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terça-feira, março 30, 2004

Uma nova praga nos eucaliptos: o piolho australiano.

O piolho australiano Glycaspis brimblecombei, conhecido como psilídeo-de-concha, é a recente praga em eucaliptos a ser combatida no Brasil. Detectado em junho do ano passado pelos pesquisadores da UNESP, ele já infestou aproximadamente 140 mil hectares de árvores, em mais de 130 municípios das principais regiões produtoras do País, como São Paulo e Minas Gerais.
Segundo o engenheiro agrônomo da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da UNESP, campus de Botucatu, Carlos Frederico Wilcken, a suspeita é que o inseto teria vindo do Flórida, EUA, por avião, já que foram encontradas alguns deles em árvores próximas ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos e Viracopos, em Campinas. “Como o Brasil é o sétimo produtor mundial de papel, produzido, em sua maior parte, a partir da madeira de eucalipto, a praga pode ter um reflexo econômico considerável se não for logo combatida”, alerta o pesquisador. “O eucalipto também é utilizado na fabricação de divisórias, carvão, móveis e pisos.”
A praga age nas folhas, sugando a seiva que, quando excretada, atrai um fungo que impede a fotossíntese da planta. Outras conseqüências são a queda e descoloração das folhas, a redução do crescimento das árvores e, em alguns casos, dependendo do número de insetos, até mesmo a morte do eucalipto, na época de seca. “Sua ação é devastadora. Pode causar redução na produtividade de 25% a 30%”, afirma Wilcken.

Assessoria de Comunicação e Imprensa da UNESP
Dênio Maués e Maristela Garmes
Tel.: (11) 252-0329 / 0429

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