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segunda-feira, fevereiro 02, 2004

EMBRAPA COMBATE NOVA PRAGA DE FLORESTAS EM PARCERIA COM SETOR PRIVADO

Uma nova praga tem atacado florestas de eucalipto de pelo menos 160 municípios em todo Brasil. Detectado em meados do ano passado, o inseto conhecido como “piolho-do-eucalipto” tem rápida capacidade de dispersão no ecossistema florestal e provoca significativas perdas econômicas. As espécies de eucalipto mais atacadas são as utilizadas na produção de lenha, carvão vegetal e na produção de celulose. Hoje, a área plantada com eucalipto no Brasil está próxima de 3 milhões de hectares. Em 2003, o Brasil exportou US$ 2,8 bilhões em papel e celulose.
Houve registro da nova praga em 138 municípios do estado de São Paulo, 20 de Minas Gerais, um do Mato Grosso do Sul, de Goiás e do Paraná. O inseto assemelha-se a uma pequena cigarra, que suga a seiva das folhas novas das árvores, causando desfolha, deformação e redução no tamanho das folhas, secamento de ponteiros e até a morte das árvores. Originária da Austrália, o inseto teve sua presença registrada pela primeira vez em 1998, na Califórnia (EUA). Depois, apareceu no México (2001) e Chile (2002).
Para combater a praga, pesquisadores das unidades Meio Ambiente (SP) e Florestas (PR) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, participam do “Projeto Cooperativo de Controle Biológico” do inseto em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu e o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF), de Piracicaba (SP). O projeto é financiado pelas empresas florestais Duratex, International Paper, Grupo Suzano-BahiaSul, Aracruz, Klabin, Cenibra, Jari, Eucatex, Votorantim, Lwarcel, Veracel, CAF Arcelor, Satipel e Vallourec & Mannesmann Florestal.
O controle biológico da praga, método natural que reduz em até 80% o nível de incidência do inseto nas florestas, se dá por meio de uma vespa, a Psyllaephagus bliteus. O controle químico com inseticidas é um método caro, de alto impacto ambiental e tem efeito temporário. Além disso, a aplicação de inseticidas sistêmicos pode custar entre R$ 40 e R$ 150 por hectare de floresta e exige um mínimo de três aplicações por ano.
O coordenador das pesquisas na Embrapa Meio Ambiente, Luiz Alexandre Nogueira de Sá, informa que os estudos com a vespa já estão em andamento no campo experimental da empresa, em Jaguariúna, desde o início de novembro de 2003. “É um trabalho prioritário buscar agentes de controle biológico que possam controlar a nova praga de forma efetiva e sem impacto ao meio ambiente”, diz.

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