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quinta-feira, fevereiro 05, 2004

GOVERNO JÁ APLICOU R$ 20,5 BILHÕES EM CRÉDITO RURAL NA SAFRA 2003/2004

A forte expansão da área plantada, a recuperação dos níveis dos depósitos à vista e o aumento da captação da poupança levaram a um aumento de 15% na aplicação de recursos do crédito rural no primeiro semestre do ano-safra 2003/2004. Segundo os dados consolidados pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de julho a dezembro de 2003, foram investidos R$ 17,5 bilhões em custeio, comercialização e investimento agropecuário. Na safra passada, haviam sido R$ 15,2 bilhões. Com isso, o MAPA já desembolsou 64% do orçamento total de R$ 27,15 bilhões previsto para os programas sob sua condução na atual safra.
No total global da safra, incluindo os R$ 5,4 bilhões de recursos administrados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), já foram aplicados R$ 20,5 bilhões dos R$ 32,5 bilhões anunciados em junho de 2003 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No primeiro semestre da safra, houve um desembolso de 63% dos recursos totais previstos para a safra 2003/2004 – um resultado 22% superior ao registrado na temporada passada.
Juros baixos – O secretário substituto de Política Agrícola, Edílson Guimarães, anunciou hoje (04/02) um acréscimo de 15% nos desembolsos para custeio e comercialização a juros fixos – ou 80% do total orçado para o ano-safra. “Até dezembro, aplicamos R$ 19,5 bilhões a juros fixos”, diz. “Esperamos uma forte demanda para a colheita, agora em fevereiro, e para o plantio da safrinha de inverno e a comercialização da safra de verão, entre março e abril”.
A aplicação de recursos nos programas de investimento cresceu 11% na comparação com o mesmo período da safra 2002/2003, de R$ 2,9 bilhões para R$ 3,32 bilhões. O programa de renovação de tratores e colheitadeiras (Moderfrota) emprestou R$ 1,56 bilhão nestes seis meses, atingindo 78% do orçamento total previsto para a atual safra. Em função da forte demanda nessa linha, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passou a oferecer recursos adicionais de R$ 2,15 bilhões para o Finame Agrícola Especial. “Os bancos agora exigem menos documentos e surtiu efeito o rearranjo nas linhas de crédito, que foram agrupadas em oito grandes programas”, resume Guimarães.
Puxado pela abertura de novas áreas agrícolas, o programa Moderagro, que financia a recuperação de solos e pastagens degradadas, aplicou R$ 337,2 milhões (+72%). O programa de construção de armazéns nas propriedades rurais e aquisição de equipamentos de irrigação (Moderinfra) emprestou R$ 143 milhões até agora, um volume seis vezes maior que o registrado na safra passada. O Prodecoop (modernização de cooperativas) contratou R$ 52,6 milhões até agora, mas já soma R$ 380 milhões de operações em análise.
A capitalização de produtores e pecuaristas levou o governo a oferecer mais crédito até o próximo dia 30 de junho, quando se encerra o atual ano-safra.O Banco do Brasil destinou mais R$ 600 milhões da Poupança Rural ao setor. Em seis meses, o BB emprestou R$ 5,3 bilhões desta fonte ao setor – um aumento de 152% sobre os R$ 2,1 bilhões da safra passada.


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