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sexta-feira, fevereiro 13, 2004

Minifábricas de caju da Embrapa iniciam projeto de franquia social da Fundação Banco do Brasil

O modelo Agroindustrial Múltiplo de Processamento de Castanha de Caju, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, foi escolhido pela Fundação Banco do Brasil para iniciar o Projeto Franquia Social. O projeto foi lançado durante a Expo Fome Zero, que acontece de 10 a 12 de fevereiro, em São Paulo (SP). O objetivo é garantir a transferência de tecnologia social, em todos os passos de sua aplicação.
O diretor-presidente da Embrapa, Clayton Campanhola, participou da cerimônia de lançamento e mostrou a satisfação em ter consolidado essa parceria. “Esse convênio tem o papel de fazer com que as tecnologias possam chegar de forma correta aos produtores de todo o País, agregando valor ao produto e melhorando a renda do produtor. Além disso, implica o fortalecimento da Agricultura Familiar e o conseqüente exercício da cidadania”, declarou.
O presidente da Fundação, Jacques Penna, disse que o projeto busca perceber as boas experiências e ajudar a viabilizá-las. “A Embrapa tem sido uma presença constante em nosso Banco de Tecnologias Sociais. Para nós, é uma satisfação tê-la como parceira”, frisou. Os manuais para a implantação da franquia de minifábricas estarão disponíveis em todas as agências do Banco do Brasil, que terá linha de crédito específica para o custeio e o investimento inicial. A Embrapa vai atuar para implantar e prestar consultoria ao franqueado, orientando na compra dos equipamentos, na capacitação da mão-de-obra, na instalação e no gerenciamento do negócio, a partir de um contrato de parceria.
Papel social das Minifábricas - As minifábricas de beneficiamento de castanha de caju desenvolvidas pela Embrapa estão sendo utilizadas como instrumento para inserir pequenos produtores rurais do Nordeste no concorrido mercado externo de amêndoas. A tecnologia está revolucionando a cadeia produtiva do agronegócio caju. Antes, os pequenos produtores exerciam o papel de fornecedores de castanha in natura para as grandes indústrias. Com a introdução das minifábricas, as pequenas comunidades beneficiam suas próprias castanhas e ainda adquirem matéria-prima dos pomares vizinhos. Atualmente, com a ajuda da Embrapa, estão sendo formadas associações de minifábricas visando aumentar a produção, a oferta e a comercialização de amêndoas para os Estados Unidos. A tecnologia já existe em 120 minifábricas no Nordeste. Algumas, inclusive, estão trabalhando com base num modelo associativista, incentivado pela Embrapa, visando a inserção conjunta no mercado internacional de amêndoas de caju.
Vantagens das minifábricas: agregar valor ao processo de produção da castanha de caju, junto aos pequenos produtores da região Nordeste;alta produtividade e qualidade da amêndoa produzida; associações comunitárias com recursos próprios e aptas a disputar lugar no mercado.

Jornalista: Flávia Bessa
Assessoria de Comunicação Social da Embrapa
Telefone: (61) 448-4039

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