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segunda-feira, janeiro 26, 2004

CINGAPURA QUER COMPRAR OVOS DO MERCADO BRASILEIRO

O Brasil poderá exportar ovos para a Cingapura. A autoridade veterinária do país asiático enviou comunicado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) manifestando o seu interesse em importar o produto brasileiro, em razão da rápida propagação da influenza aviária – a chamada gripe do frango – na região. Atualmente, Cingapura consome cerca de 100 milhões de ovos frescos por mês, dos quais 70% são importados. O país quer passar a comprar de fornecedores que não apresentem riscos da doença em seus plantéis de aves.
No comunicado enviado à embaixada brasileira em Cingapura, transmitido ao Mapa por intermédio do Departamento de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores, o governo daquele país pede informações sobre o sistema de produção de aves e ovos no Brasil. No documento, a autoridade veterinária de Cingapura também relaciona quais as exigências que os exportadores brasileiros precisam cumprir para ter acesso àquele mercado.
Para exportar ovos a Cingapura, o Brasil terá de emitir um certificado assinado pela autoridade sanitária garantindo que está livre de influenza viária de alta patogenicidade há pelo menos seis meses antes do embarque do produto. Além disso, informa o documento, o país precisará assegurar que os ovos são infertilizados e originários de estabelecimentos previamente habilitados pelo governo de Cingapura.
O mercado do país asiático exige ainda que o produto seja rotulado com um código para identificar sua origem. O Brasil também deverá assegurar que os ovos têm origem em estabelecimentos testados e livres, por pelo menos três meses, de salmonella, da doença de Newcastle, bronquite ou laringotraqueite infecciosa, encefalomielite aviária, doença respiratória crônica, além dos vírus da enterite e da hepatite derivados de patos.
Os ovos destinados ao mercado de Cingapura devem ser limpos, frescos, prontos para o consumo humano e devidamente embalados. Os estabelecimentos exportadores serão identificados de acordo com seu nome, endereço, localização, detalhamento da população aviária, condições sanitárias, boas práticas gerenciais e regime de vacinação.
Os exportadores de ovos acreditam que as vendas externas do setor devem ter um crescimento de 6% neste ano, por causa do problema da “vaca louca” nos Estados Unidos e da gripe do franco nos países asiáticos. No ano passado, o Brasil exportou 15 milhões de unidades.


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