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quarta-feira, janeiro 28, 2004

BRASIL DEVE EXPORTAR MAIS CARNES, OVOS E MANGAS PARA O JAPÃO

Uma missão de empresários japoneses chega ao Brasil na primeira quinzena de fevereiro com a intenção de comprar mais carnes, frutas e ovos. “Nos contatos que mantivemos com os empresários e autoridades governamentais japonesas, encontrei um ambiente favorável e receptivo, que resultará na ampliação das exportações brasileiras para este mercado”, disse hoje (27/01) o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Maçao Tadano. Ele lidera a delegação que está negociando a abertura dos mercados do Japão, Coréia e Taiwan aos produtos brasileiros.
Para aproveitar o momento favorável que se vislumbra nesses países asiáticos, em decorrência da vaca louca nos Estados Unidos, e da gripe do frango em oito países da região, o ministro Roberto Rodrigues vai estimular empresários brasileiros a participarem da maior feira de agronegócios da Ásia. Trata-se da Foodex-Japão, que será promovida em Tóquio entre 9 e 12 de março deste ano. Cerca de 100 mil interessados em comprar e vender produtos agropecuários devem comparecer ao evento. Os empresários vão contar com o apoio da Apex.
Em Tóquio, Tadano participou de negociações no Ministério da Agricultura do Japão e com os empresários locais para a abertura daquele mercado às mangas e outras frutas tropicais, além de flores. “Passamos para eles todas as informações sobre as providências já adotadas por nós para o tratamento hidrotérmico das mangas. Depois de mais de duas décadas de negociações, acredito que os primeiros embarques dessa fruta comecem brevemente. Estou otimista quanto a isso”.
Embora o Japão seja auto-suficiente na produção de ovos, os empresários japoneses demonstraram interesse em importar o produto brasileiro para abastecer o mercado de Cingapura, que consome 100 milhões de ovos frescos por mês, dos quais 70% são importados. No caso do frango, o Japão não faz qualquer restrição para importar o produto brasileiro. Por isso, as perspectivas de crescimento de vendas para o mercado japonês são concretas, enfatiza o secretário. “Nossa idéia é promover encontros entre os empresários dos dois países para a ampliação desse comércio”.
Segundo Tadano, a vinda da missão japonesa ao Brasil deve acelerar o processo de abertura daquele mercado para a carne bovina. Com a suspensão das importações do produto procedente dos Estados Unidos, a carne que era comercializada no varejo a U$ 37 o quilo no Japão já subiu 5% neste final de semana. “O Brasil tem condições de suprir o mercado japonês e aqui demos hoje continuidade ao processo de liberação” O secretário explicou que o Japão consome anualmente cerca de 930 mil toneladas de carne e importa cerca de 560 mil toneladas, sendo 240 mil dos EUA.
“Há um clima favorável ao Brasil na ampliação das exportações desses produtos”, destaca Tadano. Depois de cumprir uma intensa agenda no Japão, a comitiva brasileira - formada também por representantes da cadeia produtiva de carnes bovina, suína e de frango, além de técnicos do Mapa e da Embrapa - segue amanhã (28/01) para Seul, na Coréia do Sul, e no dia 2 de fevereiro para Taiwan. O retorno da delegação está prevista para o dia 4 do próximo mês.


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