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sexta-feira, fevereiro 27, 2004

PROJETO INVESTE R$ 1,3 MILHÃO PARA PESQUISAS SOBRE BIODIVERSIDADE

Mais de 50 instituições de pesquisa de todo o país, selecionadas pelo Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (ProBio), estão recebendo, a partir desta semana, as Cartas-consulta do projeto Espécies da Flora Brasileira de Importância Econômica Atual ou Potencial - Plantas para o Futuro.
O projeto destinará R$ 1,3 mihão para pesquisas sobre diversidade biológica nas cinco regiões do país. As propostas para desenvolvimento das pesquisas deverão ser postadas até o dia 8 de abril. Os resultados da seleção serão divulgados até 30 de abril, para contratação ainda em maio.
Apesar do grande potencial da diversidade biológica brasileira para inúmeras aplicações, como alimentação, medicamentos, na indústria da biotecnologia, grande parte dos recursos utilizados na economia nacional é exótica.
De acordo com a Gerência de Recursos Genéticos da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério, cerca de 60% da base alimentar nacional é formada por espécies estrangeiras de soja, milho, arroz, batata feijão e trigo.
Para potencializar o uso desse patrimônio, o Ministério do Meio Ambiente está destinando R$ 1,3 milhão para pesquisas sobre biodiversidade nas cinco regiões do país com o projeto Plantas para o Futuro. "A idéia é identificar espécies vegetais com possível uso comercial, tanto em larga escala como para mercados especiais", explica Lídio Coradin, gerente de Recursos Genéticos do MMA.
Com a pesquisa, serão criados Grupos de Trabalho nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Esses GTs ficarão encarregados de realizar um levantamento sobre as espécies da flora utilizadas pelas populações em nível local e regional para fins alimentícios, medicinais e fitoterápicos, principalmente.
Em seguida, explica Coradin, serão priorizadas aquelas variedades com potencial mais imediato para uso direto e/ou lançamento comercial e identificadas aquelas que necessitarão de maiores estudos sobre suas propriedades e princípios ativos. "Essa etapa será importante inclusive para atrair investimentos dirigidos do setor empresarial".

Fonte: MMA

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