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sexta-feira, fevereiro 06, 2004

EXPORTAÇÃO DE CARNE DE FRANGO PARA A CORÉIA DEVE COMEÇAR EM DOIS MESES, DIZ SECRETÁRIO

A Coréia deve fechar, dentro de 60 dias, os primeiros contratos para importar carne de frango brasileira. Durante este período, o governo coreano colocará os certificados de exportação sob consulta pública. Este foi um dos principais resultados da ida de uma delegação brasileira à Ásia entre 26 de janeiro e 03 de fevereiro, informou hoje o secretário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano, que liderou a missão. A expectativa é de que o Brasil exporte 50 mil toneladas de carne de frango para Coréia no ano de 2004, gerando uma receita de US$ 80 milhões. Japão e Taiwan manifestaram interesse em comprar frutas brasileiras.
Missões empresariais da Coréia, Japão e Taiwan estarão no Brasil entre fevereiro e maio para conhecer os sistemas produtivos de carnes e frutas. Segundo Tadano, o Brasil deve acertar protocolo bilateral com o Japão para exportação de manga. O assunto estava pendente há 23 anos por causa de barreiras sanitárias.
Além disso, o Brasil, que já exporta carne processada cozida e frango para o Japão, quer vender carne bovina in natura, fornecendo parte do volume que era vendido para aquele país pelos Estados Unidos. O mercado asiático compra cerca de 450 mil toneladas de carne bovina por ano dos Estados Unidos. Só o Japão importa 130 mil toneladas/ano. Mas as compras foram suspensas a partir da ocorrência do mal da vaca louca no rebanho norte-americano.
As negociações em Taiwan resultaram no início dos entendimentos para importação de uva e maçã brasileira. O Ministério da Agricultura enviará ao país relatórios sobre a situação fitossanitária do Brasil, com informações sobre as doenças existentes e inexistentes no território nacional e os programas de defesa sanitária implementados pelo governo. Taiwan também é potencial comprador das carnes brasileiras.
O secretário disse que ao convidar as missões asiáticas para visitar o Brasil, o governo espera demonstrar a qualidade dos produtos. “Vamos mostrar que temos qualidade, quantidade e preços competitivos. No caso da carne brasileira, além da carne orgânica, proveniente de gado criado a pasto, temos preços de 30% a 70% mais baratos”, afirmou Tadano.

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