08/06) a percorrer o interior do Paraná para fiscalizar silos e armazéns. Em função de uma parceria com a Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar), a delegacia federal no estado já rejeitou, na entrada do porto de Paranaguá, 30 caminhões carregados com soja misturada a sementes tratadas com fungicidas desde o último dia 3 de junho. As cargas foram devolvidas à origem.
Amanhã (09/06), o delegado Valmir Kowalewski de Souza amplia a fiscalização aos silos de empresas e cooperativas em Cascavel e Toledo, na região oeste do Paraná. “Vamos usar as informações apuradas nos caminhões em Paranaguá para lacrar os silos e armazéns que fizeram a mistura de grãos com sementes tratadas”, diz Souza.

Fonte: MAPA

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